Aqueles dois (1985)
Brasil (RS)
Longa-metragem | Ficção
35 mm, cor, 71 min
Companhia produtora: Roda Filmes Ltda.; Z Produtora Cinematográfica Ltda.; Porto Produções Ltda.
Primeira exibição: Rio de Janeiro (RJ), 1º Rio Cine Festival [4-11 ago]-Mostra Competitiva, Leblon Sala 2 (Av. Ataulfo de Paiva, 391), 5 ago 1985, seg, 14h, 19h
Primeira exibição RS: Porto Alegre (RS), Retrospectiva cinema gaúcho [16 set-6 out], Cinemateca Paulo Amorim-[Sala Paulo Amorim], 6 out 1985, dom, 19h, 21h (+ Grafite + Carrossel + O Bom pastor)
Na metade dos anos 1980, Sergio Amon lançou um filme que se mantém atual na segunda década dos anos 2000. Baseado no conto "Aqueles dois", de Caio Fernando Abreu, a obra reflete a vida atormentada de dois amigos que, muito próximos, passam a ser perseguidos em seu ambiente de trabalho até serem demitidos após uma denúncia anônima referente a sua suposta relação amorosa. Adaptado e roteirizado por Amon e Pablo Viersi, Aqueles dois não deixa dúvidas sobre a atração de Saul por Raul e do afeto deste pelo outro, mas em momento algum enfoca a consumação romântica ou sexual desse carinho, o que amplia a sensação de que ambos são vítimas de preconceito em uma sociedade gaúcha conservadora, medíocre, machista, heteronormativa e homofóbica. Com assistência de direção de Giba Assis Brasil, Alex Sernambi e Rudi Lagemann, e montagem de Roberto Henkin e Sergio Amon, Aqueles dois se destaca pelo texto acurado, pelo roteiro bem estruturado e pelo encadeamento de cenas, características que estabelecem fluxo narrativo e que valorizam as boas atuações do elenco.
Pedro Wayne vive o introspectivo Saul, sujeito culto e solitário que, por vezes, enfrenta grave depressão. Beto Ruas interpreta Raul, homem sexualmente ativo que se envolve com a secretária Clara (Suzana Saldanha), por quem logo se desinteressa. Clara troca confissões com Jussara (Maria Inês Falcão), que tenta aproximar Raul e a amiga a todo custo, sem sucesso. Araci Esteves, atriz consagrada no papel-título de Anahy de las Misiones (1997), vive a dona da pensão em que Saul mora. Izabel Ibias atua como uma cartomante, enquanto Nei Lisboa faz uma ponta como barman. O simplório Juarez é defendido por Carlos Cunha Filho e o homofóbico Carlos, por Oscar Simch. Conhecidos e premiados atores locais que integram o elenco de inúmeros curtas e longas. Simch, um dos Homens de perto (2003-2020), sucesso teatral em sucessivas temporadas no estado. Werner Schünemann dubla o personagem Saul.
A bela fotografia de César Charlone sublinha uma Porto Alegre em vias de modernização, observando a verticalidade do centro antigo, a intensa movimentação de pedestres, carros e ônibus nas ruas e avenidas, bem como os vazios da urbanidade, seja na amplitude das vias públicas, seja no confinamento de escritórios, repartições, apartamentos e corredores de prédios – os "não-lugares", na concepção de Marc Augé, que dialogam diretamente com o vazio existencial que atormenta Raul e, sobretudo, Saul. Charlone demonstra em Aqueles dois uma capacidade criativa que viria a se consolidar através dos anos, sendo comprovada no seu trabalho como diretor de fotografia de O Homem da Capa Preta (Sergio Rezende, 1986), Feliz ano velho (Roberto Gervitz, 1987), Como nascem os anjos (Murilo Salles,1996), Cidade de Deus (2002), O Jardineiro fiel (2005), Ensaio sobre a cegueira (2008) e Dois papas (2019), todos de Fernando Meirelles, além de O Banheiro do Papa (2007), que dirigiu ao lado de Enrique Fernández.
A trilha sonora original composta por Augusto Licks é jazzística, mas tem inserções de música eletrônica para pontuar um cotidiano de trabalho cujas práticas começam a se automatizar. Além disso, muitas músicas interpretadas por Dalva de Oliveira, The Beatles e Roberto Carlos também integram a trilha sonora. Produzido por Roda Filmes, Z Produtora Cinematográfica e Porto Produções, Aqueles dois recebeu diversos prêmios no 1º Festival de Fortaleza do Cinema Brasileiro, em 1985: melhor filme pelo júri oficial e pela crítica, melhor fotografia, melhor ator coadjuvante (para Beto Ruas), melhor música original e melhor edição de som.
