Entreatos (2004)
Brasil (RJ)
Longa-metragem | Não ficção
35 mm, cor, 106 min
Companhia produtora: VideoFilmes
Primeira exibição: São Paulo (SP), Seminário Documentário e Sociedade, Espaço Unibanco de Cinema (R. Augusta, 1.475), 16 nov 2004, ter, 19h (pré-estreia, debate com Amir Labaki, Carlos Alberto de Mattos, Eduardo Coutinho e João Moreira Salles, mediação: José Geraldo Couto)
Primeira exibição RS:
Entreatos acompanha os bastidores da campanha presidencial brasileira de 2002, documentando os passos do candidato vitorioso na ocasião, Luiz Inácio Lula da Silva, somando 240 horas de gravações. Graças a um acordo com o PT Partido dos Trabalhadores, o diretor João Moreira Salles obteve autorização para filmar Lula e sua equipe nos mais diferentes espaços (comitê de campanha, apartamento da família, estúdio de rádio e televisão, aviões), construindo um registro audiovisual que capta a expectativa por seu triunfo – e por um momento de virada na história do próprio país, até então não gerido por um partido de esquerda desde a redemocratização.
Nascido em Garanhuns, no estado de Pernambuco, em 27 de outubro de 1945, Lula começou a ser uma figura conhecida nacionalmente na década de 1980, quando liderou greves no interior de São Paulo, representando o Sindicato dos Metalúrgicos. Foi perseguido pela ditadura militar (1964-1985) que governava o Brasil, e passou a fazer oposição ao regime dentro do Partido dos Trabalhadores, fundado em 1980. Uma das lideranças do movimento das Diretas Já, que pedia a volta das eleições livres, já havia concorrido à presidência da República em 1989, 1994 e 1998, sendo derrotado por Fernando Collor de Mello (PRN) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), duas vezes. Lula venceu em 2002 e seria reeleito em 2006, tendo administrações marcadas por contradições: ajudou a reduzir desigualdades sociais através de programas como Bolsa Família e Fome Zero, e deixou o cargo com ampla aprovação nacional e internacional – mas teve trajetória associada a escândalos de corrupção que o fizeram ser preso e condenado em três instâncias (depois anuladas pelo Supremo Tribunal Federal, que o habilitou a tentar novo mandato, em 2022, obtendo um terceiro triunfo).
O documentário é um rico painel sobre como são feitas as articulações e estratégias de campanha, essenciais para uma consagração nas urnas. Na época, havia um contexto favorável a uma vitória da oposição, em função de crises (nos campos da economia e da energia) que haviam abalado o governo FHC, desgastado após oito anos no poder. O candidato da situação, José Serra (PSDB), que pouco aparece no filme, não chegou a ser um nome competitivo ao longo do pleito, assim como os demais concorrentes, Anthony Garotinho (PSB) e Ciro Gomes (PPS). No primeiro turno, Lula obteve 46% dos votos, com larga vantagem sobre Serra (23%), Garotinho (17%) e Ciro (11%). No segundo turno, o petista alcança mais da metade do escrutínio, com 62% de apoio – contra 38% do tucano.
Várias figuras políticas aparecem em Entreatos, como Aloizio Mercadante, José Dirceu, Antonio Palocci, Guido Mantega e Eduardo Suplicy. São importantes personagens coadjuvantes, que orientam Lula a tentar obter o melhor desempenho possível ao longo da extensa jornada eleitoral (com viagens, debates e gravações). Um nome que se destaca é o de Duda Mendonça. Publicitário responsável pela comunicação da campanha, foi o principal coordenador pela histórica conquista, ajudando a criar a imagem de um candidato presidencial seguro, otimista, confiante e moderado – que em nada lembrava o Lula das primeiras campanhas, mais radical e agressivo. Bastante à vontade diante das câmeras, Lula aqui se mostra como um biografado humanizado, que conta piadas, fala de futebol, vai ao barbeiro, e demonstra bastante desenvoltura nas conversas com variados interlocutores. A despeito de liderar quase todas as pesquisas de intenção de voto, no entanto, também se mostra um personagem preocupado e tenso com relação ao futuro que viria pela frente.
