01/11/2025
SMVC Santa Maria Vídeo e Cinema2025

SMVC Santa Maria Vídeo e Cinema

SMVC 17º Santa Maria Vídeo e Cinema – Diálogo
29 out-1º nov 2025, qua-sab
Curadoria: Luiz Alberto Cassol, Luciano Ribas

29 de outubro de 2025, quarta-feira

14h – Cineclube da Boca – Auditório 67 – Campus Central da UFSM
Longa-metragem convidado: Cine Globo Uma vida de cinema (Christian Jafas, Carlos Roberto Grün, 2024, 75 min, documentário, BR) Presença dos diretores

Theatro Treze de Maio (Praça Saldanha Marinho, Centro)

16h – Longa-metragem convidado: Notas sobre um desterro (Gustavo Castro, 2025, 80 min, documentário, BR)

19h
Abertura oficial

Homenagem: Juana Miranda González
Campo de cebollas (Juana Miranda González, 2022, 7 min, documentário, PY)

Mostra de curtas premiados da Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de los Baños (CU)
Cuando llegue la noche (Feguenson Hermogène, 2022, 12 min, documentário, CU)
Fin (Laura Sousa, 2018, 15 min, documentário, CU)
Murciélago (Claudia Claremi, 2018, 11 min, documentário, CU)
Nunca jamás (Violeta Ampudia, 2019, 11 min, documentário, CU)
O Mar também é seu (Michelle Coelho, 2022, 21 min, documentário, CU-BR)
Soberane (Wara, 2022, 27 min, ficção, CU)

De 30 out a 1º nov, todas as exibições e atividades aconteceram na CESMA Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (R. Professor Braga, 55, Centro) Cineclube Lanterninha Aurélio
MN Mostra Nacional
MS Mostra Sinprosm de Santa Maria e Região

30 de outubro de 2025, quinta-feira

16h – Sessão 1
MN: Chache Lavi (Clementino Júnior, 2024, 24 min, documentário, RJ)
MN: O Que fica de quem vai (André Zamith, Vinícius Cerqueira, 19 min, ficção, SP) Presença de V. Cerqueira
MN: Pó de palha (Elizângela da Silva, Dante 'Ori' José, 3 min, animação, BA)
MS: Cartas de Felippe (Marcos Borba, 21 min, documentário, RS) Presença do diretor e equipe
MN: Chibo (Gabriela Poester, Henrique Lahude, 18 min, documentário, RS)

19h30
Homenagem Santa Maria e Região: Paula Souza

Sessão 2
MN: Flor (Joana Bernardes, 20 min, ficção, RS) Presença da atriz Carla Cassapo
MN: O Louco (Guilherme Suman, 19 min, ficção, RS) Presença da atriz Paula Souza
MN: Lagrimar (Paula Vanina, 14 min, animação, RN) Presença da diretora
MN: Correnteza (Diego Müller, Pablo Müller, 8 min, documentário, RS) Presença dos diretores
MN + MS: Morada (Neli Mombelli, 25 min, documentário, RS) Presença da diretora e equipe
MN: A Última valsa (Fábio Rogério, Jean-Claude Bernardet, 6 min, documentário, SP) Presença de F. Rogério
MS: O Amanhã de ontem (Fabrício Koltermann, 18 min, ficção, RS) Presença da equipe

31 de outubro de 2025, sexta-feira

16h – Sessão 3
MN: Sublime chão (Gabriel Borges Rollo, 15 min, documentário, SP)
MN: À Borda da vida (Camila Bauer, 18 min, documentário, RS) Presença do montador Raoni Ceccim
MN: O Nome da vida (Amanda Pomar, 13 min, animação, MG) Presença da diretora
MN: A Última primavera (Michelly Hadassa, 15 min, ficção, SC) Presença da diretora
MS: O Céu invisível (Robson Santos Rosa, Max Frutuoso, Jamille Marin, Júlia Urach, 24 min, documentário, RS) Presença da equipe
MS: Para que eu não esqueça (Marcos Oliveira, 23 min, ficção, RS) Presença da equipe

18h – Lançamento e sessão de autógrafos do Dicionário de filmes gaúchos, de Glênio Póvoas

19h30
Fora de concurso: A Biblioteca de Jorge Furtado (G. Póvoas, Luiz Alberto Cassol, 2025, 13 min, documentário, RS)