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Sinopse
Num escritório qualquer, onde se trabalha sem nenhum prazer, dois homens se encontram. Nasce uma simpatia. Uma simpatia tão forte que se transforma em amizade. Uma amizade forte demais para não se transformar em outra coisa. Mas estes dois homens não conhecem sentimentos assim tão fortes.
Sinopse desenvolvida:
Após uma seleção de emprego, três homens se juntam à equipe de uma repartição pública dedicada ao serviço burocrático. Rapidamente, dois deles passam a chamar a atenção das mulheres do local, enquanto os antigos funcionários tentam fazer amizade abordando temas como futebol. Culto, cinéfilo e amante da música, o introspectivo Saul não tem quaisquer pretensões no local. Ele apenas precisa ganhar dinheiro para pagar as contas e o aluguel da pensão onde mora. Raul, também apreciador da cultura, é muito parecido com Saul, porém consegue fazer amizades com facilidade e, em pouco tempo, já está curtindo os prazeres da vida na cama com a secretária Clara (Suzana Saldanha). Entre o cotidiano do escritório e as festinhas entre os colegas de serviço, todos começam a se conhecer um pouco melhor. Mas Raul logo se desinteressa por Clara, que exige dele um namoro firme. Clara troca confissões com Jussara (Maria Inês Falcão), que tenta aproximar Raul e a amiga a todo custo, sem sucesso. Após uma festa na casa de Clara, Raul convida Saul para beber em um bar. A partir dali, os dois descobrem afinidades, medos e desafios em comum, fortalecendo uma genuína amizade. Com o tempo, os colegas de trabalho percebem a forte aproximação entre ambos, dando início a boatos que, a princípio, não correspondem exatamente com a realidade. Ainda que Saul nutra uma atração romântica quase platônica e um interesse sexual pelo amigo, Raul corresponde com um afeto circunscrito à amizade. Seu carinho não parece ultrapassar esse limite – o que não significa que, no fundo, Raul não tenha uma curiosidade maior pelo amigo, algo ainda em desenvolvimento. Porém, os rumores de que ambos são gays e que têm um caso se alastram no escritório, culminando com uma grave denúncia gravada por alguém na secretária eletrônica que o chefe, André, acabara de ganhar de presente de um certo senhor Sartori. André chama Saul e Raul para uma reunião e mostra a gravação. Incrédulos, os dois amigos acusam a interferência da chefia e dos colegas em assuntos particulares, denunciam a covardia da denúncia, não confirmam o caso e classificam como propina o aparelho que André recebeu de presente. Ambos são demitidos. Fora do escritório, Saul e Raul descobrirão uma liberdade jamais experimentada no deserto de almas em que viviam – e ao qual se referem os personagens durante a trama.
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Ficha técnica
ELENCO
Pedro Wayne (Saul), Beto Ruas (Raul Alvarez),
Suzana Saldanha (Clara Cristina), Maria Inês Falcão (Jussara), Oscar Simch (Gordo Carlos), Carlos Cunha Filho (Juarez),
Biratã Vieira (Doutor André), Edu Madruga (Seu Ferreirinha), Araci Esteves (Dona da pensão), Izabel Ibias (Cartomante),
Marco Sorio (Mário), Zeca Kiechaloski (Alfredo), Simone Castiel (Norma), Java Bonamigo (Eduardo).
Elenco de apoio: Nei Lisboa (Barman), Lahir Hubert (Dona Branca), Nair D'Agostini (Convidada na festa), Angel Rojas (Porteiro), Marley Danckwardt (Mulher de roxo), Simone Lopes, Jaime Ratinecas (Convidado na festa), Ruza Cali (Mulher de roxo), Flavio Stein, Vani Stein (Convidados na festa).
Figuração (não creditadas): Maria Helena Lopes (no balcão da Lancheria Braseiro), Marta Biavaschi (no balcão da Lancheria Braseiro), Fátima (Vendedora King's Discos).
Vozes adicionais: Werner Schünemann (Saul), Careca da Silva (Seu Ferreirinha), Pilly Calvin (Dona da pensão), Clarisse Rath (Norma).
Narração final (não creditada): Nina de Pádua.
DIREÇÃO
Direção: Sergio Amon.
Assistência de direção: Giba Assis Brasil, Alex Sernambi, Rudi Lagemann.
Assistência de direção de elenco: Maria Helena Lopes.
Continuidade: Cibelo de Grandi.
ROTEIRO
Baseado no conto "Aqueles dois", de Caio Fernando Abreu.
Adaptação e roteiro: Pablo Viersi, Sergio Amon.