Entreatos tem várias conexões com o Rio Grande do Sul. No começo, Lula aparece em uma barbearia de São Paulo. No local, enquanto corta o cabelo e apara a barba, concede uma entrevista por telefone para o veterano jornalista Amir Domingues (1928-2007) da Rádio Guaíba, de Porto Alegre – na qual detalha futuros planos de governo e promete honrar compromissos expressos em uma famosa carta aos brasileiros. Posteriormente, o filme traz uma curiosa entrevista com Alfeu Dick e Silva. Cidadão gaúcho e eleitor do PT que estava em viagem por Santa Catarina, relata um breve encontro com Lula e diz ter sido convidado para retornar para Porto Alegre no mesmo avião – já que havia perdido seu voo. Tece os maiores elogios possíveis ao futuro presidente, e refere que a capital gaúcha seria "o último reduto do socialismo e do rock and roll". Na parte final do documentário, trechos da propaganda política de José Serra mencionam problemas enfrentados na gestão do governador Olívio Dutra no RS (1998-2002), citando invasão de propriedades rurais e acusações judiciais que pesaram contra ele e demais autoridades de segurança da época. Foi um esforço de Serra para atrair o eleitorado antipetista, durante o segundo turno.
O diretor João Moreira Salles é documentarista e produtor cinematográfico com extenso currículo. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão Notícias de uma guerra particular (codireção: Katia Lund, 1999), Nelson Freire (2003), Santiago (2007) e No intenso agora (2017). O realizador também assinou Atos – A campanha pública de Lula (codireção: Eduardo Escorel, 2006), ainda sobre o pleito de 2002, sob uma ótica não tão reservada, lançado na edição em DVD de Entreatos. Fundador da revista mensal piauí (out 2006, n.1) – sua principal atividade desde então – também se envolveu com a produção de obras como Lavoura arcaica (2001), Madame Satã (2002) e todos os documentários de Eduardo Coutinho a partir de Edifício Master (2002) até Últimas conversas (2015). Com o irmão Walter Salles, é proprietário da VideoFilmes. Paralelo à produção de Entreatos, Coutinho realizou Peões (2004). Os dois filmes foram lançados juntos.
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Sinopse
De 25 de setembro a 27 de outubro de 2002, uma equipe de filmagem acompanha passo a passo a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República. Os bastidores de um momento histórico através de conversas privadas, reuniões estratégicas, telefonemas, traslados, gravações de pronunciamentos e programas eleitorais.
Sinopse descritiva:
Logo no começo, João Moreira Salles comunica, numa voz em over, como nasceu a ideia do documentário: acompanhar Lula durante as três semanas que antecederiam o segundo turno das eleições 2002, filmando passeatas, comícios, carreatas – seguindo o candidato de perto em suas viagens pelo país. Houve concordância, e Salles informa que Lula não quis exercer controle algum sobre o trabalho. Como as pesquisas indicaram chances de uma vitória petista ainda em primeiro turno, as filmagens começaram antes, em setembro de 2002. João Moreira Sales diz ter gostado mais das cenas não públicas de Lula (em carros, aviões, em casa), direcionando a obra para esse viés. Ao longo de quase duas horas de projeção, as cenas de bastidores irão preencher a tela, oferecendo momentos sérios, engraçados, nervosos e reflexivos acerca do pleito eleitoral de 2002. Alguns dos principais momentos são esses:
Lula, a seis dias do primeiro turno, vai cortar o cabelo numa barbearia de São Paulo. Em entrevista por telefone, para a Rádio Guaíba (AM 720 / FM 101.3, de Porto Alegre) refere que vai respeitar compromissos expostos na carta aos brasileiros, divulgada em junho daquele ano. Diz que um de seus objetivos é unir competência técnica com sensibilidade política e social, nomeando ministros que possuam tais atributos – não pensando apenas em estatísticas. Cita metas: incentivar indústrias, gerar empregos, fazer a economia crescer – pensando no mercado interno nacional. Diz que a dívida brasileira é privada. Sugere discussões na Organização Mundial do Comércio, para não ter desvantagem nas relações com demais países. Promete criar secretaria de comércio exterior para poder competir com outras nações. Parece ser irritar com algum questionamento, dizendo que tomaria tal atitude "da forma mais democrática possível, amigo". Ao fim, se despede do comunicador Abílio Domingos, mandando um abraço para os ouvintes do Rio Grande do Sul. Ao final, é interpelado por uma senhora idosa, que não precisaria mais votar – mas diz pretender fazê-lo, a fim de ajudá-lo. Despede-se do barbeiro, dizendo que poderia voltar na semana seguinte, já eleito como presidente.
