O Negrinho do Pastoreio (1973)

Brasil (RS)
Longa-metragem | Ficção
35 mm, cor, 83 min

Direção: Antonio Augusto Fagundes.
Companhia produtora: Rancho Filmes

Primeira exibição: Uberlândia (MG), 15 set 1973, sab
Primeira exibição RS: Porto Alegre (RS), São João, Coral e Center + Pelotas (RS), Capitólio, a partir de 24 set 1973

 

Este O Negrinho do Pastoreio é a mais conhecida adaptação cinematográfica de uma antiga narrativa oral do Rio Grande do Sul. Várias versões circularam pelo território gaúcho ao longo do século XIX, mas o relato seria imortalizado a partir de sua publicação no livro Lendas do sul (1913), de João Simões Lopes Neto (1865-1916). Uma espécie de grito de revolta contra a escravidão, que perdurou no Brasil até 1888, é a história de um menino negro que sofre nas mãos de um cruel fazendeiro, na região das Charqueadas. Os abusos praticados pelo estancieiro vão ganhando contornos cada vez mais dramáticos, até culminar num assassinato cruel, ocasionado por punições a falhas do garoto – como a perda de cavalos que estavam sob sua posse. De modo sádico, o corpo da vítima ainda é enterrado dentro de um formigueiro. Tanto no cinema quanto na literatura, no entanto, a violência acaba sendo revertida de forma milagrosa: o Negrinho ressuscita e transforma-se num santo capaz de recuperar objetos perdidos, protegido pela sua madrinha, Nossa Senhora Aparecida. No filme, a história se passa em torno de 1827.

O Negrinho do Pastoreio é o primeiro dos dois longas da produtora Rancho Filmes, fundada por Antonio Augusto Fagundes (1934-2015), também conhecido como Nico Fagundes, carismático comunicador com grande conhecimento sobre o folclore local. Ele convidou Grande Otelo (1915-1993) para interpretar o jovem negro cativo, apesar dele ser muito mais velho do que o papel pedia. Não foi a única incursão de Grande Otelo pelo cinema sulino: ele também trabalhou com José Mendes em Não aperta Aparicio (P. Dias, 1970). Interessante que numa reportagem de 1957, Otelo dizia: "Antes de abandonar minha carreira quero ser o Negrinho do Pastoreio". O próprio Nico atua, no papel de um gaúcho domador de cavalos, que chega na fazenda para treinar potros selvagens, acompanhado de um escravo liberto, vivido por Breno Mello, o protagonista de Orfeu do carnaval (Orfeu negro, Marcel Camus, 1959, FR-IT-BR). Os dois vão abalar as estruturas do local, uma vez que entrarão em choque com as atitudes autoritárias que ali vigoram. O principal destaque feminino é Rejane Vieira Costa, que foi Miss RS e Miss Brasil, além de vice no Miss Universo – interesse afetivo do domador. Também atuam o crítico Tuio Becker (irreconhecível, como o filho do estancieiro) e o ex-jogador de futebol Ortunho. As filmagens aconteceram em Uruguaiana e Pelotas, esta a terra de Simões Lopes Neto.

Em entrevista ao jornal Zero Hora, Fagundes comentou um dos principais objetivos da produção: "Terminar com a fama do gaúcho ser racista. Esta é a única lenda do Brasil em que o negro recebe um tratamento criticado pelos brancos, sendo alvo de solidariedade em todo o mundo. Como seria possível o nascimento de uma lenda dessa natureza (ou a criação) e a sua permanência em meio a um povo racista?", questionou. A despeito dessa preocupação do diretor, cabe ressaltar que os diálogos do filme não economizam na representação do racismo experimentado pelos escravizados. Um dos capatazes do rancho, por exemplo, utiliza expressões pejorativas para se referir aos afrodescendentes. Tais comentários, porém, são repelidos por personagens como o do ex-escravizado alforriado: "Já me chamaram de negro sujo, sim. Mas eu não posso provar, porque os que me chamaram já morreram". Ou ainda: "Numa terra livre como essa, não pode haver escravo".

No lançamento, em 1973, a recepção foi ambígua. Enquanto Calvero (pseudônimo de P. F. Gastal, na Folha da Tarde), declarou ter visto "mais uma fracassada tentativa de fazer cinema gaúcho" ou "uma obra-prima do ridículo", criticando linguagem, roteiro e atuações, o escritor Erico Verissimo aprovou o projeto, elogiando Antonio Augusto Fagundes por ser "um homem de bom gosto e grande conhecedor do folclore de sua terra".