PRODUÇÃO
Produção administrativa: Sergio Lerrer.
Produção executiva: Rudi Lagemann, Marlise Storchi.
Produção geral: Gilberto Baum.
Equipe de produção: Simone Lopes, Lance Livre Produções, Carlos Grübber, Monica Schmiedt.
Produção de elenco: Simone Lopes.
Supervisão técnica: Júlio Spier.
Coordenação técnica: Monica Schmiedt, Carlos Grübber.
FOTOGRAFIA
Direção de fotografia: César Charlone.
Direção de fotografia adicional: Christian Lesage.
Assistência de câmera: Fernando S. Usar.
Eletricista: Luis Maria Casabón.
Maquinista: Alex Sernambi.
ARTE
Cenografia: José Artur Camacho, Marlise Storchi, Sayonara Ludwig.
Desenhos de Saul: Eva Furnari, Rubem Pechansky.
Figurino: Marta Biavaschi.
Produção de figurino: Zanza Pereira.
SOM
Som-guia e operação de VT: Cibelo de Grandi.
MÚSICA
Trilha original: Augusto Licks.
Músicos: Letieres Leite (sax), Rafael Vernet (piano), Augusto Licks (guitarras).
Músicas (ordem de inserção):
• "História de um amor" ["Historia de un amor"] (música, letra em espanhol: Carlos Almarán; versão em português: Edson Borges; bolero) por Dalva de Oliveira (voz) [LP: Dalva de Oliveira canta boleros, reedição de: O Encantamento do bolero, 1962; faixa B3]
• "??" instrumental [quando Ferreirinha dança]
• "The Long and winding road" (John Lennon, Paul McCartney) por The Beatles [LP: Let it be, 1970; faixa B3]
• "Michelle" (John Lennon, Paul McCartney) por The Beatles [LP: Rubber soul, 1965; faixa A7]
• "Hey Jude" (John Lennon, Paul McCartney) por The Beatles [LP: The Beatles again, 1970; faixa B1]
• "Amarcord" (Nino Rota) por Orchestra, dirette da Carlo Savina [LP: Amarcord – Colonna sonora originale del film, 1974; faixa A1]
• "Minha oração" ["My prayer" / "Mi oración"] (música: Georges Boulanger, letra em inglês: Jimmy Kennedy; versão em português: Cauby de Brito) por Dalva de Oliveira (voz) [LP: Dalva de Oliveira canta boleros, reedição de: O Encantamento do bolero, 1962; faixa A1]
• "Sem ti" ["Sin tí"] (música, letra em espanhol: Pepe Guisar; versão em português: Rodolfo Vila; bolero) por Dalva de Oliveira (voz) [LP: Dalva de Oliveira canta boleros, reedição de: O Encantamento do bolero, 1962; faixa B1]
• "Sabor a mim" ["Sabor a mí"] (música, letra em espanhol: Álvaro Carrillo; versão em português: Nazareno de Brito; bolero) por Dalva de Oliveira (voz) [LP: Dalva de Oliveira canta boleros, reedição de: O Encantamento do bolero, 1962; faixa A6]
• "O Côncavo e o convexo" (Erasmo Carlos, Roberto Carlos) por Roberto Carlos (voz) [LP: Roberto Carlos, 1983; faixa B2]
• "Tú me acostumbraste" (música, letra em espanhol: Frank Dominguez; bolero) por Beto Ruas (voz, vilolão)
• "Adeste Fideles"
• "Tu me acostumaste" ["Tú me acostumbraste"] (música, letra em espanhol: Frank Dominguez; versão em português: Carlos Brandão; bolero) por Dalva de Oliveira (voz) [créditos finais] [LP: Dalva de Oliveira canta boleros, reedição de: O Encantamento do bolero, 1962; faixa A3]
ARQUIVO
Filme: Psicose (Psycho, Alfred Hitchcock, 1960, US). [na TV, cena do chuveiro, com Janet Leigh e Anthony Perkins]
FINALIZAÇÃO
Montagem: Roberto Henkin, Sergio Amon.
Assistência de montagem: Alex Sernambi.
Corte final (não creditados): Sergio Amon, Alex Sernambi.
Créditos – arte: Rubem Pechansky.
Edição de som: Giba Assis Brasil, Sergio Amon.
Operadores de som: Irapuan Jardim, Alexandre Jardim, Pedro Jardim.
Ruídos de sala: Leonardo Miquimba.
Edição de som: Francisco Sérgio Moreira, Roberto Henkin.
Mixagem: Roberto Carvalho.
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
Película: Kodak Eastmancolor.
Equipamento de luz: gentilmente cedido por Fathom Filmes.
Câmera e lentes: Chroma Filmes.