Em um hotel, se inicia uma coletiva de imprensa com os correspondentes estrangeiros no Brasil. Lula responde sobre como seriam as relações com os Estados Unidos, em caso de eleição (setores conservadores do país questionam suas relações com Fidel Castro e Hugo Chávez). Lula não nega os laços, mas diz ter conexões com vários líderes. Outro repórter afirma que todos os candidatos na eleição são de esquerda ou centro-esquerda, e pergunta que lição pode ser tirada disso. Lula diz que rejeita rótulos ou carimbos. Por sua vez, um jornalista questiona José Dirceu sobre seu passado como guerrilheiro, em Cuba. Dirceu diz que "mudou a sua cabeça", muito por conta da conexão com Lula. Teria ido para "um outro caminho", não o da luta armada, mas sim o da política, com a criação de um partido político. Mas cita que teve "boas lembranças" de Cuba. Lula diz que há diferença do PT para os partidos tradicionais: ele teria sido, no Brasil, a primeira experiência de um partido criado por trabalhadores, com o objetivo de chegar ao poder através de urnas, não de armas.
Num voo entre São Paulo e Porto Alegre, Lula diz que está preocupado com a perda de liberdade, a partir do momento em que for eleito – refere eventual desconforto com monitoramento das Forças Armadas sobre sua vida. O candidato aparece lendo uma edição impressa do jornal Zero Hora. A câmera focaliza uma notícia que faz referência a um editorial do tabloide inglês Financial Times, pedindo "uma chance à Lula". Lula diz que precisa medir palavras, por ter mais chances de ganhar e temer repercussões negativas sobre discursos (condição que não estaria presente no caso de ser um candidato pouco competitivo). Em papo sobre futebol, Lula diz ter atuado na posição de meia. Reclama que o presidente Fernando Henrique não jogava futebol, nem dançava, durante seu período como morador do Palácio da Alvorada.
No táxi aéreo da equipe, na véspera do voo, o cidadão gaúcho Alfeu Dick e Silva descreve seu contato com Lula. Conheceu o político no caminho de volta para Porto Alegre, após ter ido fazer um trabalho em Florianópolis. O homem trabalha com medicamentos, e havia perdido um voo. Deparou-se com o líder do PT, e ficou contente, uma vez que sempre foi seu apoiador. Em suas palavras, deu um abraço nele, referiu ter perdido o voo, recebeu a sugestão de acompanhar a comitiva – no voo que retornaria para a capital gaúcha. Lula teria brincado, chamando o passageiro de "uma mala a mais". Alfeu diz vir de uma época em que se dizia que o governo deveria ser exercido por doutores ou membros de uma elite. O que, em sua avaliação, removeria "a capacidade do povo acreditar nele mesmo". Porém, menciona que naquele 2002, Lula representaria essa força do cidadão comum – um torneiro mecânico que escapou da seca do Nordeste e perdeu um dedo trabalhando. Diz ver nele a maior liderança política do Brasil, ainda que no passado fosse alvo de zombaria na televisão por falar um português errado. Essa "mudança de mentalidade" seria a prova de que o país estava mudando, opina. O apoiador ainda se diz parente do presidenciável, pelo sobrenome Silva. Ao descer no aeroporto, declara que Porto Alegre seria "o último reduto do rock and roll e do socialismo".
Em novo hotel de São Paulo, Lula se prepara para debates, a quatro dias do primeiro turno. Papéis colados na parede trazem orientações acerca da preparação para as discussões: mencionar as crises recentes e focar em seus objetivos de candidato: demonstrar firmeza, coragem, altivez, otimismo, espírito negociador, não ser irônico/arrogante, não assumir posição de ataque, demonstrar capacidade/conhecimento, mostrar preocupação com o povo / sensibilidade social, demonstrar que é o único candidato capaz de unir o Brasil. José Dirceu demonstra algum incômodo com as câmeras que flagram as conversas: "quem é João Salles?". Duda Mendonça cita que esse seria um momento mais tenso da campanha, pela necessidade de atrair um eleitor mais moderado, que rejeita a figura de um sindicalista radical.
