Meu pobre coração de luto (1978)
Brasil (RS)
Longa-metragem | Ficção
35 mm, cor, 111 min
Companhia produtora: Teixeirinha Produções
Primeira exibição: Porto Alegre (RS), Victoria, 20 fev 1978, seg + circuito
Na cronologia da filmografia de Teixeirinha, Meu pobre coração de luto ocupa a nona posição. Não tendo ficado satisfeito com os resultados narrativos de Coração de luto (1967), ele sonhava em recontar a mesma história à sua maneira. Com a colaboração habitual de Pereira Dias eles imaginaram uma trama carregada de flashbacks que rememoram a dramática infância do cantor em meio a outro drama do presente: encontrar a cura da leucemia diagnosticada numa Mary grávida. O passado vem impregnado de detalhes que não haviam no outro filme e talvez o mais significativo seja a cena em que o pai golpeia o filho e este promete vingança. O tema da vingança/justiça é muito presente em sua obra, principalmente nos consecutivos anteriores A Quadrilha do Perna Dura (por causa de uma bofetada o irmão jura vingança), Carmem a cigana (reparação de uma injustiça), Na trilha da justiça (a vingança da morte do pai o leva à prisão). Na sua aparente simplicidade o filme propõe uma estrutura com certa complexidade narrativa. Como se percebe em Teixeirinha, é a não narrativa, popular e fragmentada, combinação de desiguais. A coerência narrativa não é uma necessidade (veja-se o plano da Santa voando no final).
Mais uma vez eles são os famosos Teixeirinha e Mary Terezinha entrelaçando suas personas privadas e públicas da realidade com a fantasia do cinema. Eles estão terminando de filmar um filme chamado Meu pobre coração de luto. A personagem de Mary está grávida de Angelita e descobre-se – a duas semanas de dar à luz – que ela está com leucemia (aqui o melodrama entra com tudo). O filme é a peregrinação de Teixeirinha em busca da cura de uma grave doença. Ele vai a São Paulo. Consegue que um médico venha de Nova York a Porto Alegre, e finalmente vai ao Santuário de Fátima em Portugal.
O dispositivo de montagem das cenas em Portugal remetem às teorias de Kuleshov, que por associação nos levam a ver Teixeirinha em Fátima, quando o cantor não foi à Fátima para filmar suas cenas. Embora os deslocamentos sejam uma constante em seus filmes, este apresenta além das cidades citadas Porto Alegre, São Paulo e Fátima, também planos de Lisboa, de uma localidade (que poderia ser Ijuí) e do campo (nos flashbacks). Há um longo flashback em que Teixeirinha adulto recorda-se de si com 15 anos – interpretado por Teixeirinha Filho – e este canta recordando quando era menino com 8 anos – pelo outro filho, Alexandre. Ou seja, é um flashback dentro do flashback.
O duplo como já observado em outros de seus filmes aqui se manifesta nos atores/personagens e no filme dentro do filme (com o mesmo título). Desde os créditos há várias cenas dos bastidores das filmagens do filme dentro do filme, do qual a história não fica muito clara. Uma das cenas que comporiam este filme aparece logo no início com Teixeirinha dizendo o seguinte: "Quando eu poderia imaginar isto de ti? Quando? Construo uma vida, uma carreira inteira para depois você vir me dizer isto. Como pude me enganar assim? Não devia ter te amado, não devia sequer ter permitido que entrasse na minha vida. E agora, depois de tudo vens me dizer que não represento mais nada para ti (...)" e dá uma bofetada em Mary. O diálogo profetiza e reflete o temor da perda da companheira que ele tanto amava. A bofetada, uma das repetidas matrizes do melodrama. Depois ele canta o tango "Estradas que se vão", cuja letra remete à cena da bofetada: "De tudo ela é culpada / Dizia que me amava / Depois me abandonou". Isso confirma que o filme dentro do filme também é um melodrama. Mas que terá aventura, pois outra cena é com Teixeirinha passando por um túnel em uma caverna. E por fim canta em sua integralidade "Coração de luto". É a terceira vez que a toada-milonga aparece depois do filme homônimo e de Ela tornou-se freira. A diferença que aqui é a regravação que fez para o LP O Novo som de Teixeirinha (1977). Ele que – na vida real – foi acusado de explorar a morte da mãe, ao terminar de cantar, ensimesmado diz "essa música, cada vez que eu canto...", sem explicitar, ele passa toda a dor do eterno trauma. No filme dentro do filme, Mary não está grávida e na vida real também não estava.
