Comboio de sal e açúcar (2016)
Portugal – Moçambique – France [França] – África do Sul – Brasil (RS)
Longa-metragem | Ficção
DCP, cor, 88 min
Companhia produtora: Ukbar Filmes; Ebano Multimédia; Les Films de l Étranger; Urucu Media; Panda Filmes
Primeira exibição: Locarno (CH), 69th Locarno International Film Festival [3-13 ago]-Avant-premières, Piazza Grande, 10 ago 2016, qua
Primeira exibição RS: Porto Alegre (RS), Cinemateca Capitólio, 4 jun 2018, seg, 19h30 (pré-estreia, debate com o diretor, a mestre em Ciência Política pela Universidade Católica Moçambicana Nosta Mandlate + crítico Pedro Henrique Gomes)
Licínio Azevedo nasceu em Novo Hamburgo em 27 de maio de 1951. "Minha mãe estava apenas de passagem pela cidade, vivíamos no interior de Taquari, em Carapuça, numa fazenda". Anos depois, em Porto Alegre, cursa na PUCRS um ano de Direito e passa para o Jornalismo (formando-se em 1975) e ao mesmo tempo começa na reportagem policial em Zero Hora. Em seguida vai para a Folha da Manhã (grupo Caldas Júnior) como editor de polícia. Com Caco Barcellos e fotos de Avani Stein, publicam no Jornal da Tarde (São Paulo) uma série de reportagens sobre o terremoto da Guatemala ocorrido em 4 de fevereiro de 1976. Nesse período percorre quase toda a América Latina escrevendo sobre temas sociais.
Na capital paulista trabalha na imprensa independente em Versus e Movimento. No primeiro, seu nome consta do expediente entre os números 2 e 16 (dez 1975-nov 1977) em diversas funções: colaborador, editor, conselho de redação. Para o semanário Movimento – que circulou em 334 edições (jul 1975-nov 1981) – Licínio é editor assistente de Cultura de 30 de maio 1977 a 11 de agosto de 1978 (n.100-163, cf. expediente). A equipe é formada, entre outros, por Fernando Peixoto (editor), Caco Barcellos, Florestan Fernandes, Gianfrancesco Guarnieri, Jean-Claude Bernardet, José Louzeiro, Leandro Konder, Ruy Guerra, Tania Faillace, Tárik de Souza, Zulmira Tavares. Escreve também no Folhetim, caderno semanal cultural e de reportagens da Folha de S. Paulo. Trabalha em Portugal e na Guiné-Bissau em 1976. Em 1980 é um dos agraciados no 2º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, o mais prestigiado prêmio brasileiro de jornalismo, com a reportagem "Valeu a pena voltar?", publicada no Coojornal (Porto Alegre).
Em 1978 vai para Maputo, capital de Moçambique, atraído por Ruy Guerra, que então retornava à sua cidade natal, antes chamada de Lourenço Marques. Com a criação do Instituto Nacional de Cinema, a função de Ruy foi a preparação de técnicos e a adequação para produção de filmes pela compra de máquinas, material (BORGES, 2017, p.92). Época de visitantes ilustres como Jean Rouch e Jean-Luc Godard, Celso Luccas e José Celso Martinez Corrêa ou Santiago Alvarez. Começa a escrever textos para documentários. Em Mueda – Memória e massacre (Ruy Guerra, 1979), documentação está creditado a Licínio; outros nomes que vão ser colaboradores constantes do futuro diretor também estão nestes créditos: José Cabral, Pedro Pimenta, Gabriel Mondlane, Camilo de Sousa. Orienta um programa de televisão seminal denominado Canal Zero, no Instituto de Comunicação Social de Moçambique. Seu livro Relatos do povo armado, sobre episódios da guerra pela independência, é a base para o roteiro de O Tempo dos leopardos (1985), primeiro longa-metragem de ficção moçambicano, dirigido pelo iugoslavo Zdravko Velimirović.