Um clima de abatimento aparece nos rostos, após a não confirmação da vitória de Lula no primeiro turno. No segundo turno, surgem muitas cenas de bastidores de gravações de comerciais para a TV. Em momentos mais tensos, Lula comenta a propaganda eleitoral do adversário, José Serra, que usa a atriz Regina Duarte para levantar medo sobre ele. Surgem informações sobre o Rio Grande do Sul, onde uma locutora afirma que o estado sofreu uma série de invasões, em pequenas propriedades rurais. É dito que o então governador, Olívio Dutra (1998-2002), seu secretário de segurança e o chefe de polícia daquele período foram indicados por suspeita de prevaricação, junto ao Superior Tribunal de Justiça. Promessas na educação e na saúde também não teriam sido cumpridas, a ponto de os gaúchos estarem "querendo se livrar do partido". Lula sugere que o PT gaúcho entre na justiça eleitoral, solicitando direito de resposta sobre esses temas.
Dentro de um avião, Lula reflete sobre sua própria trajetória política e faz comparações com outras experiências da esquerda no poder, ao redor do mundo. Em 2002, diz ser a única figura política com dimensão nacional – mas não acha que isso seja positivo. Afirma que isso aconteceu por ser apoiado por um amplo movimento social: setores da Igreja Católica, estudantes, CUT Central Única dos Trabalhadores etc.. Lula comenta que havia uma tradição de pegar a juventude intelectualizada e jogá-la para dentro da fábrica. Ou "proletarizar o estudante". Já o PT ofereceu outra possibilidade: fez os operários saírem da fábrica para operarem a política, crê. Numa crítica ao MST Movimento dos Sem Terra, relata desconforto com uma proposição de seus integrantes: não mais disputar eleições, e sim "pensar em organizar a sociedade" – para ter 30% da sociedade socialista, num prazo de até 30 anos. Refere que não poderia esperar tanto tempo assim, e por isso seguiu concorrendo. Discorre ainda sobre a relação entre partido político e governo, sugerindo que o partido sempre deveria oferecer suporte ao governo, ainda que nem todas as promessas de campanha fossem cumpridas (tal qual um marido que não cumpre todos os seus votos diante da esposa ou filhos).
Na reta final, o último debate presidencial, que é observado por um grupo de eleitores indecisos. Lula ganha pontos por usar uma linguagem mais simples, compreendida pelo povo, ao passo que José Serra adota um tom mais rebuscado. Porém, em determinado momento, Lula é criticado por contar muitas "histórias da carochinha". No dia da votação, a expectativa pela divulgação dos resultados, no apartamento do candidato lotado, com familiares, amigos, membros do partido etc.. Há uma longa série de abraços, cumprimentos, felicitações e telefonemas após a cofirmação da vitória. Essas cenas incluem uma ligação do candidato derrotado, Serra. Ele é elogiado pelo futuro presidente, por ter sido um adversário leal. Ao final, Lula sai para jantar com demais pessoas e se vê cercado por uma multidão de fotógrafos e jornalistas.
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Ficha técnica
IDENTIDADES
Luiz Inácio Lula da Silva.
Ordem de identificação:
Aloizio Mercadante (deputado federal e candidato ao Senado),
Duda Mendonça (publicitário responsável pela campanha Lula Presidente 2002),
Fernando Luiz da Silva (barbeiro).
Coletiva de imprensa: Bill Rogers (Voice of America; não creditado, citado em off), Andrew Downie (revista Time), Kevin G. Hall (grupo Knight Ridder), José Dirceu (presidente nacional do PT).
Raquel Freire Zangrandi (produtora),
Antonio Palocci (coordenador do programa de governo),
Ricardo Kotscho (coordenador da equipe de imprensa),
senador José Alencar (candidato a vice-presidente),
Luiz Dulci (membro da coordenação de campanha).