A história sempre teve enorme repercussão e importância para o Rio Grande do Sul, sendo inúmeras vezes reencenada, através de variadas manifestações artísticas (pintura, gravuras, monumentos). O salão nobre do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, leva o nome de Negrinho do Pastoreio. A primeira adaptação cinematográfica do conto é o curta homônimo dirigido por Nilton Nascimento, primeira produção da sua Guaíba Filmes, filmado durante um mês na Estância Santo Olavo, no município de Dom Pedrito, com apoio dos clubes de cinema de Porto Alegre e de Bagé. O copião do semidocumentário – como a imprensa destaca – foi exibido em privado em 15 de outubro em 1951 e lançado como complemento nas salas a partir de dezembro.

Em 1954 Salomão Scliar sonhava em dirigir o seu segundo longa, sobre a lenda, com Roberto Bataglin no elenco, mesmo ano em que Vasco Prado inaugurava em Caxias do Sul sua icônica escultura.

Principais filmes:
O Negrinho do Pastoreio (Nilton Nascimento, 1951, 35 mm, cm). [filme desaparecido]
O Negrinho do Pastoreio (Antonio Augusto Fagundes, 1973).
Negrinho do Pastoreio (Antonio Oliveira, 1985, 35 mm, 10 min).
• Histórias extraordinárias [01/12 – 01/05]: O Negrinho do Pastoreio / A Lagoa dos Barros (Hique Montanari, 2001, 10 min, doc).
O Negrinho do Pastoreio (Antonio Carlos Textor, 2009, 35 mm, 15 min). [versão digital, 2007, 25 min]

Sinopse


Interior do Rio Grande do Sul, por volta de 1827. Numa grande estância vive um negrinho escravo, continuadamente espezinhado pelo seu dono, fazendeiro despótico, que sente mórbido prazer em torturar os mais humildes. Todos os escravos devotam-lhe ódio, à exceção do negrinho que, em sua ingenuidade, não percebe a maldade do senhor. Chega à região, um gaúcho incumbido de domar potros, acompanhado de um negro livre. A enteada do estancieiro se apaixona pelo forasteiro e o negro desperta nos escravos anseios de liberdade. O negrinho perde uma carreira ao montar um cavalo baio que valia mil onças de ouro. O cruel estancieiro, seu filho e o sádico capataz castigam-no com açoite. Depois ele é incumbido de pastorear uma tropilha de tordilhos, onde o cavalo baio é o pastor, durante trinta dias e trinta noites. Outras atrocidades são cometidas contra o negrinho do pastoreio, inclusive enterrá-lo num formigueiro, onde morre. Neste ato, a providência divina interfere. O negrinho do pastoreio é levado para o Céu.

Sinopse desenvolvida:
Interior do Rio Grande do Sul. Um menino escravo negro, montado em seu cavalo, participa de competições de corrida contra demais concorrentes. É derrotado. Como punição, é açoitado pelo patrão, um fazendeiro violento, até desmaiar. Algum tempo depois, o Negrinho está sentado no chão, no meio de uma imensa paisagem verde. Ele testemunha a chegada de dois homens armados, a cavalo. Esses indivíduos se aproximam da fazenda, para pedir abrigo – mas são imediatamente repelidos, sob o argumento de que o estancieiro não oferece churrasco, nem tampouco moradia para ninguém. Um dos forasteiros, no entanto, consegue falar com o proprietário, que revela o motivo de ter punido o Negrinho: a perda de mil onças de ouro (ou 30 quadras), por não ter vencido a carreira. A fim de fornecer um castigo à altura, o estancieiro conta, com orgulho, que aplicou 30 chibatadas no escravo – além de obrigá-lo a permanecer 30 noites no pastoreio.

O dono das terras também sugere um acordo com o visitante: quer que ele ajude a domar os seus cavalos. Eles chegam a um acordo, mas o domador exige a permanência de seu ajudante (um homem negro, livre) para ajudar no trabalho. A eventual venda do Negrinho do pastoreio é negada. O domador, dessa forma, vai conhecendo os demais moradores da fazenda. Todos comentam a possibilidade de eclosão de uma nova guerra, contra os castelhanos. Um estrangeiro teria especial motivo para se vingar do fazendeiro, já que sua família foi morta por ele, num incêndio criminoso anterior. No dia seguinte, o negro liberto leva comida até o Negrinho do pastoreio. Conta que teve sua alforria obtida graças ao domador, que ganhou muito dinheiro com o trato de animais e quis lhe ajudar, pela amizade. O Negrinho reclama de seu destino, mas comenta ter a proteção de Nossa Senhora.