Funda a empresa de produção cinematográfica Ébano Multimedia. Seus diversos documentários são premiados em todo o mundo. Licínio é o único cineasta premiado por três vezes no FIPA Festival Internacional de Produções Audiovisuais, de Biarritz, o mais importante evento europeu de obras para a televisão: duas vezes o troféu de prata para filmes de ficção e uma vez o de ouro para grande reportagem. Em 1999 ganha o Prêmio FUNDAC Fundo para o Desenvolvimento Artístico e Cultural (Maputo), pelo conjunto de sua obra cinematográfica. É homenageado em 2015 pela Cinemateca Portuguesa com o ciclo O Espírito do lugar: Licínio Azevedo, cineasta de Moçambique (Lisboa, 1º-30 dez).
Seu romance, Comboio de sal e açúcar (1997), ambientado na guerra civil, é adaptado por ele para o cinema, lançado em 2016 com projeção na Piazza Grande, no Festival de Locarno. Comboio de sal e açúcar marca também a primeira coprodução com o Brasil, especificamente com uma produtora gaúcha, a Panda Filmes, de Beto Rodrigues. Este longa é escolhido para representar Moçambique na categoria de melhor filme estrangeiro para a cerimônia do Oscar de 2018, sendo a primeira vez que um filme do país é submetido ao Academy Award. Comboio é o segundo filme da Trilogia de Amor e Guerra, iniciada com Virgem Margarida (2012).
Em 1962, com a criação da FRELIMO Frente de Libertação de Moçambique, de orientação marxista, sob liderança de Eduardo Mondlane, inicia-se guerrilha contra os portugueses e em 1964 o grupo conquista o norte do país. Com o assassinato de Mondlane em 1969, é substituído por Samora Machel. Em 25 de junho de 1975, sob a liderança de Machel, Moçambique obtém independência total. Nos anos 1970 surge a RENAMO Resistência Nacional Moçambicana, anticomunista, apoiada pelo governo branco da África do Sul. Anos de guerra civil até acordo de paz assinado pelas duas partes em 1992. Miséria generalizada, minas terrestres em grande parte do território, aliás, tema de um de seus mais contundentes documentários, o fascinante Acampamento de desminagem (2005).
Licínio Azevedo é parte dessa história e seus filmes estão dela impregnados. Ele fez a opção de ficar ali e construiu a obra mais sólida e coerente de Moçambique. Licínio Azevedo, o cineasta gaúcho mais africano que se tem notícia. Seu cinema está na mesma corrente de Jean Rouch e de Mohsen Makhmalbaf ao misturar realidade e ficção, o uso de não atores e seus dialetos, o valor do documentário, características encontradas no neorrealismo italiano. Com sua presença em Porto Alegre, é homenageado pela Cinemateca Paulo Amorim com Mostra Especial com 13 filmes: curtas, médias, longas, documentários e ficções, e a edição de catálogo (2-4, 6-10 dez 2022).
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Sinopse
Intertítulo inicial: // Norte de Moçambique 1988. O país está em guerra há quase dez anos. O governo enfrenta a guerrilha armada. O açúcar é agora um produto raro e cobiçado. As linhas férreas são constantemente sabotadas e os comboios atacados. Poucos arriscam a viagem do litoral até ao vizinho Malawi, no interior do continente, para trocar sal por açúcar. A espera pelo comboio é longa e silenciosa. Novas e velhas crenças misturam-se num comboio que não tem hora para partir. //
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Ficha técnica
ELENCO
Matamba Joaquim (Taiar),
Melanie de Vales Rafael (Rosa),
Thiago Justino (Salomão),
António Nipita (Sete Maneiras),
Sabina Fonseca (Mariamu),
Horácio Guiamba (Josefino), Celeste Baloi (Pureza), Hermelinda Simela (Amélia), Mário Mabjaia (Adriano Gil), Victor Raposo (Celeste Caravela), Abdil Juma (Omar Imani), Absalão Narduela (Ascêncio), Tunecas Xavier (Herculano), Mário Valente (Danger Man), Absalão Maciel (Baioneta), Carlo Novele (Canivete), Abdul Satar (Calisto Confiança), Alvim Cossa (Comandante Xipoco), Crisalda Mueche (Virginia), Fernando Macamo (Florindo), Gabriel Mondlane (Chefe da Estação), Timóteo Maposse (Passageiro roubado), Shelton Fonseca (Filho de Mariamu), Allisan Fonseca (Filho de Pureza), Issufo Satar (Adjiru).
