Arminda – A estética além da dor (2016)
Brasil (RS)
Longa-metragem | Não ficção
HD, cor, 76 min
Companhia produtora: Stricher Filmes
Primeira exibição: Porto Alegre (RS), Espaço Itaú de Cinema Bourbon Shopping Country, 22 nov 2016, ter, 20h (pré-estreia)
No documentário Arminda – A estética além da dor, a diretora Luzimar Stricher retrata a trajetória da escultora Arminda Lopes da infância à maturidade. Este é o primeiro título da série Conversa de livraria dedicado a um artista visual. Antes, a realizadora, que é psicanalista, tinha trabalhado na documentação audiovisual de vida e obra dos escritores Carlos Drummond de Andrade, Armindo Trevisan, Erico Verissimo, Mario Quintana, Alcy Cheuiche, Carlos Urbim, Paixão Côrtes, Maria Carpi, Jane Tutikian e Airton Ortiz.
Na infância, em Santa Maria, cidade do centro do estado onde nasceu, Arminda sonhava em ser artista, mas o desejo foi reprimido pelos preconceitos da época. Mudou-se para Porto Alegre aos 12 anos e perdeu o pai com 14. Depois, casada e mãe de quatro filhos, iniciou tardiamente a carreira nas artes plásticas. Dedica-se à trilogia A estética da dor, composta pelas séries Perdas; Miseráveis; e Estados da alma. A obra materializa a sensação dolorida em esculturas em bronze de cunho fortemente expressionista. Elogiada pela crítica, a série foi exibida nos principais espaços culturais do Brasil e do exterior. A artista foi condecorada com a Medalha Vermeil, da Sociedade Acadêmica de Artes, Ciências e Letras de Paris, França, em 2007. Primeira mulher gaúcha neste feito, foi empossada na Cadeira Livre de número 33, patronímica de Manoel da Costa Athayde, da Academia Brasileira de Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 2013.
Ao Jornal do Comércio, a biografada reconheceu que, de início, a proposta de um filme sobre ela assustou: "Já me expunha muito através do meu trabalho, porque o trabalho do artista plástico é o espelho do momento da sua alma". Com o tempo, Arminda entendeu que Luzimar tinha como foco principal um resgate da história de pessoas que fizeram parte da vida cultural do Rio Grande do Sul. Arminda aceitou o convite para o documentário após um ano de conversas, ao sentir que Luzimar deixava-a à vontade para se abrir e acessar memórias esquecidas. A escultora destacou que o processo de realização do filme foi difícil: "Tive que remexer no meu passado, nas minhas histórias, buscar fotos, rir e chorar. Com certeza, penoso, mas agora gratificante". A diretora conviveu com a artista durante dois anos.
Além da voz da própria retratada, são entrevistados os especialistas Armindo Trevisan, Fábio Magalhães, Paulo Amaral e Cézar Prestes – segundo a diretora, sugeridos por Arminda, pois mantiveram contato com ela ao longo da carreira e conhecem bem a sua obra. O marido, Ruy Lopes, também fala, apoiando os ideais da artista.
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Sinopse
A santa-mariense Arminda Lopes conta como decidiu se tornar escultora, vencendo preconceitos e obstáculos, para conquistar reconhecimento de seu trabalho, assim como prêmios nacionais e internacionais. Ela relata a mudança para Porto Alegre aos 12 anos e a perda do pai aos 14, entre os movimentos desmedidos, sorrisos incontidos, boinas e mechas coloridas nos cabelos. Para ela, a escultura é um retrato do artista e diz ter nesta arte expressionista a forma de materializar seus sentimentos. Com as mãos no barro, ela afirma: "Se não fosse a arte, eu não estaria aqui, porque ela é que me traz a vida de volta".
Depoimentos dos críticos e curadores Armindo Trevisan, Fábio Magalhães, Paulo Amaral e Cézar Prestes e do marido Ruy Lopes revelam a sua importância como escultora, tendo uma obra de expressão nacional, de peso e completa, que lhe tornou referência na área e provoca reflexões. "Artista se expõe, sua vida, alma. O artista não tem que ter medo de nada, tem que fazer o seu trabalho e só. Acho que isso eu cumpri" é uma das frases fortes de Arminda. Primeira mulher gaúcha a entrar na Academia Brasileira de Belas Artes, em 2013.
Capítulos (cf. DVD): 01. Apresentação. 02. Infância. 03. Família. 04. Início da carreira. 05. Estética da dor. 06. Fundição.
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Ficha técnica
IDENTIDADES
Arminda Lopes.
Ordem de identificação: Armindo Trevisan (crítico de arte), Paulo Amaral (curador de arte), Ruy Lopes (marido de Arminda Lopes), Cézar Prestes (gestor cultural), Marcelo Moreira (marchand), Fábio Magalhães (curador de arte).