Homenagem Nacional: Marilaine Castro da Costa

Sessão 4
MS: Cadê a nota? (Gelton Quadros, Ficção, 2024, 25 min, RS) Presença da equipe
MN: A um gole da eternidade (Paulo Ricardo de Moraes, Camila de Moraes, 16 min, ficção, RS) Presença de P. R. de Moraes e Thaïs Bretanha
MN + MS: O Churras (Maurício Canterle, 13 min, ficção, RS) Presença do diretor e atores
MN: Bicicleta vermelha (Rodolpho Pinotti, 15 min, animação, SP) Presença de Paula Cencig
MN + MS: Tudo o que Deus quer saber (Ema Souza, 19 min, ficção, RS) Presença da equipe
MN: Tem dia que de noite é foda (Hander Paiva, 6 min, ficção, CE) Presença do diretor

1º de novembro de 2025, sábado

10h-12h30 – Caminhada – História dos cinemas e patrimônio art déco de Santa Maria
Organização: coletivo Memória Ativa
1. Gare. 2. TV Ovo Sobrado Centro Cultural com apresentação dos planos para o futuro do espaço e vídeos sobre a TV Ovo + trailer de Quando a gente menina cresce (Neli Mombelli) + Cerimônias e festa da igreja em S. Maria – Estado R. G. do S. (Eduardo Hirtz, 1910), as imagens mais antigas preservadas do cinema brasileiro que registram a Catedral em 5 dez 1909 e a Gare. 3. Edifício Mauá. 4. Catedral Metropolitana. 5. Antigo Hotel Jantzen. 6. Cine Teatro Imperial, atual Fundação Eny (R. Dr. Bozano). 7. Sala de Cinema Odeon no Club Caixeiral Santamariense. 8. Cines Glória e Glorinha no terreno onde era o Coliseo Santa-Mariense, atual Igreja Universal (R. Riachuelo). 9. Cine Independência. 10. Almoço na Taverna.

14h30 – Longa-metragem convidado: Por tu bien (Axel Monsú, 2025, 77 min, AR)

18h
Homenagem: Axel Monsú

Cerimônia de premiação

Júri: Axel Monsú, Daniel Rodrigues, Giovane Rocha, Juana Miranda, Manuela do Monte

MOSTRA NACIONAL

Melhor curta: Chibo (Gabriela Poester, Henrique Lahude). Além do troféu Vento Norte, recebe o troféu do Metropolitano RS – Ecossistema Audiovisual.

Melhor curta de animação: Lagrimar (Paula Vanina)
Melhor curta documental: À borda da vida (Camila Bauer)
Melhor curta de ficção: O Que fica de quem vai (André Zamith, Vinícius Cerqueira)
Direção: Gabriela Poester e Henrique Lahude (Chibo)
Roteiro: Maylon Romes (O Que fica de quem vai)
Interpretação: Julia Almeida (Flor) + Dyio Coêlho (O Que fica de quem vai)
Direção de fotografia: Henrique Lahude (Chibo)
Direção de arte: Gabriela Burck e Eder Ramos (Flor)
Trilha sonora original: João Castanheira e Lucas Borges (O Nome da vida)
Montagem: Mateus Ramos e Raoni Ceccim (À borda da vida)
Desenho de som: Bicicleta vermelha
Menções honrosas: A Última valsa + Cache Lavi + O Nome da vida

MOSTRA SINPROSM DE CURTAS DE SANTA MARIA E REGIÃO

Melhor curta: O Amanhã de ontem. Além do troféu Vento Norte, recebe o troféu do Metropolitano RS – Ecossistema Audiovisual.
Direção: Fabrício Koltermann (O Amanhã de ontem)
Roteiro: Fabrício Koltermann (O Amanhã de ontem)
Interpretação: Ida Celina (O Amanhã de ontem) + Henrique Ávila (Para que eu não esqueça)
Direção de fotografia: Marcos Oliveira (Para que eu não esqueça)
Direção de arte: Camila Marques (O Amanhã de ontem)
Trilha sonora original: Márcio Echeverria (Cartas de Felippe)
Montagem: Marcos Oliveira (Para que eu não esqueça)
Desenho de som: Guilherme Wallau (O Churras)
Menções honrosas: Cartas de Felippe + Morada + O Churras

JÚRI DA CRÍTICA (certificados da ACCIRS Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul)
Júri: Bianca Zasso, Daniel Rodrigues

MN: Chibo: com uma câmera ao mesmo tempo onipresente, mas que parece inexistente, dada a capacidade de se integrar à ação dos personagens, e por tratar de forma sensível e cinematograficamente apurada a difícil realidade de mulheres na inóspita região da fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina.