DIREÇÃO
Direção: Licínio Azevedo.
Primeira assistência de direção: Tiago Almada.
Segunda assistência de direção (MZ): Diana Manhiça.
Segunda assistência de direção (PT): Nuno Diogo.
Terceira assistência de direção (MZ): Humberto Notiço.
Terceira assistência de direção (PT): Filipe Santos.
Anotador: Cesário Monteiro.
Preparação de elenco: Thiago Justino.
Coach para Thiago Justino: Rogério Manjate.
ROTEIRO
Adaptado do livro homônimo de Licínio Azevedo.
Argumento: Licínio Azevedo, Teresa Pereira.
Argumento adicional: Claire Dobbins, Filipe Santos.
Roteiro: Luis Carlos Patraquim.
Levantamento de diálogos: Bernardo Alves.
Tradução para francês: Renée Gagnon, Anne Grange.
Tradução para inglês: Tessa Jubber, Filipe Santos.
Tradução para alemão: Ansgar Schaefer.
PRODUÇÃO
Produção: Pandora da Cunha Telles, Pablo Iraola.
Coprodução: Licínio Azevedo, Philippe Avril, Beto Rodrigues, Tatiana Sager, Elias Ribeiro, John Trengove.
Direção de produção – preparação: Isabel Chaves.
Direção de produção: Momade Mussa.
Adjunto de produção: Timóteo Maposse.
Assistência de produção: José Gordo, José Tivane.
Secretaria de produção: Ivânia Martins.
Produção de elenco (MZ): Hermelinda Simela.
Produção de elenco (BR): Fernando Muniz.
Assessoria de elenco: Gabriel Mondlane.
Produção de figuração: John Pitta.
Produção de locação – preparação: Jorge Coelho.
Coordenação de alojamentos: Cidália Chaluco.
Enfermeiros: Tomás Siweia, João Eduardo Gondola, Sarmento Orlando Langa, Estevão Eduardo Ferro, Benedict Manhique, Rodrigues Guambe.
Assistência de platô: Aurio Cardoso 'Chico'.
Assistência de equipa: cozinheira Albertina.
Alimentação: Jasmim Eventos.
Coordenação de transportes: David Nhanjale.
Viaturas de aluguel: Low Cost, João Choco, Amocine.
Despachante aduaneiro: Gama Afonso.
Motoristas de produção: Justino Zumbe 'Big', Abdul Adamo, Manuel António, Luís Siweia, Bernardo Juisse, Cipriano Chissano.
Coordenação militar: Treino Militar em Moçambique: ESFA (Boane).
Oficiais: tenente coronel Francisco Lucas Manatse (CAS/EMG), major António Freitas (ESFA), alferes Isaias Augusto Conhece (ESFA).
Sargentos ESFA: subintendente Brás Selemane Amade, 1º sargento Jaime Rodrigues, 2º sargento Assuba Borges, 2º sargento Fernando Álvaro Licença, 3º sargento Galton Hortêncio Alfinete.
Soldados ESFA: Abel João, António Esnesto Vontade, Amadinho Manuel Fernando, Américo Daniel Amir, Amenodim Salimo, Alberto Adriano, Caetano Casimiro, Carlos Álvaro Francisco, Danilo F. Fijamo, Domingos F. Castigo, Estéfane Tito Almoço, Gorobate José Lúpia, Jaime Ana, Júlio Sabonete, Jornatim José, Leonel António, Maulino Manuel, Monteiro Sebastião, Pedro Sinzecua, Pedro Semente, Rachid Silva, Victorino Samuel, Santos Mateus, Zito Mendonça.