O domador executa o seu trabalho, sendo observado pela enteada do fazendeiro, uma mulher muito atraente. Enquanto descansa no pastoreio, o Negrinho é acordado por um capataz, que o chama de "negro vagabundo" e comenta que ele "só obedece ao laço". Recebe a orientação de dar água para cavalos. Conflitos são registrados entre o homem negro liberto e o capataz da fazenda, que também não gosta do domador. Por sua vez, a enteada oferece carne de churrasco ao forasteiro, a fim de evitar que ele mate uma vaca para se alimentar. O Negrinho volta a ter azar: perde a localização de uma tropa de animais, durante a noite, e termina sendo açoitado, mais uma vez. É orientado a procurar os cavalos fujões, e pede ajuda à Nossa Senhora para realizar a tarefa, acendendo uma vela para a santa. Milagrosamente, a tropilha é reencontrada.

O capataz informa que os castelhanos começaram a atacar, o que motiva uma reflexão do fazendeiro sobre a eventual defesa da propriedade por parte dos negros. Isso não aconteceria, uma vez que os escravos não gostam dele, crê. O dono das terras também reclama que o governo cobra um imposto muito alto sobre o charque, sendo necessária uma revolução para separar o Rio Grande do Sul do Brasil. O passado da enteada é revelado: ela é filha de uma mulher com quem o fazendeiro se envolveu, à força, vindo a falecer. Começa a guerra! O domador duela com um estrangeiro, conseguindo prendê-lo. Esse castelhano quer vingança contra o fazendeiro, que teria queimado sua casa, assassinando sua família. O domador diz que os castelhanos virão queimar tudo, poupando apenas os escravos. Sugere que a enteada vá embora com ele, como sua mulher – mas ela hesita em acompanhá-lo.

De noite, o filho do fazendeiro e o Negrinho enxergam o boi tatá (o fogo fátuo, bola de fogo que circula de forma veloz pelo campo). Enquanto o Negrinho dorme, o filho do fazendeiro solta o gado que havia sido recuperado, a fim de fazer o Negrinho levar a culpa pelo incidente. O fazendeiro orienta uma nova leva de chibatadas, que agora faz o escravo sangrar até a morte. Antes de falecer, ele pronuncia suas últimas palavras: "Madrinha". Um forte vento circula pela região. O Negrinho é enterrado em um formigueiro, diante de um clima instável e pesado. Três dias após o assassinato, um forte nevoeiro ainda persiste sobre a região da estância, tornando impossível a busca pelos cavalos fugitivos. No mesmo período, o fazendeiro delira como um louco – sem comer, nem dormir. A enteada se fecha dentro de casa. O capataz procura pelo ouro do fazendeiro, mas entra num duelo com o negro liberto, que enfrenta o rival e mata-o.

O domador e o negro liberto vão embora, acompanhados pela enteada ("como tua mulher, enquanto tu quiseres", diz ao domador). Outro escravo negro também foge, dizendo que agora é livre. Tendo pesadelos com formigas, o fazendeiro vai até o local onde enterrou o Negrinho. De modo surpreendente, o morto sai do chão e retorna à superfície, assustando o fazendeiro. Dizendo que as formigas querem comer o seu ouro, o fazendeiro pede ajuda a um de seus escravos negros, que prefere estrangular o patrão até a morte. Os heróis dizem que, se perderem alguma coisa, dali em diante irão acender uma vela para o Negrinho do pastoreio achar. Quadros, pinturas e monumentos alusivos à lenda são exibidos, enquanto versos do conto de Simões Lopes Neto aparecem na tela, ao som de uma música triste.

Ficha técnica


ELENCO
Grande Otelo (Negrinho do Pastoreio),
Breno Mello (Negro),
Rejane Vieira Costa (Moça),
Darcy Fagundes (Estancieiro),
Participação especial: Edison Acri (Castelhano), Ortunho (Escravo Caiambola).
Antonio Augusto Fagundes (Gaúcho), Carla Goulart (Índia), Carlos Castilhos (Capataz), Tuio Becker (Guri),
Ricardo Hoeper (Sargento), Luiz Carlos Neves (Peão Retaco), Zeno Ribeiro (Escravo Capão), Renato Peixoto (Escravo Adulão), Eva Freitas (Escrava Mucama), Ruy Rogério (Índio Carreteiro), peões e prendas da União Gaúcha "J. Simões Lopes" e os gaúchos do Guarujá.
Não creditada: Suzana Bernhardt (Índia carreteira).

