Salomão Scliar
Pesquisa: Glênio Póvoas.

Salomão Scliar
Porto Alegre, RS, Brasil, 20 fev 1925.
Porto Alegre, RS, Brasil, 15 fev 1991.

1945: Homens do mar. BR, cm, doc. [aka Enterro de pescador]

1951: Vento Norte. BR.

1951: Congresso. BR, cm, doc.

1951: A Esperança das multidões. BR, cm, doc.

1954: Problemas de uma cidade. BR, cm, doc.

1956: Bolívia. BR, cm, doc.

1957: O Museu de Arte de São Paulo. BR, cm, doc.

1957: Verdes mares bravios. BR, cm, doc.

1960: A História de um povo – A formação do Paraná. BR, mm, doc. [16 mm para a inauguração da TV Paraná]

 

Biofilmografia

20 fev 1925: Salomão Scliar nasce em Porto Alegre. Terceiro e último filho de Cecília Stechman Scliar e Henrique Scliar. Os irmãos mais velhos são Carlos e Marcos.

1933-1942: Estudos primários e secundários no Colégio Júlio de Castilhos, em Porto Alegre.

1943: Depois de formado, no início do ano, vai para o Rio de Janeiro.

1943: Trabalha como foca de redação na revista Diretrizes.

meados 1943-1944: Entra na companhia cinematográfica Atlântida, exercendo diversas funções (não creditadas) como assistente geral em Moleque Tião (José Carlos Burle, 1943), Tristezas não pagam dívidas (José Carlos Burle, Ruy Costa, 1944) e É proibido sonhar (Moacyr Fenelon, 1944).

1944: Repórter fotográfico na Revista Rio.

abr 1944: É um dos colaboradores de Renovação – Revista literária (Rio de Janeiro), primeiro número de sua nova fase, paginada pelo irmão Carlos Scliar.

dez 1944:Eem Capão da Canoa (RS), filma o curta-metragem Homens do mar (aka Enterro de pescador).

24 mar 1945: Fotogramas de Homens do mar são publicados na revista semanal O Cruzeiro (Rio de Janeiro) sob o título de "Uma cruz entre dunas", com texto de Franklin de Oliveira.

ago 1945-1953: Colaboração regular como repórter fotográfico para a quinzenal Revista do Globo (Porto Alegre).

dez 1945-final da década: publica regularmente em O Cruzeiro.

jun 1946-ago 1949: consta no expediente como fotógrafo colaborador na revista mensal A Casa – Revista do lar (Rio de Janeiro), do n.265 até n.300.

1946: Exposição no início do ano com mais de cem fotografias numa sala do primeiro andar do Edifício Vera Cruz, em Porto Alegre.

1948: Primeira viagem à Europa, como convidado oficial do governo holandês, para o jubileu da rainha Guilhermina e a coroação da rainha Juliana. Chega em 29 de agosto em Amsterdam. De 9 a 18 de setembro em Paris. Retorna a Amsterdam, onde fica até 23 de setembro. Reportagens fotográficas da viagem são publicadas na Revista do Globo, com textos de Justino Martins, que se encontrava em Paris.

1948-1949: Para a Brasil Vita Filmes, de Carmen Santos, trabalha como fotógrafo na última fase de Inconfidência mineira (C. Santos, 1948) e em Inocência (Luiz de Barros, Fernando de Barros, 1949).

1949: Assistente de direção, fotógrafo de cena e integrante da equipe de fotografia de Caminhos do sul (Fernando de Barros, 1949), rodado em Uruguaiana, Rio Grande do Sul.

dez 1949: Em Porto Alegre funda a Horizonte Produções Cinematográficas Ltda..

nov 1950: Inicia a filmagem do longa-metragem Vento Norte, em Torres, Rio Grande do Sul, acumulando funções: produtor, diretor, roteirista, fotógrafo e still.

1951: Termina filmagens de Vento Norte no início de janeiro e a seguir vai para o Rio de Janeiro para realizar a montagem. Exibe o filme pela primeira vez para o Círculo de Estudos Cinematográficos do Rio de Janeiro. Sessões especiais em maio no Museu de Arte de São Paulo e para o Clube de Cinema de Porto Alegre. Avant-première em 30 de junho de 1951, às 24h, no Cinema Imperial, Porto Alegre, ficando em cartaz neste cinema na semana de 2 a 8 de julho.

1951: Dirige em Porto Alegre os documentários curtos A Esperança das multidões (sobre o III Congresso Gaúcho pela Paz) e Congresso (sobre o IV Congresso da Associação Brasileira de Escritores), não localizados.

19 jul 1952: A primeira capa e reportagem de Salomão na Manchete é na edição número 13 da revista carioca e foi enviada de São Paulo, como muitas daí por diante (até meados da década), o que leva a supor que Salomão tenha passado a residir na capital paulista, integrando a sucursal da publicação.

1952-1953: Trabalha como fotógrafo do departamento de publicidade da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, São Paulo.

1953: Negocia com Multifilmes (São Paulo), de Mario Civelli a direção de Terra de sangue, a ser rodado no sul, com argumento de Plinio Cabral, possivelmente em cores; projeto não realizado.

1954: Dirige o documentário Problemas de uma cidade, não localizado.

1955: Negocia com Maristela (São Paulo) a direção de O Negrinho do Pastoreio. Projeto não realizado.

1956: Dirige o documentário Bolívia; não localizado.

1956: Quem matou Anabela? (D. A. Hamza, 1956). Argumento de Orígenes Lessa sobre uma ideia de Salomão Scliar. Adaptação de Miroel Silveira.

1957: Produz, dirige e fotografa em cores e cinemascope o documentário curto Verdes mares bravios, sobre o porto de jangadeiros em Fortaleza; não localizado.