Contabilidade de rodagem: Hortência Tivane, Helena Rodrigues.
FOTOGRAFIA
Direção de fotografia: Frédéric Serve.
Primeira assistência de câmera: Nuno Ferreira.
Segunda assistência de câmera: Custódio Guambe.
Operação de segunda câmara: Justin Youens.
Primeira assistência de segunda câmara: Andrew Little.
Data manager: Pedro Lino.
Eletricista chefe: Mário Soares.
Eletricista: José Mahumane.
Reforço de eletricista: António Monjane 'Toni'.
Grupista: José Mahumane.
Maquinista chefe: Siseko Malawo.
Maquinistas: Luis Timane 'Pantera', Pascoal Mate.
ARTE
Direção de arte: Andrée Du Preez.
Chefe de decoração: Nurodine Daude.
Assistência de decoração: Édio da Silva, Celso Simões.
Acessórios: Larry Leroux.
Cabeça SFX: Dreamsmith.
Veículos de cena: Januário (barco), Makgathe Mashaba (condutores da decoração), Vendap, Akimat, Lalgy, Value Truck Hire (transportes da decoração).
Supervisão de efeitos especiais: Gerhard van der Heever.
Assistência de efeitos especiais: Zakhele Mkhize.
Figurino: Isabel Peres.
Assistência de guarda-roupa: Aurora de Sousa, Albertina Paixão.
Reforço de guarda-roupa: Sara Machado, Isis Mbaga.
Costureiro: Hortêncio Mosquito.
Caracterização: Catia Munguambe, Kate Sopikava.
Cabelo: Felicidade Massugueja.
SOM
Captação de som: Philippe Fabbri.
Engenheiro de som: Philippe Fabbri.
Microfonista: Francisco Veloso.
Reforço microfonista: Gabriel Mondlane.
MÚSICA
Música original: Joni Schwalbach.
Músicas:
• "Tema final" por Issufo Manuel Martinho
FINALIZAÇÃO
Montagem: Willem Dias.
Assistência de montagem: Daniel Silvério.
Coordenação de pós-produção: Nelson Lopes.
Correção de cor: Yov Moor.
Assistência de correção de cor: Valentin Goguet-Chapuis.
Assistência de de finalização: Fabricio Menna Barreto.
Créditos: Pedro Lino.
Legendagem: Inês Branco, Nelson Lopes.
Planificação de cenas de guerra: Kalwery Sa.
Coordenação de SFX: Carlos Almeida, José André.
SFX: Irmalucia.
Edição de som: Matthew James.
Assistência de edição de som SA: Gregory Albert.
Edição de som adicional (BR): Gabriel Schulz.
Mixagem: Kiko Ferraz.
Assistência de mixagem: Jules Jasko.
EQUIPE comboios e estações
Condutor do comboio: Adriano Mazive.
Maquinistas do comboio: David Cumbana, Antonio Cortege Ubisse.
Boane: Afonso Sambo / vereador da Cultura e Desporto do município de Boane, Alberto Refo / chefe da localidade de Gueguege, Martins / secretário do bairro Marconi (Pedreira), Rungo / secretário do bairro Mukombe (Estevel), Bila / secretário do bairro Picoco, Mulhanga / secretário do bairro Fixe (vila de Boane).
Matola Gare: Mateus Tembe / chefe da Matola Gare, Cátia Cuna / responsável da OJM Matola Gare.