DIREÇÃO
Direção: Antonio Augusto Fagundes.
Assistência de direção: Davide Quintans.
Continuidade: Luiz Moran.

ROTEIRO
Roteiro (não creditado): Antonio Augusto Fagundes, baseado no conto homônimo de João Simões Lopes Neto.

PRODUÇÃO
Produção (não creditado): Antonio Augusto Fagundes.
Coordenação geral de produção: Rui Favalli Bastide.
Direção de produção: Marlene Fagundes.
Assistência de produção: José Nunes.

FOTOGRAFIA
Direção de fotografia e operação de câmera: Alexandre Ostrovski.
Assistência de câmera: Dejair Cabrera.

Eletricista chefe: Miguel Elias.
Assistência de elétrica: Helio Martins, José Roxo, Antonio Augusto Elias.

ARTE
Cenários: Carlos Castilhos.
Figurino: Antonio Augusto Fagundes Filho.
Maquiagem: Judith Cabrera.

MÚSICA
Música e regência: Heitor Hiltl Barbosa.
Músicos: Heitor Hiltl Barbosa (órgão, vibrafone), Valmir Pinheiro (violão), Plauto Cruz (flauta), Zeno Ribeiro (contrabaixo), Paulinho Pires (serrote), Glênio Fagundes (bombo legüero).
Técnicos de gravação da música: Günter, Alexandre.
Produção artística: Geraldo José.
Coordenação de produção: Ramalho Neto.

Músicas (cf. LP):
A1. "Negrinho do Pastoreio" (música, letra: Barbosa Lessa; toada) por Leopoldo Rassier (vocal) [canção-tema]
A2. "Tema do Negrinho do Pastoreio" (Heitor Hiltl Barbosa)
A3. "Tema do Gaúcho" (Heitor Hiltl Barbosa)
A4. "Tema do Capataz" (Heitor Hiltl Barbosa)
A5. "Tema da Moça" (Heitor Hiltl Barbosa)
A6. "Tema de Malambo" (Heitor Hiltl Barbosa)
A7. "Doma (Heitor Hiltl Barbosa)
A8. "Negrinho e Domador negro" (Heitor Hiltl Barbosa)

B1. "Tema do Gury" (Heitor Hiltl Barbosa)
B2. "Feitiçaria (Negros na cozinha)" (Heitor Hiltl Barbosa)
B3. "Tema da Índia" (Heitor Hiltl Barbosa)
B4. "Malambo (Ataques de cavalaria)" (Heitor Hiltl Barbosa)
B5. "Violão (Apresentação)" (Heitor Hiltl Barbosa)
B6. "Negrinho e o Negro" (Heitor Hiltl Barbosa)
B7. "Chula" (Heitor Hiltl Barbosa)
B8. "Negrinho do Pastoreio" (música, letra: Barbosa Lessa; toada) por Leopoldo Rassier, Marco Aurélio Vasconcellos, Valmir Pinheiro (vozes) [canção-tema]

FINALIZAÇÃO
Montagem: Antonio Augusto Fagundes, Alexandre Ostrosvki, Rubens Amorim.

Técnicos de som: Joaquim Fonseca, Alberto Vianna.
Efeitos sonoros: Geraldo José.
Sincronização [Mixagem]: Waldemar Noya.

EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
Película: Kodak Eastmancolor.
Laboratório de imagem: Rex Filme (São Paulo).
Estúdio de gravação da música: Estúdios Isaec (Porto Alegre).
Estúdio de som: R. F. Farias (Rio de Janeiro).
Estúdio de som – Mixagem: Somil Som e Imagem Ltda. (Rio de Janeiro).

MECANISMOS DE FINANCIAMENTO
Companhia produtora: Rancho Filmes (Porto Alegre).