Outra questão que o filme levanta é ciência x religião. Mas como em Teixeirinha nada é simples, a religião aqui também entrelaça as fés da umbanda e católica (exatamente como em Ela tornou-se freira). É a força das duas que traz o milagre. Amélia Bittencourt que foi Ledurina participa neste como uma amiga médica, a Dra. Sílvia, enquanto o papel da mãe nos flashbacks está reservado à parceira constante Vania Elizabeth. O marido de Vania na vida real, Octavio Augusto Vampré, autor do conhecido livro Raízes e evolução do rádio e da televisão, participa como um dos médicos. No total são quatro médicos. Mas Nossa Senhora, única e poderosa, é mais forte. Pipiolo repete o seu número de "dublagem" pela terceira vez, depois de fazer o mesmo com músicas da cantora Elizabeth (em Carmem a cigana) e de Pedro Raimundo (em Na trilha da justiça) agora é a vez de imitar a própria Mary. A equipe do filme dentro do filme não está creditada mas é provável que a maioria de seus integrantes apareça no estúdio (alguns foram identificados com a ajuda de Sapiran Brito, ver elenco).
Na época do filme, Teixeirinha mantinha o escritório da produtora em algumas salas na Galeria Di Primio Beck, na Rua dos Andradas, esquina Rua General Câmara, que aparecem em três planos nos créditos iniciais. Para as filmagens de Meu pobre coração de luto ele alugou o prédio do antigo Cine Gioconda, na Av. Wenceslau Escobar, no bairro Tristeza, e transformou em estúdio. Muitos planos revelam o interior desta que foi uma das mais antigas salas da cidade como o seu palco, pois uma época também foi cine-teatro. Estas imagens adquirem um valor de documentário extraordinário e gratificante.
A cultura popular se apropria da cultura erudita: o nome do assistente de direção é Felloni, alusão ao italiano Federico Fellini, uma tradição que vem das chanchadas como o Cecílio B. de Milho de Carnaval Atlântida (José Carlos Burle, 1952).
Outra curiosidade: Felloni atende o telefone do estúdio e fala: "24-72-00". Este era o número real do telefone da produtora de Teixeirinha, propondo-se assim um contato direto com seu público. E é sabido que muitos fãs ligavam para Teixeirinha quando descobriam seu número.
Conversa por Zoom em 11 jun 2020 entre G. Póvoas (em Porto Alegre) e Sapiran Brito (em Bagé): ele conta que teve um contrato de trabalho por seis meses, que Teixeirinha era rigoroso, cumpria todas as suas obrigações, o salário em dia, as diárias, muito profissional; sua entrada na produção foi por intermédio de Pereira Dias que conhecia do teatro. Como assistente fez de tudo um pouco, desde os créditos iniciais: ele que fez usando adesivos letraset (muito usados nos anos 70); nas horas em que Teixeira canta em playback, ele que ligava o gravador; por sua experiência como ator também ganhou um papel, o de Lúcio, o meio-irmão de Teixeirinha, que promete vingança; todas as vozes eram dubladas por dubladores profissionais em São Paulo, com exceção de Teixeirinha e Mary Terezinha que dublavam seus respectivos personagens; talvez Angelito Mello, que morava em São Paulo, tenha dublado seu personagem Dr. Álvaro; embora sabendo que seria dublado, Sapiran conta que ficou decepcionado com a voz que foi usada para ele; o espaço do candomblé foi filmado no espaço real; o interior do escritório de Teixeirinha Produções, na Galeria Di Primio Beck (Rua dos Andradas, 1137) aparece em três planos nos créditos iniciais; neste local havia uma sala com uma moviola, onde o filme foi montado por Pereira e ele como assistente (não creditado); algumas exigências de Teixeirinha foram: aparecer os dez ternos diferentes que mandou fazer especialmente para o filme e aparecer um de seus dois carros Dodge que tinha na época; Sapiran acha que foram entre 20 a 25 dias de filmagens, super planejadas e organizadas; talvez a casa de Mary no filme fosse a casa de Mary na vida real, mas ele não se lembra; Sapiran ajudou a identificar quase todo o elenco (só estão faltando Jesus Tubalcain e José Gonçalves), inclusive os nãos creditados como os que aparecem em planos únicos nos créditos iniciais; Teixeirinha, embora tenha ido a Portugal, não foi para as cenas do filme, são tomadas apenas externas, talvez realizadas por uma equipe contratada; ele conta também que Teixeirinha gravava as histórias que serviam de base para o roteiro num gravador e depois transcritas.