Walter Carvalho (diretor de fotografia), Alfeu Dick e Silva (carona gaúcho no táxi aéreo; não creditado).
Luiz Gushiken (membro da coordenação da campanha),
Guido Mantega (coordenador do grupo de economistas da campanha),
Nazareth Amaral (figurinista),
Marisa Letícia Lula da Silva,
Gilberto Carvalho (assessor especial de Lula),
Frei Betto (escritor),
Marta Suplicy (prefeita de São Paulo),
Mário Kertész (ex-prefeito de Salvador),
Eduardo Freiha (diretor da campanha de TV),
Luis Favre (membro da equipe de Duda Mendonça),
Silvio Pereira (coordenador do Núcleo de Apoio aos Estados),
Wilson Thimóteo Jr. [Tom] (assessor de imprensa),
José Graziano da Silva (assessor de Lula),
Fábio Luís Lula da Silva (filho de Lula),
Eduarda Mendonça (membro da equipe da DMMP, filha de Duda Mendonça),
Eduardo Suplicy (senador).
Não creditados: Luiza Erundina, Fernando Gabeira, Luciana Genro, Benedita da Silva, Heloísa Helena, Maria do Rosário, Ciro Gomes (gravação do primeiro programa eleitoral do segundo turno, em São Paulo), José Serra (na TV), Fátima Bernardes (Jornal Nacional), William Bonner (debate na TV).
José Aparecido, Frei Leonardo Boff, Itamar Franco.
DIREÇÃO
Direção: João Moreira Salles.
ROTEIRO
Equipe de decupagem: Alexandre Muniz, André Leite, Carolina Elia, Elke Mendonça Nascimento, Elton Takii, Flávio Henrique Magalhães, Gerardo Araújo Filho, Jorge Cabral, Júlia Martins, Livia Serpa, Luísa Lima Ferreira, Maria Pia Barreiro, Marta Lozano, Renata Barbosa, Tainá Lopes Ybarra.
Decupagem final: Elton Takii.
Revisão de texto: Denise Pegorim.
PRODUÇÃO
Produção executiva: Mauricio Andrade Ramos.
Direção de produção: Raquel Freire Zangrandi.
Assistentência de produção: Roberto Bellezia, Isabel Monteiro.
Motorista: Alexandre Cardoso da Silva.
Pilotos do avião: Mário dos Santos, Marcus José de Andrade.
Palestras para a equipe: Denise Paraná, Marco Aurélio Garcia, Fernando Pacheco Jordão, Orlando Brito.
Coordenação de lançamento: Alexandra Maia.
EQUIPE VideoFilmes: Ana Cristina Lewer, Fábio Figueiredo, Isabel Monteiro, Maria Carlota Bruno.
FOTOGRAFIA
Direção de fotografia: Walter Carvalho, ABC.
Assistência de câmera: Alberto Bellezia, Cláudio Gustavo da Silva.
Direção de fotografia adicional: Jacques Cheuiche, ABC, Reynaldo Zangrandi, ABC.
Operação de câmera adicional: Alberto Bellezia, Cláudio Gustavo da Silva, Edison Silva, Guilherme Coelho, Nathaniel Leclery, Mariana Oliva.
SOM
Som direto: Aloysio Compasso, Heron Alencar.
Som direto adicional: Marcio Camara, Fábio Luís Lula da Silva.
MÚSICA
Músicas (não creditadas):
• "Hino da Independência" (música: D. Pedro I, letra: Evaristo da Veiga) por Lula
• "Luar do sertão" (Catulo da Paixão Cearense) por Lula
ARQUIVO
Pesquisa iconográfica: Antonio Venancio, Raquel Freire Zangrandi.
Acervos de imagem consultados: Agência Estado, Agência Folha, Cinemateca Brasileira, Cristina Vilares, Editora Abril, Fundação Perseu Abramo, N Imagens, Pulsar Imagens, TV Cultura.
Imagens de arquivo: Maria Bonita Filmes, DMMP, Rede Globo.
FINALIZAÇÃO
Pré-edição: Alexandre Saggese.
Edição final: Felipe Lacerda.
Assistência de edição: Alexandre Muniz, Lívia Serpa.
Coordenação de pós-produção: Bianca Costa.