1957: Segundo reportagem da revista Visão (27 set), produz, dirige e fotografa em cores o documentário curto O Museu de Arte de São Paulo; não localizado.

1958: Viagem ao nordeste com Mauro de Alencar, Roberto de Giacomo e Luiz Sérgio Person à procura de locações para a produção de O Jangadeiro, que seria o filme de estreia da companhia Planalto; projeto não realizado.

1959: A partir deste ano, fotografias publicadas na revista Senhor (Rio de Janeiro).

1959: Ao lado de Claudia Andujar, Alice Brill, Harald Schultz, entre outros, é um dos fotógrafos do livro Portrait of a great country – Brazil, texto: Ellen Bromfield Geld, edição: Stefan Geyerhahn; coedição entre Rio de Janeiro (BR) e Amsterdam (NL), Colibris Editora.

195?: Rio de Janeiro – Fotos de Salomão Scliar, Bloch Editores, Departamento de Turismo e Certames da Prefeitura do Distrito Federal, snp [62p.]; encadernação em espiral, legendas em português e francês; 22 x 30,5 cm.

1960: Data de seu último filme – produção, direção, roteiro e fotografia – A História de um povo – A formação do Paraná, média-metragem (55 min) para a inauguração da TV Paraná, Curitiba. Fragmentos preservados. Primeira exibição: 19 dez, seg, 19h40.

1961: Lançamento em 21 de setembro do LP Música religiosa: afro-brasileira - Candomblé (Documentos folclóricos brasileiros, série III), Editora Xauã, na GEAD, Rio de Janeiro. Gravado no terreiro de Menininha do Gantois, em Salvador. Edição, planejamento gráfico e produção de Salomão Scliar. Músicas deste disco – não creditadas – serão usadas em Terra em transe (Glauber Rocha, 1967) e O Bandido da Luz Vermelha (Rogério Sganzerla, 1968).

1961: Fotógrafo de cena da parte brasileira de America di notte / América de noite (Giuseppe Maria Scotese, 1961, IT-BR-FR-AR).

1962: Viagem à Europa.

1962: "[Ruy Santos pertence] à mesma linhagem de Salomão Scliar, Tony Rabatoni, Helio Silva e outros grandes câmeras". (Diário Carioca, Rio de Janeiro, 8-9 jul 1962, ano XXXIV, n.10.524, Revista da Televisão, p.3.)

1962?: Editor em São Paulo do livro Seis pintores brasileiros contemporâneos: Portinari, Segall, Di Cavalcanti, Guignard, Pancetti, Djanira.

1963: Fotografias coloridas para a matéria Arte milenar, texto de Fernando Camargo, revista Joia, set 1963, p.58-61, n.121.

13 dez 1963: Lançamento do livro Seis pintores brasileiros contemporâneos no Rio de Janeiro, na Galeria Relevo, às 21h.

abr-maio e jul-ago 1964: Duas viagens a Miami (US).

25 maio 1965: Lançamento no Masp da série Documentos históricos, em dez volumes, editados por ele.

jun 1965: Viagem à Europa, para Zurich e Londres.

13 nov 1966: Lançamento na Fátima Arquitetura Interiores (R. Visconde de Pirajá, 438, Rio de Janeiro) de Documentos históricos.

1967-1968: Fotos e reportagens em Realidade (São Paulo), revista mensal da Editora Abril. [mar 1967, n.12 + jul 1967, n.16 + ago 1967, n.17 + set 1967, n.18 + 1968, n.25]

1968: Editor em São Paulo do livro A História ilustrada do futebol brasileiro, em quatro volumes. Lançamento no Rio em dezembro de 1968.

28 jan 1969: Inauguração da exposição de 30 painéis Conheça a história do futebol pela imagem, no MIS-RJ, organizada por Salomão com o material recolhido para o livro. Em 14 de maio inaugura a mesma exposição em Curitiba, na Biblioteca Pública. Pelo livro A História ilustrada do futebol brasileiro, ganha primeiro prêmio na Bienal do Livro em São Paulo, em 1969.

197?: Planejamento gráfico e produção do LP Música de Israel (São Paulo), com desenhos de Candido Portinari; tiragem: 3.000 exemplares.

1972: Editor em Porto Alegre do livro Portfolio Porto Alegre antiga.

1973: Editor em Porto Alegre do livro 1873-1973 – Alberto Santos Dumont: os heroicos inventores e suas audazes máquinas voadoras. Texto: Josué Guimarães. Tiragem: 5.000 exemplares.

1977: Em março, 30 painéis no Hall do Hotel São Raphael, em Porto Alegre; trata-se da segunda exposição organizada por ele na capital.

1980: Editor em Porto Alegre da série Raízes gaúchas, em três volumes: Rio Grande do Sul histórico + Porto Alegre antigo + Os Sete povos das Missões.

16 set 1985: Exibição na Cinemateca Paulo Amorim (na Casa de Cultura Mario Quintana, Porto Alegre) de Vento Norte, na abertura da Retrospectiva do Cinema Gaúcho. Salomão estava presente.

1986: Depoimento em áudio para Cláudio Todeschini para o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, Porto Alegre.

11-17 jun 1987: Entrevista para Pedro Dantas e Flávio Braga para o semanário Pasquim Sul (Porto Alegre), capa e p.4-5.

 1990: Depoimento para o documentário da RBS TV, Cinema gaúcho – Uma aventura quadro a quadro (Ana Luiza Azevedo, 1990). Primeira exibição: RBS TV, 6 maio, dom, 11h.

15 fev 1991: Falece em Porto Alegre, cinco dias antes de completar 66 anos.

TÍTULO DIREÇÃO ANO
Vento Norte Salomão Scliar 1951