AGRADECIMENTOS
Agradecimentos: Teixeirinha Produções, Transbrasil (Sadia), Diários e Emissoras Associadas, Elias Kalil Pocos, Geraldo Zaniratti, dr. Carlos Galvão Krebs, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Prefeitura Municipal de Pelotas, Conselho Municipal de Turismo, Pepsi-Cola, Miguel Dornelles, dr. Fernando Caruccio, viúva Antoninha Berchon Sampaio, dr. Luiz Simões Lopes, Club "Fica Aí", Prefeitura Municipal de Alegrete, Manoel Nunes; Milton Souza

FILMAGENS
Brasil / RS, em fazendas dos municípios de Pelotas (charqueadas dos arredores); cenas de campos abertos filmados no Cerro do Jarau, Uruguaiana, na estância do sr. Manuel Nunes.
Período: entre 15 de outubro e 18 de novembro de 1972.

ASPECTOS TÉCNICOS
Duração: 83 min
Metragem: 2.440 metros
Número de rolos:
Som:
Imagem: cor
Proporção de tela: 1.33
Formato de captação: 35 mm
Formatos de exibição: 35 mm

DIVULGAÇÃO
Lobby card: 25,5 x 33,6 cm, cor. Cinco exemplares diferentes na Coleção G. Póvoas.
Cartaz: 92 x 61 cm. Desenho: Benicio. Exemplar no IECINE (doação de Antonio Augusto Fagundes) + Cinemateca Brasileira.

DISTRIBUIÇÃO
Classificação indicativa: Livre.
Distribuição: Rancho Filmes; Ipanema Filmes.
VHS: Distribuição: São Paulo: Reserva Especial, [199?].

OBSERVAÇÕES
Premiação: Prêmio do INC para filmes extraídos de obras literárias
Custo: orçado em Cr$ 350.000,00.
Renda de setembro a dezembro de 1973: Cr$ 218.135.68 com 98.699 espectadores.
Primeira produção da Rancho Filmes.
Rejane Vieira Costa > Miss Rio Grande do Sul > Miss Brasil 1972 > Vice-Miss Universo.
Ortunho, ex-jogador de futebol do Grêmio.
Breno Mello, ex-jogador do Renner, ator a partir de Orfeu do carnaval (Marcel Camus, 1959).
Previsão de rodagem de 606 planos.
Complementação aos créditos: Zero Hora, Porto Alegre, 24 maio 1973 acrescenta elenco. // Roteiro: Antonio Augusto Fagundes, baseado no conto homônimo de Simões Lopes Neto. Produção, cenografia e direção: Antonio Augusto Fagundes //
Duração na época da estreia segundo os jornais: 98 min, diferente da duração da cópia comercializada em vídeo, com 10 min a menos.
Negativos e/ou cópias: Cinemateca Brasileira (negativos de imagem?) // MH: negativos de som e copião.

Grafias alternativas: Carlos Castillos | Marlene Nahas Fagundes | David Quintans | Plauto (cf. créditos)
Nomes completos: Eva Leonor Freitas
Grafias alternativas (funções): Maquilagem

DISCOGRAFIA
LP: O Negrinho do Pastoreio – Trilha sonora original. Ver: Discografia RS

BIBLIOGRAFIA
"O Negrinho do Pastoreio", In: LOPES NETO, Simões. Lendas do sul. Porto Alegre: Aplub-Globo, 1974, p.93-108.

Guia de filmes, Rio de Janeiro, jan-jun 1974, p.33, ano VIII, n.49-51.
RODRIGUES, João Carlos. O Negro brasileiro e o cinema. Porto Alegre: Globo, 1988, p.92-93.

Noticiário:
NEQUETE, Edison. Grande Otelo: Antes de abandonar minha carreira quero ser o Negrinho do Pastoreio. Diário de Notícias, Porto Alegre, 11 dez 1957, p.10 [BN, p.12], ano XXXIII, n.235.

Negrinho do Pastoreio será filmado aqui. Zero Hora, Porto Alegre, 4 set 1972.
ONOFRE, José. Ronda. Diário de Notícias, Porto Alegre, 17 set 1972.
Apresentamos Ortunho e Grande Otelo num filme gaúcho. Zero Hora, Porto Alegre, 11 out 1972.
Negrinho do Pastoreio: Ortunho, Grande Otelo e Miss Brasil nas telas no início do próximo ano. Folha da Manhã, Porto Alegre, 8 nov 1972.
Filmagens do Negrinho do Pastoreio. Zero Hora, Porto Alegre, 16 nov 1972.
MOREIRA, Jussara (reportagem); LIMA, Wilson (fotos cor). Negrinho do Pastoreio – O maior papel de Grande Otelo. Manchete, Rio de Janeiro, 2 dez 1972, p.86-90 [BN, p.90-94], n.1.076.
Adiada estreia do Negrinho do Pastoreio. Zero Hora, Porto Alegre, 24 maio 1973.
Erico dá crédito de confiança a filme sobre lenda gaúcha. Zero Hora, Porto Alegre, 17 set 1973.
CALVERO [P. F. Gastal]. Negrinho do Pastoreio, de Antonio Augusto Fagundes. Folha da Tarde, Porto Alegre, 24 set 1973.
Cinema. Zero Hora, Porto Alegre, 3 out 1973.