MS: O Amanhã de ontem, pela ousadia tanto estético-visual quanto da proposta temática, pela qual é possível identificar empatia do cineasta para com um grupo social e etário diferente do qual este pertence, e também pelo visível amadurecimento evolutivo em aspectos de linguagem cinematográfica do cineasta em relação à sua própria obra.

PRÊMIOS DA ORGANIZAÇÃO

Prêmio Clayton Coelho de Direitos Humanos: O Nome da vida
Prêmio Luiz Roese, da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Boate Kiss: A um gole da eternidade
Prêmio Isadora Vianna Costa: O Céu invisível
Prêmio Cineclube Lanterninha Aurélio: Correnteza

Prêmio Rede Sina, pelo tema social: Chache Lavi

Troféu Vento Norte e o SMVC

O Troféu Vento Norte entregue nas homenagens e premiações é uma réplica da obra eólica da artista Ana Norogrando, localizada no Largo da Locomotiva, no Jardim da Biblioteca Pública Municipal Henrique Bastide, de Santa Maria. O nome também é uma referência ao primeiro longa-metragem de ficção sonoro do Rio Grande do Sul, lançado em 1951 e dirigido por Salomão Scliar.

SMVC nasce em 2002 para valorizar a produção audiovisual local e nacional. As primeiras 11 edições foram seguidas por um breve hiato, entre 2014 e 2016. Em 2017, o evento foi retomado com uma retrospectiva de sua trajetória e, em 2021, passou a figurar no Calendário Oficial de Eventos do Estado do Rio Grande do Sul.

Carta de Santa Maria
1º de novembro de 2025

Deputados e deputadas, o futuro do audiovisual brasileiro está em suas mãos.

O relatório apresentado pelo deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), referente à regulação das plataformas de streaming, representa uma grave ameaça à soberania cultural do Brasil. O texto substitutivo ao PL 8889/17, publicado em 27 de outubro, contém distorções técnicas e conceituais que fragilizam todo o ecossistema do audiovisual nacional independente. Votar esse projeto sem escutar e dialogar com produtores, produtoras, realizadores e realizadores de todas as regiões do país é ignorar quem efetivamente constrói o cinema brasileiro todos os dias.

Há mais de uma década, as plataformas de streaming operam livremente no país, acumulando lucros bilionários sem se comprometer com o desenvolvimento do nosso mercado interno.

Agora, quando finalmente temos a oportunidade de estabelecer regras justas e equilibradas, o Congresso não pode se curvar a interesses estrangeiros.

Aprovar o relatório do Dr. Luizinho é selar um retrocesso histórico, é enfraquecer o Estado brasileiro e renunciar à nossa capacidade de proteger e fomentar a produção nacional.

Temos que ser diretos. O substitutivo apresentado desmantela a política pública audiovisual. Reduz a Condecine Streaming dos 6% antes previstos para meros 4% e, de forma ainda mais grave, entrega 70% desses recursos ao controle das próprias plataformas, por meio de dedução fiscal para seus investimentos diretos – ou seja o Estado abre mão de recursos públicos para grandes corporações produzirem conteúdos próprios de propriedade intelectual estrangeira, alocando esses recursos em grandes empresas do eixo Rio-São Paulo e evitando sua distribuição a realizadores das diversas regiões do Brasil por meio do FSA.

O resultado é devastador: o Fundo Setorial do Audiovisual, principal instrumento de investimento do setor, ficaria com apenas 30% do montante. Trata-se de um golpe direto contra o cinema independente, a economia do setor audiovisual de Norte a Sul e contra a cultura brasileira.

Deputados e deputadas, o que está em jogo vai muito além de números. São milhares de empregos, a circulação e a diversidade das nossas histórias, a propriedade intelectual do que produzimos e a presença do Brasil nas telas do mundo. O projeto relatado por Dr. Luizinho destrói as bases da produção independente e afronta o princípio da soberania cultural que deve orientar qualquer nação.

Nenhum país que cede o controle de sua narrativa às big techs estrangeiras preserva sua identidade.

Por isso, apelamos à consciência e ao compromisso de cada parlamentar com a soberania nacional. Rejeitem o parecer do deputado Dr. Luizinho em seus termos atuais. Defendam a cultura brasileira e o Fundo Setorial do Audiovisual. Garantam a cobrança de uma Condecine justa das plataformas, com o mínimo de 6%, bem como cotas de 20% de obras nacionais nos catálogos, visibilidade às produções brasileiras e a destinação majoritária dos recursos ao FSA.

A história não esquecerá daqueles e daquelas que, neste importante momento, ficarem ao lado da cultura nacional e nem daqueles e daquelas que optarem por entregar o audiovisual brasileiro ao domínio estrangeiro.