A Criação de Frankenstein (2023)
Brasil (RS)
Longa-metragem | Ficção
pb, 107 min
Companhia produtora: Lup Filmes; Cena 25
Primeira exibição: Cachoeira do Sul (RS), Cine Via Sete, 19 jun 2023, seg, 19h
Filmado em preto e branco através de telefones celulares, em Cachoeira do Sul e seus arredores, A Criação de Frankenstein é mais uma adaptação cinematográfica do livro da escritora inglesa Mary Shelley (1797-1851). É o primeiro longa-metragem do jovem Pedro Henrique Thomaz Loreto, que contou com o apoio de seus irmãos, amigos e familiares para rodar o longa, com um orçamento simbólico de 20 reais. Estudante de Ensino Médio com aspiração de ser cineasta, Loreto é o responsável pela curadoria do Cineclube Coliseu, espaço de exibição e discussão de filmes no âmbito da Escola Liberato, da cidade natal. Antes deste trabalho, ele havia feito três curtas independentes, pertencentes à chamada Trilogia dos Mortos: Perseguido pelos mortos, A Profecia dos mortos e A Colheita dos mortos.
A Criação de Frankenstein acompanha a jornada de uma jovem cientista (Vivian Frankenstein), que mora com seus parentes próximos, no interior do estado. Ao contrário da irmã, que pensa em casar e ter filhos, Vivian quer se dedicar exclusivamente à causa da ciência, tendo como objetivo realizar uma descoberta capaz de revolucionar o futuro da humanidade: impedir a morte das pessoas. O plano ganha ainda mais importância a partir do momento em que a mãe das garotas vem a falecer, fazendo com que ela decida se refugiar em uma casa de campo isolada – o território ideal para suas experiências. Aproveitando a distração de dois coveiros, Vivian rouba o cadáver de um indivíduo recém enterrado em um cemitério e consegue ressuscitá-lo em seu laboratório, valendo-se da energia de uma descarga elétrica. O que poderia ser um extraordinário avanço científico logo se transforma num pesadelo: o ser apresenta muita dificuldade de relacionamento e começa a agir de modo violento, colocando em risco os membros da comunidade local.
Trata-se de um raro filme de terror estrelado por um elenco abaixo dos 18 anos, sem a presença de nenhum adulto. O monstro é feito por um menino que sequer chegou à pré-adolescência (João Victor T. Loreto), com pouquíssimas falas. O protagonismo é feminino: a jovem Ana Paula T. Loreto, um pouco mais velha do que a criatura, ocupa o maior tempo de tela, numa interpretação que mescla boas intenções com total desequilíbrio mental. A história é narrada por uma escritora, que divide a trama em sete capítulos: Gênesis; O Prometeu moderno; O anjo sem olhos; A busca pelo ser maldito; As mãos da mulher; A revolta do suposto anticristo; Resquícios. Os poucos homens em cena são relegados a papéis secundários, como meros habitantes da cidade, sendo que um coveiro leva o nome de Mojica – em alusão a José Mojica Marins (1936-2020), a quem o filme é dedicado. A equipe obteve autorização para gravar em locais importantes de Cachoeira do Sul, como a Casa de Cultura Municipal Paulo Salzano Vieira da Cunha, a Biblioteca Pública Municipal Dr. João Minssen, o Instituto Estadual de Educação e a Igreja Nossa Senhora da Conceição.
Esta não é a primeira versão gaúcha da história. Em seu começo de carreira, o cineasta independente Cesar Coffin Souza havia assinado o curta-metragem em super-8 Frankenstein (1980), sem recursos e contando com a colaboração de uma equipe amadora. Mais tarde, Cesar Coffin Souza se tornaria um dos mais conhecidos realizadores do cinema fantástico produzido no Rio Grande do Sul. A interpretação mais icônica do monstro, porém, pertence ao ator inglês Boris Karloff (1887-1969), que imortalizou o personagem no clássico Frankenstein (James Whale, 1931, US). Na década de 1950, o estúdio britânico Hammer também obteria sucesso com a trama em uma série de filmes estrelada por Peter Cushing (1913-1994), a partir de A Maldição de Frankenstein (The Curse of Frankenstein, Terence Fisher, 1957, UK). Uma adaptação mais fiel ao livro encontra-se em Frankenstein de Mary Shelley (Frankenstein, Kenneth Branagh, 1994, US-JP-UK), com Robert De Niro no papel da criatura.
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Sinopse
Após a morte de sua mãe, a jovem cientista Vivian Frankenstein embarca em sua jornada solitária. Isolando-se de tudo e todos, ela dedica todo tempo e dinheiro na sua mais importante experiência. Porém, logo depois de alcançar o seu ambicioso objetivo de criar vida, as coisas saem de seu controle. Agora, Frankenstein deve lidar com as consequências de sua monstruosa criação. O ser precisa escolher entre ser um símbolo da evolução científica ou um feroz monstro que deve ser temido.