Estagiária de pós-produção: Júlia Martins.
Finalização de imagem: Flávio Nunes, Roberto Tyszler.
Marcação de luz: Luiz Ricardo Duarte.
Sincronização off line: Jorge Luís Cavalcanti.
Supervisão técnica: Roberto Corrêa.
Edição de som e mixagem: Denilson Campos.
Consultor Dolby: Carlos Klachquim.
EQUIPE Teleimage
Supervisão de pós-produção digital: Marcelo Siqueira, ABC.
Coordenação de operações: Adenilson Muri Cunha.
Assistência de operações: Karina Vanes, Cassio Martini, Walter Lopes.
Tape-to-tape: Gigio Pelosi.
Adaptação tape-to-film [DS]: Rogério Merlino, Carlos Eduardo Couto.
Assistência de edição: Gilberto Caldas, Rodrigo Girardi, Raiser Vargas.
Supervisão de film recorder: Ariel Wollinger.
Film recorder: Renato Merlino, Rogério Merlino, Carlos Eduardo Couto.
Assistência de film recorder: Anderson F. Penci.
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
Laboratório: Casablanca Lab.
Intermediação digital: Teleimage.
Estúdio de masterização: JLS Facilidades Sonoras (São Paulo).
MECANISMOS DE FINANCIAMENTO
Companhia produtora: VideoFilmes (Rio de Janeiro).
Captação de recursos: através das seguintes leis:
Lei de Incentivo à Cultura Lei nº 8.313/91 (Lei Rouanet) / ANCINE Agência Nacional do Cinema / MinC Ministério da Cultura / Brasil – Um país de todos – Governo Federal;
Lei do Audiovisual Lei nº 8.685/93 / ANCINE Agência Nacional do Cinema / MinC Ministério da Cultura / Brasil – Um país de todos – Governo Federal.
Patrocínio: Brasil Telecom.
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos: Adriana Basbaum, Aloizio Mercadante, Arthur Fontes, Aurélio Pimentel, Branca Moreira Salles, Clara Ant, Eduarda Mendonça, Eduardo Freiha, Elaine Cury, Fátima Jordão, Flávio Pinheiro, Frei Betto, Freud Godoy, Hotel Glória, José Augusto de Pádua, José Carlos Espinoza, Lúcia Badini, Luiz Orenstein, Marco Aurélio Garcia, Marcos César Laguna, Marcos Sá Corrêa, Maria Klabin, Mariana Oliva, Marisete Beu, Martha de Souza Pereira da Silva, Mirian Curci, Mônica Antunes, Ricardo Kotscho, Sérgio Ferreira, Sérgio Mekler, Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, Spensy Pimentel, Walter Salles, Wilson Thimotéo Jr. [in memoriam].
Agradecimento especial: Dorrit Harazim, Duda Mendonça, Eduardo Coutinho, Eduardo Escorel, Fernando Moreira Salles, Fernando Pacheco Jordão, Frei Betto, Gilberto Carvalho, José Alberto de Camargo, Lô Politi, Marcelo Kertész, Mônica Zerbinato.
FILMAGENS
Brasil /
SP, em São Paulo, em lugares como: Fernando Cabeleireiros, bairro do Ipiranga; coletiva a correspondentes da imprensa internacional no Hotel Intercontinental; Sala VIP do Aeroporto de Congonhas; Hotel Sofitel; apartamento de Lula; Comitê Lula Presidente; estúdio de gravação; Hotel Meliá;
SP, em Osasco, no Sindicato dos Metalúrgicos;
Espaço aéreo, voo Porto Alegre-São Paulo; voo Florianópolis-Porto Alegre em táxi-aéreo;
RS, em Porto Alegre (Aeroporto Internacional Salgado Filho);
SP, em São Bernardo do Campo (6 out 2002, primeiro turno)
RN, em Natal;
Espaço aéreo, voo AP, em Macapá;
PA, em Belém;
Espaço aéreo, voo Dourados (MS)-Florianópolis;
RJ, no Rio de Janeiro (Hotel Glória; Projac).
Período: 25 de setembro a 27 de outubro de 2002.