Ressano Garcia: Mónica Macheque / chefe do Posto de Ressano Garcia, Samuel Nhancale / chefe da Localidade de Ressano Garcia, Castigo Dzimba / líder Tradicional de Ressano Garcia, Vicente Chauque / líder comunitário de Ressano Garcia, Jossai Macamo / secretário do bairro E. Mondlane, Paulo Jamisse / secretário do bairro 4 de Outubro, Nataniel Chemane / secretário do bairro Acordos de Lusaka, Vicente Muchanga / secretário adjunto do bairro E. Mondlane, Generoso Chongo / chefe do Povoado de Chanculo, Angelina Mate / secretário do Povoado de Chanculo.
Moamba: Gabriela / secretário chefe da Secretaria do Distrito de Moamba Sede, Moisés Muchanga / chefe do Posto de Moamba Sede, António Sainda / secretário do bairro Cimento Moamba.
Chefe Patineur: André Smith.
EQUIPE Ukbar Filmes
Coordenação de produção: Raquel Morte.
Estagiário de produção: Timothée Euvrard.
Assistência de finalização e promoção: Inês Branco.
Contabilidade (PT): Geur.
Auditoria (PT): Victor Martins.
EQUIPE Ebano Multimédia
Produção associada: Karl de Sousa.
Administrativo e contabilidade: Hortência Tivane.
Produção em desenvolvimento: Camilo de Sousa.
EQUIPE Les Films de l'Étranger
Produção associada: Anne Grange.
Assistência de produção: Louis Lapeyronnie.
Gestão e contabilidade: Dominique Boisbeau.
Administrativo: Marc Troonen.
Assistência: Caroline Moreau.
EQUIPE Urucu Media
Coordenação de produção: Cait Pansegrouw.
Assistência de produção: Thandiswa Twecu.
EQUIPE Panda Filmes
Coordenação de edição: Ricardo Zauza.
Controle financeiro: Raquel Sager.
Contabilidade: Álvaro Flores / Tecnicon.
Assistência financeiro: Tanize Cardoso.
Assistência de produção: Cátia Muller.
Assistência de projeto: Rosane Furtado.
Consultoria de projeto: Leo Sassen.
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
Equipamentos de rodagem: Panavision Alga (Paris, FR).
Equipamentos de som: Mandoline (Paris, FR).
Estúdio de montagem de imagem: Around Meridian (Lisboa, PT); LFE (Strasbourg, Paris, FR).
Estúdio de edição de som e foley: Rhapsody Recording (Cape Town, ZA).
Estúdio de correção de cor: McMurphy (Paris, FR).
Estúdio de misturas: Studio Orlando (Paris, FR).
Estúdio de finalização: Cineli Digital (Paris, FR).
Estúdio de dobragens: Around Meridian (Lisboa, PT); Ekaya Produções (Maputo, MZ).
MECANISMOS DE FINANCIAMENTO
Companhia produtora: Ukbar Filmes (Lisboa, PT).
Coprodução: Ebano Multimédia (Maputo, MZ); Les Films de l'Étranger (Strasbourg, FR); Urucu Media (??, ZA); Panda Filmes (Porto Alegre, BR).
Financiamento (BR): Chamada Pública BRDE/FSA PRODECINE 05/2014. Recursos públicos geridos pela ANCINE Agência Nacional do Cinema. Investimentos do FSA Fundo Setorial do Audiovisual administrados pelo BRDE Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. Proponente: Panda Filmes Ltda.. Valor: R$ 510.132,00.
Financiamento (BR): Chamada Pública BRDE/FSA PRODECINE 03/2016. Recursos públicos geridos pela ANCINE Agência Nacional do Cinema. Investimentos do FSA Fundo Setorial do Audiovisual administrados pelo BRDE Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. Proponente: Panda Filmes Ltda.. Valor: R$ 200.000,00.
Apoio (ES): Programa Ibermedia. Convocatória coprodução: 2014; proponente: Portugal.