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Sinopse
Num estúdio de filmagem, Teixeirinha faz uma cena em que dá um tapa no rosto de Mary. O filme se chama Meu pobre coração de luto, e um dos assistentes é Felloni. Mary está grávida de Angelita. No camarim recebe um bilhete de Dr. Álvaro que precisa lhe falar sem que Mary saiba; ele coloca o bilhete no bolso de um casaco.
No consultório do médico é informado que ela está com leucemia e tem cerca de 15 dias de vida.
Flashback: ele menino e o meio-irmão Lúcio quebrando seu violão, Lúcio insultando a mãe, o pai golpeando Lúcio e este jurando vingança, o pai tendo um ataque do coração.
Novas filmagens, com Teixeirinha cantando "Estradas que se vão".
Ele vai a São Paulo encontrar-se com Dr. César, que consegue que o médico americano Dr. Sherman vá a Porto Alegre.
Flashback: do irmão levando os pertences da mãe e o seu petiço.
De volta, em casa, ele olha uma fotografia de Mary e relembra desde que a conheceu.
Flashback: o primeiro teste, as primeiras apresentações e ela brilhando, com uma série de trechos de músicas uma atrás da outra.
Flashback: ele e a mãe em estrada encontram um rancho, a mãe tem um ataque.
Mary acorda de um pesadelo em que sua filha era uma boneca que se quebra.
Novos exames são feitos em Mary com a chegada de Dr. Sherman. Mary acha o bilhete do Dr. Álvaro e chama Dra. Sílvia para ajudá-la a descobrir a verdade.
Em Ijuí para um show, Teixeirinha.
Flashback: a mãe tendo outro ataque epilético e caindo na fogueira, ele voltando da escola, as últimas palavras da mãe: "Quando tu precisar de alguma coisa pede para sua madrinha Nossa Senhora de Fátima".
Por telefone, Teixeirinha fica sabendo que não há nada a fazer. Sílvia conta tudo para Mary.
Voltando para Porto Alegre em noite de chuva, ele ouve um som e vai até um espaço de umbanda. A mãe de santo diz que vai aparecer uma senhora muito rica.
No set de filmagem ele canta "Coração de luto", se emociona e relembra o conselho da mãe.
Vai ao Santuário de Fátima, em Portugal, onde o Monsenhor lhe presenteia com uma imagem da Santa abençoada pelo Papa.
No avião, de volta, novo flashback: ele com 15 anos conseguindo emprego no cais, cantando "Minha infância" (com flashback dele menino na estrada, chegando em Porto Alegre), conseguindo emprego no DAER.
No hospital, Mary inicia o trabalho de parto. Enquanto está nascendo Angelita, Teixeirinha, agarrado à imagem da Santa, reza-canta na capela.
A imagem da Santa aparece voando até uma janela. Angelita nasce. Novos exames são feitos, e a leucemia desapareceu.
Teixeirinha e Mary segurando a bebê passeiam por um jardim.