ASPECTOS TÉCNICOS
Duração: 1:56:22 (facebook)
Metragem: 3.080 metros
Som: 2.0 / Dolby Digital – In selected theatres
Imagem: cor
Proporção de tela:
Formato de captação:
Formato de exibição: 35 mm
Tiragem (DVD):
Legendas (DVD): Español, english, français.
DIVULGAÇÃO
Projeto gráfico: Claudia Warrak, Raul Loureiro.
Assessoria de imprensa: Anna Luiza Müller.
PREMIAÇÃO
• Prêmio APCA Associação Paulista de Críticos de Artes 2004: melhor filme (ex aequo Peões, Eduardo Coutinho).
• 5º Prêmio ABC Associação Brasileira de Cinematografia 2005 [ao melhores de 2004]: indicação: direção de fotografia em documentário.
• 2º Prêmio ACIE de Cinema / Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira no Brasil 2004: melhor documentário.
• 6º Grande Prêmio TAM do Cinema Brasileiro [filmes lançados entre 1º jan e 31 dez 2004; cerimônia: Rio de Janeiro, Marina da Glória, 24 maio 2005]: indicações: longa-metragem documentário + direção.
• 27. Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano de La Habana 2005: Grand Coral (segundo lugar documentário).
• 10º Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro [aos melhores de 2004] / Papo de Cinema: melhor documentário; indicação: direção.
DISTRIBUIÇÃO
Classificação indicativa: Livre.
DVD (duplo): Distribuição: VideoFilmes VFD107, nov 2006. DVD 01: Entreatos. DVD 02: Extra: Atos – A campanha pública de Lula (João Moreira Salles, 2006, 140 min). Inclui encarte com entrevistas com João Moreira Salles e Walter Carvalho.
Contato: VideoFilmes.
OBSERVAÇÕES
Créditos finais: // Todos os direitos reservados a seus titulares. © 2004 VideoFilmes. Rio de Janeiro, Brasil //
Grafias alternativas: Raquel Freire Zangrandi (produção) e Raquel Zangrandi (identificação)
BIBLIOGRAFIA
LYRA, Marcelo. Entreatos. IN: SILVA, Paulo Henrique (org). Documentário brasileiro: 100 filmes essenciais. Belo Horizonte: Grupo Editorial Letramento, ABRACCINE Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Canal Brasil, 2017. 351p. il. p.82-84.
Noticiário:
SILVA, Fernando de Barros e. Filme revela bastidores da campanha de Lula – Entreatos, de João Moreira Salles, mostra presidente na intimidade ao longo do último mês da eleição de 2002. Folha de S. Paulo, São Paulo, 12 nov 2004.
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Exibições
• São Paulo (SP), Seminário Documentário e Sociedade, Espaço Unibanco de Cinema (R. Augusta, 1.475), 16 nov 2004, ter, 19h (pré-estreia, debate com Amir Labaki, Carlos Alberto de Mattos, Eduardo Coutinho e João Moreira Salles, mediação: José Geraldo Couto)
• Rio de Janeiro (RJ), Sessão Cineclube, Cine Odeon BR, 24 nov 2004, qua, 20h (pré-estreia, debate com Consuelo Lins, Renato Lessa, Eduardo Coutinho e João Moreira Salles; antes, às 18h30, exibição de Peões)
Lançamento comercial: 26 nov 2004, sex
• Rio de Janeiro (RJ), Espaço Unibanco de Cinema (R. Voluntários da Pátria, 35, Botafogo) Sala 2, 26 nov 2004, sex, 13h40, 17h40, 21h40
• Brasília (DF), 37º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro [23-30 nov]-Hors concours-Filme de encerramento, Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, 30 nov 2004, ter, 19h30
• Porto Alegre (RS), Cine Santaner Cultural, 4-10 mar 2005, sex-qui, 17h
• Niterói (RJ), Cine Arte UFF, 4 mar 2005, sex, 18h50 (+ Peões, às 17h, debate)
• La Habana (CU), 27. Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano [dez], 2005
• Brasília (DF), 38º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, 2005
• San Sebastián (ES), SSIFF San Sebastián International Film Festival, 2005
• Montréal (CA), Festival Internacional de Cine de Montréal
• Festival BrasilCine, 2005