Epígrafe: // "Nada és tão doloroso para a mente humana, quanto uma grande e repentina mudança". – Mary Shelley. //
Capítulo um: "Gênesis".
Capítulo dois: "O Prometeu moderno".
Capítulo três: "O anjo sem olhos".
Capítulo quatro: "A busca pelo ser maldito".
Capítulo cinco: "As mãos da mulher".
Capítulo seis: "A revolta do suposto anticristo".
Capítulo sete: "Resquícios".
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Ficha técnica
ELENCO
Ana Julia T. Loreto (Frankenstein),
João Victor T. Loreto (O Monstro),
Guilherme Oliveira (Leone),
Yuri Ventura (Mojica),
Bianca dos Santos (Elizabeth), Manuela Nunes (Sr. Casper),
Evelin da Rosa Thomaz (Mary Shelley), Isabely Mariah (A Noiva),
Murilo Cerentini (Sebastião), Vinicius Santos (Júlio).
Narração inicial: Ester Mutz.
Animais: gato preto (Tiriri), coelho (Pocoyo), cocota da índia (Fifi), ovelhas, calopsita macho (Kiko), calopsita fêmea (Kika).
DIREÇÃO
Direção: Pedro Henrique Loreto.
Assistência de direção: Davi Lucas T. Loreto.
ROTEIRO
Inspirado no livro Frankenstein, de Mary Shelley.
Roteiro: Pedro Henrique Loreto.
PRODUÇÃO
Produção e produção executiva: Ana Julia T. Loreto, Pedro Henrique Loreto.
Alimentação: Evelin da Rosa Thomaz.
Transporte do elenco e equipe técnica: Juliano de Freitas Loreto, Adão Nunes, Lidiane Soares Cerentini.
FOTOGRAFIA
Direção de fotografia: Pedro Henrique Loreto.
Operação de câmera: Pedro Henrique Loreto, Ana Julia T. Loreto, João Victor T. Loreto.
Claquete: Davi Lucas T. Loreto, Ana Julia T. Loreto.
ARTE
Construção de cenários: Juliano de Freitas Loreto, Pedro Henrique Loreto.
Figurino: Evelin da Rosa Thomaz.
Maquiagem: Ana Julia T. Loreto.
SOM
Técnico de som (narração inicial): Jean Zanrosso
MÚSICA
ARQUIVO
Citações:
Mulher na fotografia: Liv Ullmann.
FINALIZAÇÃO
Montagem: Pedro Henrique Loreto.
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
Aparelhos usados na filmagem: Celular LG K10; Celular LG K4; Celular LG K51s Plus.
Plataforma de edição: Kinemaster Pro.
MECANISMOS DE FINANCIAMENTO
Companhia produtora: Lup Filmes (Cachoeira do Sul).
Coprodução: Cena 25 (Cachoeira do Sul).
Incentivo: Evelin da Rosa Thomaz, Juliano de Freitas Loreto, Marcos Kligman.
AGRADECIMENTOS
Agradecimento inicial pela permissão concedida para que nossa equipe pudesse realizar as filmagens em tais locais [ver campo FILMAGENS].
Dedicatória: Em memória do gênio José Mojica Marins 1936-2020.
FILMAGENS
Brasil / RS, em Cachoeira do Sul, em lugares como: Casa de Cultura Municipal Paulo Salzano Vieira da Cunha; Biblioteca Pública Municipal Dr. João Missen; Instituto Estadual de Educação João Neves da Fontoura; Igreja Nossa Senhora da Conceição; residência cedida por Thiago.
ASPECTOS TÉCNICOS
Duração: 1:46:50
Som:
Imagem: pb
Proporção de tela:
Formato de captação:
Formato de exibição:
DIVULGAÇÃO
https://www.instagram.com/pedrohenrique.loreto/?hl=en-gb
https://www.instagram.com/frankenstein.lup/?hl=en-gb
DISTRIBUIÇÃO
Classificação indicativa: Livre.
Contato:
OBSERVAÇÕES
Cf. créditos iniciais: // A Lup Filmes orgulhosamente apresenta... //
Na cópia analisada aparece timecode no início e final: // 02:57, jul 29 2022 //
Créditos finais: // Nenhum animal foi ferido durante as gravações deste filme. //
Grafias alternativas: Isabelly Mariah (i) e Issabelly Mariah (f) | Jean Zanrosso (i) e Jean Zanroso (f)
Grafias alternativas (funções): Edição e montagem
BIBLIOGRAFIA
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Exibições
• Cachoeira do Sul (RS), Cine Via Sete, 19 jun 2023, seg, 19h