Apoio financeiro:
ICA Instituto do Cinema e do Audiovisual;
Eurimages – Council of Europe / Conseil de l'Europe;
CNC – Tratado Luso-francês de Cinema;
RTP Rádio e Televisão de Portugal;
M Movies NET;
Région Alsace Champagne-Ardenne Lorraine – Em parceria com o CNC;
Gabinete da Cooperação Suíça de Moçambique;
FUNDAC Fundo para o Desenvolvimento Artístico e Cultural;
Schweizerische Eidgenossenschaft – Confédération Suisse / Confederazione Svizzera / Confederaziun Svizra – SDC Swizz Agency for Development and Cooperation / Agência Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação;
Visions Sud Est – Fonds Suisse d'Aide à la Production;
Festival del Film Locarno – Open Doors.
Com o alto patrocínio de: CFM Caminhos de Ferro de Moçambique.
Apoio: INAC Instituto Nacional de Audiovisual e Cinema de Moçambique; Ministério da Defesa Nacional; AMOCINE Associação dos Cineastas Moçambicanos; Academia Militar – Exército Português.
Participação em fase de pré-produção:
• Projecto desenvolvido no âmbito: Festival del Film Locarno – Open Doors Screenings.
• Durban FilmMart – At the Durban International Film Festival.
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos: INAC: Djalma Lourenço; CFM: Gabinete de Comunicação e Imagem, Administração dos CFM, Direcção Executiva Sul, Serviços de Transporte Ferroviário, Serviços de Vias e Reparações, Augusto Abudo, Helder Massingue, Adelio Dias; Ministério da Defesa Nacional: vice-ministro Patricio José, Luis Macuacua; Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano: ministro Jorge Ferrão; Ministério dos Transportes e Comunicação: ministro Carlos Mesquita; Academia Militar – Exército Português: major Pedro Ferreira, tenente Pedro Menezes; Fábrica de Explosivos; Jacqueline Ada, Alexandre Boiron, Frédéric Busnel / Joncour, Eric Drulhes, Murielle Famy, Morgan Garcia, Christiane Goncalves, Denise Greiner, Xavier Griette, Philippe Grivel, Jean-Pierre Guerrieri, Serge Hoarau, Philippe Lang, Pascal Mangin, Elisabeth Vlieghe, Christine Viau, Dominique Welinski, António da Cunha Telles, João Viana, Margarida Cardoso, Vicente Alves do Ó, Fernando Vendrell, Renée Gagnon, Ananda Scepka, Christophe Croidieu.
FILMAGENS
Moçambique, em Moamba, província de Maputo; Vila de Boane, sede do distrito de Boane, província de Maputo; Goba, posto administrativo do distrito de Namaacha, província de Maputo; Ressano Garcia, posto administrativo do distrito de Moamba; Matola, província de Maputo; e algumas cenas de paisagens na província de Nampula, na ferrovia onde a história se passa.
Período: agosto e setembro de 2015.
ASPECTOS TÉCNICOS
Duração: 1:28:26
Som:
Imagem: cor
Proporção de tela:
Formato de captação:
Formato de exibição:
Idioma: Português de Moçambique.
PREMIAÇÃO
• 69th Locarno International Film Festival 2016: Boccalino d'Oro Prêmio da Crítica Independente italiana, na categoria de melhor produção, "por ser um filme que assinala a capacidade que o cinema africano tem de enamorar o grande público".
• 1. Joburg Film Festival 2016: melhor filme.
• 38. Cairo International Film Festival 2016: The Silver Pyramid-Special Jury Prize for best diretor.
• Jornadas Cinematográficas de Carthage, Tunísia, 2017: melhor longa-metragem de ficção (Tanit de Ouro) + melhor imagem // Prêmio da Federação Internacional de Críticos de Cinema + Prêmio da Federação Africana da Crítica Cinematográfica.
• 20º Festival de Cinema de Khouribga, Marrocos: melhor direção + roteiro.
• PAFF 26º The Pan African Film and Artes Festival, Los Angeles, 2018: melhor direção (director's award for feature narrative).
DISTRIBUIÇÃO
Classificação indicativa: 14 anos.
Distribuição (BR): Livres Filmes.