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Ficha técnica
ELENCO
Teixeirinha (Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha),
Mary Terezinha (Mary),
Jimmy Pipiolo (Felloni), Teixeirinha Filho (Vitor jovem), Alexandre Teixeira (Vitor menino),
Vania Elizabeth (Ledurina, a mãe), Roque Araújo Viana (Dr. Sherman), Kleber Antonio (Diretor), Sapiran Brito (Lúcio, o meio-irmão), Octavio Augusto Vampré (Dr. César Camargo de Alencar), Suely Silva (Zulmira),
Dorival Cabrera (Monsenhor), Octavio Capuano (Saturnino, o pai), Zeno Ribeiro (Seu Tião), Jesus Tubalcain, José Gonçalves.
Participação especial: Angelito Mello (Dr. Álvaro), Amélia Bittencourt (Dra. Sílvia).
Não creditados: Gina O'Donnell (Assistente na filmagem), Milton Barragan (Fotógrafo do filme), Enio Staub (olhando pelo visor da câmera, nos créditos iniciais), Emil Zelinski (à direita consultando um desenho, nos créditos iniciais), Erwin Rheinheimer (Fotógrafo de cena), Marino Henrique (Maquiador).
DIREÇÃO
Direção: Pereira Dias.
Assistência de direção: Sapiran Brito.
Continuidade: Gina O'Donnell.
Coreografia: Rose Porto Alegre [para "Estradas que se vão"].
ROTEIRO
História original: Pereira Dias, Vitor Mateus Teixeira [Teixeirinha].
Roteiro: Pereira Dias.
PRODUÇÃO
Produção: Vitor Mateus Teixeira [Teixeirinha].
Produção executiva: Teixeirinha Filho.
Direção de produção: Rui Favalli Bastide.
Gerência de produção: Julio Cesar.
Assistência de produção: Paulo Crespo.
FOTOGRAFIA
Direção de fotografia: Milton Barragan.
Assistência de câmera: Enio Staub.
Ajudante de câmera: Sergio Rodrigues.
Eletricistas: Helio Martins, Idelmar de Moura.
Fotografia de cena: Erwin Rheinheimer.
ARTE
Cenografia: Emil Zelinski.
Guarda-roupa: Lia Elias.
Maquiagem: Marino Henrique (produtos Helena Rubinstein).
MÚSICA
Seleção de músicas incidentais: Pedro Amaro.
Músicas (ordem de inserção, não creditadas):
• "Quem planta o bem, colhe o bem" (música, letra: Teixeirinha; canção) por Teixeirinha (voz) e Mary Terezinha (voz) [créditos iniciais] [LP: Canta meu povo / Fronteira gaúcha, 1977; faixa B2]
• "Estradas que se vão" (música, letra: Teixeirinha; tango) por Teixeirinha (voz) [LP: Carícias de amor, 1970; faixa A2]
• "Útima gineteada" (música, letra: Teixeirinha; xote) por Teixeirinha (voz, violão) e Mary Terezinha (acordeon) [trechos iniciais] [LP: Última gineteada / Menina que passa, 1974; faixa A1]
• "Eu ando errante" (música, letra: Teixeirinha; guarânia) por Teixeirinha (voz, violão) e Mary Terezinha (acordeon) [trecho inicial] [LP: Doce coração de mãe, 1968; faixa A3]
• "Te amo, te amo" (música, letra: Teixeirinha; valseado) por Teixeirinha (voz, violão) e Mary Terezinha (acordeon) [trecho] [LP: Última gineteada / Menina que passa, 1974; faixa A6]
• "Não e não" (música, letra: Teixeirinha; rancheira) por Teixeirinha (voz, violão) e Mary Terezinha (voz, acordeon) [trecho inicial] [LP: O Novo som de Teixeirinha, 1977; faixa B6]
• "Moreninha" (música, letra: Teixeirinha; marcha) por Teixeirinha (voz, violão) e Mary Terezinha (voz, acordeon) [trecho final] [LP: O Internacional, 1973; faixa B3]
• "Linda camponesa" (música, letra: Teixeirinha; toada) por Teixeirinha (voz, violão) e Mary Terezinha (voz, acordeon) [trecho inicial] [LP: Dorme Angelita, 1967; faixa A2]
• "??" por Mary Terezinha (acordeon)