Anúncio. Diário da Tarde, Curitiba, 14 fev 1974, p.4, ano 74, n.22.165.
Anúncio. Diário da Tarde, Curitiba, 15 fev 1974, p.5, ano 74, n.22.166.
Anúncio. Diário da Tarde, Curitiba, 16 fev 1974, p.5, ano 74, n.22.167.
Anúncio. Diário da Tarde, Curitiba, 18 fev 1974, p.7, ano 74, n.22.168A.
Anúncio. Diário da Tarde, Curitiba, 19 fev 1974, p.6, ano 74, n.22.168B.
Anúncio. Diário da Tarde, Curitiba, 20 fev 1974, p.4, ano 74, n.22.169.

Exibições


• Uberlândia (MG), 15 set 1973, sab

• Porto Alegre (RS), São João, 24 set 1973, seg
• Porto Alegre (RS), Coral, 24 set 1973, seg
• Porto Alegre (RS), Center, 24 set 1973, seg

• Pelotas (RS), Capitólio, 24 set 1973, seg

• Porto Alegre (RS), Ritz, 26 set 1973, qua

• Caxias do Sul (RS), Ópera, 27, 28 out 1973, sab, dom, 19h30, 21h30

• Curitiba (PR), Lido, 16-21 fev 1974, sab-qui, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h

• Rio de Janeiro (RJ), Pirajá (R. Visconde de Pirajá, 303), 18-24 mar 1974, seg-dom, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h
• Rio de Janeiro (RJ), Copacabana (Av. Copacabana, 801), 18-24 mar 1974, seg-dom, 16h, 18h, 20h, 22h
• Rio de Janeiro (RJ), América (R. Conde do Bonfim, 334), 18-24 mar 1974, seg-dom, 16h, 18h, 20h, 22h
• Rio de Janeiro (RJ), Imperator (R. Dias da Cruz, 170), 18-24 mar 1974, seg-dom, 15h, 17h, 19h, 21h

• Niterói (RJ), Eden, 18-24 mar 1974, seg-dom, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h

• Rio de Janeiro (RJ), Plaza (R. do Passeio, 78), 19-24 mar 1974, ter-dom, 10h, 12h, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h

• Petrópolis (RJ), Dom Pedro, 31 mar 1974, dom, 14h, 15h10, 17h20, 19h30, 21h

• Teresópolis (RJ), Alvorada, 27 abr 1974, sab, 15h, 21h

• Caxias do Sul (RS), Cine Imperial, 25 maio 1974, sab, 19h30, 21h30

• Rio de Janeiro (RJ), Cinema 2, 24-30 jun 1974, seg-dom, 13h20, 15h, 16h40

• Recife (PE), Ritz (Av. Visconde de Suassuna),
11-17 mar 1975, ter, 13h30, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30, qua-sab, 14h, 16h, dom, 13h, 14h30, 16h, seg, 14h, 16h
18 mar 1975, ter, 14h, 16h

• Recife (PE), Rivoli (Estrada do Arraial-Casa Amarela), 7 maio 1975, qua, 19h30, 21h30

• Rio de Janeiro (RJ), Lagoa Drive-in, 16-19 set 1976, qui-dom, 18h30

• Porto Alegre (RS), Ritz, 4 mar 1977???

• TV Globo Canal 4,
Coruja Nacional, 13 mar 1977, dom, 23h55
16 maio 1978, ter, 14h

• Porto Alegre (RS), Revisão do cinema gaúcho, Auditório da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, 14 ago 1979, ter

Como citar o Portal


Para citar o Portal do Cinema Gaúcho como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo:
O Negrinho do Pastoreio. In: PORTAL do Cinema Gaúcho. Porto Alegre: Cinemateca Paulo Amorim, 2024. Disponível em: https://cinematecapauloamorim.com.br//portaldocinemagaucho/166/o-negrinho-do-pastoreio. Acesso em: 22 de novembro de 2024.