Contato: Panda Filmes.
OBSERVAÇÕES
Cf. créditos finais: // © 2016 Ukbar Filmes, Ebano Multimédia, Les Films de l'Étranger, Panda Filmes, Urucu Media //
Títulos alternativos: Le Train de sel et de sucre | The Train of salt and sugar | Der Zucker-und-Salz-Zug
Grafias alternativas: Catia Müller | Karl Sousa
Grafias alternativas (funções): assistente de realização | guião [= roteiro] | Direcção de casting | Catering | assist. imagem | câmara | Perche [= vara comprida à qual se prende um microfone numa das extremidades = Microfonista] | Montador de som | Misturador de som | Banda sonora original | Assistente de mistura de som | Controller | Chefe eletricista | Chefe maquinista | Coordenação de efeitos SFX | Efeitos SFX | plateau | aluguer | Genéricos [= Créditos]
BIBLIOGRAFIA
Há margem. Porto Alegre: Lume Editora, 1975. Planejamento editorial: Licínio Azevedo, Sérgio Caparelli, Eduardo San Martin. Capa e planejamento gráfico: Magliani. Ilustrações: Magliani, Pedro Pires, Carlos Alf. Entre os 12 autores está Licínio Azevedo.
Vício da palavra. São Paulo: Edições Cooperativas Garnizé, 1977. Entre os autores está Licínio Azevedo.
AZEVEDO, Licínio; RODRIGUES, Maria da Paz. Diário da libertação (A Guiné-Bissau da Nova África). São Paulo: Editora Versus, 1977. 128p. il. (Coleção Testemunhos, 2) Prefácio: Florestan Fernandes. Inclui separata com errata.
AZEVEDO, Licínio. Moçambique com os mirage sul-africanos a 4 minutos. São Paulo: Global, 1980. (O Povo e a História, 1)
AZEVEDO, Licínio. Relatos do povo armado.
AZEVEDO, Licínio. Coração forte. Dinossauro, 1995. [contos]
AZEVEDO, Licínio de. Comboio de sal e açúcar. Maputo: Ndjira, 1997. [novela]
AZEVEDO, Licínio de. The Train of salt & sugar. 30 Degrees South Publishers, 2008.
AZEVEDO, Licínio. Direita, volver!. Coojornal – Órgão da Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre, Porto Alegre, ago 1980, ano V, n.56. + AZEVEDO, Licínio. Valeu a pena voltar?. Coojornal – Órgão da Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre, Porto Alegre, set 1980, ano V, n.57. In: GUIMARAENS, Rafael; CENTENO, Ayrton; BONES, Elmar (org). Coojornal – Um jornal de jornalistas sob o regime militar – Reportagens selecionadas. Porto Alegre: Libretos, 2011. 266p. il., p.190-197 + p.198-203.
ARENAS, Fernando. Retratos de Moçambique pós-guerra civil: a filmografia de Licínio Azevedo. In: BAMBA, Mahomed; MELEIRO, Alessandra (org). Filmes da África e da diáspora – Objetos de discursos. Salvador: EDUFBA, 2012, p.75-98. [PDF na internet]
LOPES, José de Sousa Miguel. Cinema de Moçambique no pós-independência: uma trajetória. Rebeca – Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, SOCINE, jul-dez 2016, v.5, n.2. [PDF na internet]
PEREIRA, Ana Cristina; CABECINHAS, Rosa. "Um país sem imagem é um país sem memória…" – Entrevista com Licínio Azevedo. Estudos Ibero-Americanos, Porto Alegre, PUCRS, set-dez 2016, p.1.026-1.047, v.42, n.3. [PDF na internet]
BORGES, Vavy Pacheco. Ruy Guerra – Paixão escancarada. São Paulo: Boitempo Editorial, 2017. 462p.