• "??" por Mary Terezinha (acordeon)
• "Oxóssi" a capela por dubladora de Suely Silva [trecho]
• "Canta meu povo" (música, letra: Teixeirinha; marcha) por Teixeirinha (voz, violão) e Coro [LP: Canta meu povo / Fronteira gaúcha, 1977; faixa A1]
• "Coração de luto" (música, letra: Teixeirinha; toada-milonga) por Teixeirinha (voz, violão) e Coro [regravação de 5 jul 1977, IN: LP: O Novo som de Teixeirinha, 1977; faixa A1]
• "Talvez a última canção" (música, letra: Teixeirinha; bolero) [trechos iniciais] [LP: Chimarrão da hospitalidade, 1971; faixa A5]
• "Minha infância" (música, letra: Teixeirinha; toada milonga) por Teixeirinha (voz, violão) [LP: O Canarinho cantador, 1964; faixa B1]
• "Pedaço da minha história" (música, letra: Leonardo) por Mary Terezinha (voz, acordeon) [LP: Mary Terezinha, 1978; faixa B1]
• "Minha sanfona" (música, letra: Mary Terezinha) por Mary Terezinha (voz, acordeon) [trechos iniciais] [LP: Mary Terezinha, 1973; faixa A3]
• "Dorme Angelita" (música, letra: Teixeirinha; guarânia) por Teixeirinha (voz, violão) e Mary Terezinha (voz, acordeon) [LP: Dorme Angelita, 1967; faixa A1]
• "Dorme Angelita" [reprise, trecho final]
FINALIZAÇÃO
Montagem: Pereira Dias.
Assistência de montagem (não creditado): Sapiran Brito.
Créditos iniciais (não creditado): Sapiran Brito (com cartelas adesivas 'letraset').
Seleção de cor [Marcação de luz]: Jurandir Pizzo.
Ruídos: Orlando Macedo.
Mixagem: Julio Perez Caballar.
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
Película: Kodak Eastmancolor.
Laboratório de imagem: Líder Cinematográfica.
Estúdio de som: Odil Fono Brasil (São Paulo).
MECANISMOS DE FINANCIAMENTO
Companhia produtora: Teixeirinha Produções (Porto Alegre).
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos: Cúria Metropolitana, Administração do Porto de Porto Alegre, Secretaria de Educação RS, Prefeitura de Viamão, Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, DAER RS Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem, Dr. Ivan Hervé, Artesanato Guarisse, Manlio Gobbi S.A., Móveis Gerson, Jardim Tempo Verde, Dr. Oscar Silveira.
FILMAGENS
Brasil / RS, em Porto Alegre; cenas internas rodadas no Cine Gioconda (Av. Wenceslau Escobar, bairro Tristeza, atual Lojas Taqi), alugado por Teixeirinha e transformado em estúdio; a sacristia (para ser em Fátima) foi filmada na Cúria Metropolitana de Porto Alegre; em Viamão, externas rodadas na chácara de Paulo Crespo, referentes aos flashbacks; em cidade do interior, chegada e cena do circo (Ijuí?);
Brasil / SP, ruas da capital, no Centro; Av. São Luís;
Portugal, vistas aéreas de Lisboa; no santuário de Fátima.
ASPECTOS TÉCNICOS
Duração: 1:51:13 (DVD)
Metragem: 3.085 metros
Número de rolos:
Som:
Imagem: cor
Proporção de tela: 1.33
Formato de captação: 35 mm
Formatos de exibição: 35 mm
Idioma: Português, com trechos em inglês.
Tiragem (DVD): AA001000.
DIVULGAÇÃO
Release: Lauda datilografada com sinopse (Acervo P. F. Gastal-Biblioteca Central PUCRS).
Lobby card: 21,8 x 30,9 cm, cor. Um exemplar na Coleção G. Póvoas.
Cartaz: 89,2 x 59,2 cm. Desenho: Benicio. Impressão: Livraria do Globo (Porto Alegre). Reprodução pb em anúncio Folha da Manhã, Porto Alegre, 27 fev 1978, p.22. Exemplar na Cinemateca Brasileira. Exemplar com Edison Acri.
DISTRIBUIÇÃO
Classificação indicativa: Livre.