DIREÇÃO
Direção: Luzimar Stricher.
ROTEIRO
Roteiro: Luzimar Stricher.
Tradução: Marilia Santos.
Revisão editorial: Paulo Flávio Ledur / Editora AGE.
PRODUÇÃO
Planejamento cultural: Simone Lersch.
FOTOGRAFIA
Direção de fotografia: Bruno Polidoro, Fernanda Kern, Luzimar Stricher.
Operação de câmera adicional: Lívia Pasqual.
SOM
Som direto: Gabriela Bervian.
MÚSICA
Música original: Everton Rodrigues.
ARQUIVO
Fotografias de Arminda Lopes: Carmem Gamba; arquivo pessoal de Arminda Lopes.
Vídeos domésticos: não identificados.
FINALIZAÇÃO
Consultoria de edição: Alfredo Barros.
Assistência de edição: Felipe Iesbick, Bibiana Xausa-Bosak.
Supervisão de som: Kiko Ferraz, Chrístian Vaisz.
Edição de diálogos: Gabriel Schulz.
Edição de ambientes e efeitos sonoros: Waleska Sartori.
Foley: Renato Galimberti.
Gravação e edição de foley: Waleska Sartori.
Mixagem: Chrístian Vaisz, Gabriel Schulz.
Mixagem adicional: Fernando Efron.
Coordenação de estúdio de som: Lísia Faccin.
Assistência administrativo de estúdio de som: Giovana Barros.
Autoração do DVD e Blu-ray: Roberto Valduga Junior / FinalCode Engenharia Audiovisual (São Leopoldo).
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
Estúdio de gravação da música e mixagem: Estúdio Trademark.
Estúdio de som: Kiko Ferraz Studios (Porto Alegre).
MECANISMOS DE FINANCIAMENTO
Companhia produtora: Stricher Filmes (Porto Alegre).
Captação de recursos: através do Pró-cultura RS Lei nº 13.490/2010 / SEDAC Secretaria de Estado da Cultura / Governo do Rio Grande do Sul – Todos pelo Rio Grande.
Patrocínio: Empresas Artecola; Grupo CEEE; Lojas Colombo – Você pode. Você merece; Zaffari.
Apoio: CMPC – Celulose Riograndense; Rio Grande Seguros e Previdência.
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos especiais: Academia Brasileira de Belas Artes, Carmem Gamba, Galeria OW! Art, Jamil Fraga – Bronzarte Fundição Artística, Marcelo Moreira, Mario Rozano, Ruy Lopes.
FILMAGENS
Brasil / RS, em Porto Alegre.
ASPECTOS TÉCNICOS
Duração: 1:16:13
Som: Stereo 2.0 / Surround 5.1
Imagem: cor
Proporção de tela: 1.85
Formato de captação:
Formato de exibição:
Legendas (DVD): Português, english.
DIVULGAÇÃO
Design gráfico: Alex Medeiros.
DISTRIBUIÇÃO
Classificação indicativa: Livre.
Distribuição: Lança Filmes (Porto Alegre).
DVD: Autoração: 4 set 2015.
Contato: Stricher Filmes.
OBSERVAÇÕES
CMPC – Celulose Riograndense e Rio Grande Seguros e Previdência estão creditados apenas na contracapa do DVD (como patrocínio) e no release (como apoio).
Títulos alternativos: Arminda Lopes – A estética além da dor
Grafias alternativas: Fernanda Kern (créditos) e Fernanda Maria da Costa (contracapa DVD)
Grafias alternativas (funções): Artista de foley | Consultoria de edição (créditos) e Montagem (contracapa DVD) | Imagens | Captação de som | Final Code
BIBLIOGRAFIA
Noticiário:
SILVA, Caroline Zatt da. Alma exposta. Jornal do Comércio, Porto Alegre, 29 nov 2016.
[https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2016/11/cadernos/panorama/533467-filme-mostra-a-trajetoria-da-artista-plastica-arminda-lopes.html]
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Exibições
• Porto Alegre (RS), Espaço Itaú de Cinema Bourbon Shopping Country, 22 nov 2016, ter, 20h (pré-estreia)
• Porto Alegre (RS), Cinemateca Paulo Amorim-Sala Norberto Lubisco,
24-27, 29, 30 nov 2016, qui-dom, ter, qua, 17h30
1º-4, 6, 7 dez 2016, qui-dom, ter, qua, 17h30
• Porto Alegre (RS), Cine Santander Cultural, 3-6, 8, 9 maio 2018, qui, 15h, sex, 17h, sab, 15h, dom, 15h, ter, 17h, qua, 19h (dia 9, comentada com diretora e Arminda Lopes)