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Exibições
• Locarno (CH), 69th Locarno International Film Festival [3-13 ago]-Avant-premières, Piazza Grande, 10 ago 2016, qua
• Rio de Janeiro (RJ), 18º Festival do Rio [6-16 out]-Panorama do Cinema Mundial, out 2016
• Niterói (RJ), 18º Festival do Rio [6-16 out]-Panorama do Cinema Mundial, Reserva Cultural Niterói Sala 4, 11 out 2016, 17h15
• Johannesburg (África do Sul), 1. Joburg Film Festival [28 out-5 nov], 2016
• Cairo (EG), 38. Cairo International Film Festival [15-24 nov], nov 2016
• Khouribga (Marrocos), 20º Festival de Cinema Africano de Khouribga-Competição Oficial
• Porto (PT) Fantasporto 37º Festival Internacional de Cinema do Porto [20 fev-5 mar], Teatro Rivoli-Grande Auditório Manoel de Oliveira, 1º mar 2017, qua, 16h30 (antestreia)
• Maputo (MZ), Cinemas Lusomundo Moçambique
15-22 jun 2017, qui-qui
23-29 jun 2017, sex-qui
30 jun-6 jul 2017, sex-qui
• Maputo (MZ), Shopping Maputo, 7-13 jul 2017, sex-qui, 18h
• Maputo (MZ), Matola, 7-13 jul 2017, sex-qui, 17h30
• Túnis (Tunísia), 28. Festival de Carthage, nov 2017
• Los Angeles, CA (US), PAFF 26th The Pan African Film & Arts Festival, fev 2018
• Porto Alegre (RS), Cinemateca Capitólio, 4 jun 2018, seg, 19h30 (pré-estreia, debate com o diretor, a mestre em Ciência Política pela Universidade Católica Moçambicana Nosta Mandlate + crítico Pedro Henrique Gomes)
Lançamento comercial BR: 7 jun 2018, qui
• Porto Alegre (RS), Espaço Itaú de Cinema, 7-13 jun 2018, qui-qua, 18h
• Porto Alegre (RS), Cine Guion, 7-13 jun 2018, qui-qua, 21h
• Florianópolis (SC), 7-13 jun 2018, qui-qua
• Curitiba (PR), 7-13 jun 2018, qui-qua
• São Paulo (SP), 7-13 jun 2018, qui-qua
• Ribeirão Preto (SP), 7-13 jun 2018, qui-qua
• Rio de Janeiro (RJ), 7-13 jun 2018, qui-qua
• Niterói (RJ), 7-13 jun 2018, qui-qua
• Belo Horizonte (MG). 7-13 jun 2018, qui-qua
• Brasília (DF), 7-13 jun 2018, qui-qua
• Goiânia (GO), 7-13 jun 2018, qui-qua
• São Luiz (MA), 7-13 jun 2018, qui-qua
• Salvador (BA), 7-13 jun 2018, qui-qua
• Aracaju (SE), 7-13 jun 2018, qui-qua
• Palmas (TO), Cine Cultura Sala Sinhozinho, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho, 7-13 jun 2018, qui-qua
• Mossoró (RN), 14-20 jun 2018, qui-qua
• Manaus (AM), 14-20 jun 2018, qui-qua
• Recife (PE), 21-27 jun 2018, qui-qua
• Maceió (AL), 21-27 jun 2018, qui-qua
• YouTube, disponível desde 4 out 2020
39. Französischen Filmtage [2-9 nov]-Werkschau Licínio Azevedo / Rétrospective Licínio Azevedo
• Tübingem (DE), Studio Museum, 4 nov 2022, sex, 20h15
• Stuttgart (DE), Delphi, 6 nov 2022, dom, 18h
• Rottenburg (DE), Waldhorn-Rottenburg, 8 nov 2022, ter, 18h
• Porto Alegre (RS), Mostra Especial Licínio Azevedo – Um gaúcho em Moçambique [2-4, 6-10 dez], Cinemateca Paulo Amorim-Sala Eduardo Hirtz, 8 dez 2022, qui, 19h (presença do diretor)