Distribuição: Teixeirinha Produções Artísticas.
VHS: Distribuição: São Paulo: Reserva Especial, [199?].
DVD: Distribuição: Fundação Teixeirinha DRS2689. Autoração: 14 nov 2012. Sem extras nem encarte. Produção: Teixeirinha Produções Artísticas. Recuperação: Fundação Vitor Mateus Teixeira. Patrocínio BR Petrobras. Lei de Incentivo à Cultura / Ministério da Cultura / Governo Federal; Fundação Teixeirinha.
DVD disponível no IECINE.
Contato: Fundação Vitor Mateus Teixeira.
OBSERVAÇÕES
Frase de anúncio: "Atenção! Não confunda este filme com o outro, o Coração de luto" (Folha da Manhã, Porto Alegre, 27 fev 1978).
Octavio Augusto Vampré, autor de Raízes e evolução do rádio e da televisão. Porto Alegre: FEPLAN; RBS, 1979.
Grafias alternativas: Rui Bastide | Julio Cabalar | Julio Cezar | Regina Crespo [Gina O'Donnell] | Rose Portoalegre | Victor Mateus Teixeira | Victor M. Teixeira Fº | O. A. Vanpré | Roque Araújo Vianna (cf. créditos)
Grafias alternativas (funções): Maquilage | Seleção musical
DISCOGRAFIA
Ver Discografias: Teixeirinha + Mary Terezinha.
BIBLIOGRAFIA
ROSSINI, Miriam de Souza. Teixeirinha e o cinema gaúcho. Porto Alegre: FUMPROARTE-Secretaria Municipal da Cultura-Prefeitura de Porto Alegre, 1996. 238p. il.
LOPES, Israel. Teixeirinha – O gaúcho coração do Rio Grande. Porto Alegre: EST Edições-Fundação Vitor Mateus Teixeira, 2007. 215p. il.
FEIX, Daniel. Teixeirinha – Coração do Brasil. Porto Alegre: Diadorim Editora, 2019. 249p. il.
Noticiário:
BECKER, Tuio. O provável fim do filme dramático de Teixeirinha. Folha da Manhã, Porto Alegre, 1978.
BECKER, Tuio. Teixeirinha e o precário cinema gaúcho. Filme Cultura, Rio de Janeiro, ago-out 1982, p.42-43, n.40.
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Exibições
• Porto Alegre (RS), Victoria,
20 fev 1978, seg, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h
• Porto Alegre (RS), Rosário,
20 fev 1978, seg, 14h, 20h, 22h
• Porto Alegre (RS), Real,
20 fev 1978, seg, 20h, 22h
• Porto Alegre (RS), Roma,
20 fev 1978, seg, 20h, 22h
• Porto Alegre (RS), Miramar,
20 fev 1978, seg, 20h, 22h
• Porto Alegre (RS), Talia,
20 fev 1978, seg, 19h30, 21h30
em 23 maio 1979?
• Caxias do Sul (RS), Cine Teatro Real,
23-29 mar 1978, qui, 20h30, sex-dom, 20h, 22h, seg-qua, 20h30
30 mar-5 abr 1978, qui, 20h30, sex-dom, 20h, 22h, seg-qua, 20h30
• São Marcos (RS), Ipiranga, 17-20 jun 1978, sab, 20h15, dom, 19h30, 21h30, seg, ter, 20h15
• Galópolis (RS), Operário, 24, 25 jun 1978, sab, dom, 20h15
• Manaus (AM), Ipiranga, 19-25 jul 1978, qua-sab, 16h, 20h, dom, 13h, 15h, 17h, 19h, 21h, seg, ter, 16h, 20h
• Caxias do Sul (RS), Cine Imperial, 1º-6 set 1979, sab, dom, 19h30, seg-qui, 20h15
• Bento Gonçalves (RS), Cine Marcopolo, 21 fev 1981, sab, 20h15 (+ O Desafio dos gladiadores)
• Porto Alegre (RS), Cine Santander Cultural, 6 jun 2004, dom, 19h (em homenagem a Paulo Crespo)