Laboratório de imagem: Líder Cine Laboratórios (Rio de Janeiro).
Estúdio de som: Rob Filmes (Rio de Janeiro).
Estúdio [filmagens dos créditos]: Otto Desenhos Animados (Porto Alegre).
MECANISMOS DE FINANCIAMENTO
Companhias produtoras: Roda Filmes Ltda. (Porto Alegre); Z Produtora Cinematográfica Ltda. (Porto Alegre); Porto Produções Ltda. (Porto Alegre).
Apoio: Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos: Subsecretaria de Cultura SEC RS, CEEE Companhia Estadual de Energia Elétrica, MARGS Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Direção e funcionários do Decordi UFRGS, Direção e funcionários do Instituto de Física, Centro de Processamento de Dados UFRGS, APROCINERGS Associação dos Produtores de Cinema do Rio Grande do Sul, King's Discos, Estação Rodoviária, Caritas Brasileira, Marinha Magazine, Algemarin, A Bruxa Tropical, Restaurante e Lancheria Braseiro, Tumelero, condôminos e funcionários do Edifício Coliseu, Cinema Capitólio, Idyl Noivas, Motel da Barra, Audio Tape, Fotolitos Marzec Ltda., Imobiliária Imobilar, Souvenirs Rincão Gaúcho, Unimáquinas, Móveis Solar, Círculo Social Israelita, Bar Ocidente, administração e moradores do Edifício Continente, Sul Ponto, Chapelaria Norberto, Editora Centaurus Ltda., Videocassete Clube, Luciano Alabarse, Valéria Mauro, Waldir Sachs, Sylvia Lesage, Ana Fellows, Sandra Viersi, Carla Charlone, Thea Schünemann, Zé Carlos, Maia, Lauro Escorel, Nelson Nadotti, Vera Freire, Maria Muricy, Cristiana Soares Ramos, Paulo Amorim, Haydée Porto, Clara e Isaac Pechansky, Denise Liége, Humberto Mauro Neto, Felipe e Rosane Coimbra e Ligia Encarnação Vasto.
Agradecimento especial: Ruza Cali.
FILMAGENS
Brasil / RS, em Porto Alegre, em lugares como: Viaduto Octavio Rocha; escadaria [da Rua] João Manoel; Edifício Coliseu (Praça Osvaldo Cruz); Restaurante e Lancheria Braseiro; Rua dos Andradas (Rua da Praia); MARGS; King's Discos (na Galeria Chaves); Edifício Olimpo; Parque Farroupilha (Parque da Redenção); Cinema Capitólio; Praça XV; Chão de Estrelas Bar Restaurante (fachada R. José do Patrocínio); Sandália de Prata Restaurante Dançante (fachada R. José do Patrocínio, 885); bar Girasole; bar Carinhoso (fachada).
Período: 2 de janeiro a 4 de fevereiro de 1984.
ASPECTOS TÉCNICOS
Duração: 71 min
Metragem:
Número de rolos:
Som: som óptico mono
Imagem: cor
Proporção de tela: 1.33
Formato de captação: 35 mm
Formatos de exibição: 35 mm
PREMIAÇÃO
• 1º Rio Cine Festival 1985: prêmio em serviços em estúdios de som e imagem e laboratórios.
• 1º Festival de Fortaleza do Cinema Brasileiro 1985: melhor filme + ator coadjuvante (Ruas) + fotografia + música original + edição de som // melhor filme (crítica).
DIVULGAÇÃO
Divulgação [1985]: Alice Urbim, Ligia Walper / Viva Produções & Promoções Artísticas Ltda. (Porto Alegre).
Cartaz: 93 x 57 cm. Arte: Fiapo Barth, Rochelle Costi. Fotografia: César Charlone. Atores: Beto Ruas, Pedro Wayne. Exemplar na Cinemateca Brasileira.
Pressbook: 6p. datilografadas, com sinopse, ficha técnica, depoimentos de Sergio Amon, Caio Fernando Abreu, Pedro Wayne, Beto Ruas, Suzana Saldanha, César Charlone. Trechos de críticas de Edmar Pereira, Rubens Ewald filho, Eduardo Vivacqua.
DISTRIBUIÇÃO
Classificação indicativa: 18 anos.
Distribuição: Casa de Cinema de Porto Alegre.
Contato: Casa de Cinema de Porto Alegre.
OBSERVAÇÕES
Créditos finais listam 12 músicas cantadas por Dalva de Oliveira que são a totalidade do LP O encantamento do bolero (Odeon, 1962), depois relançado em LP e CD como Dalva de Oliveira canta boleros (Imperial, 1968, 2007). No entanto, no filme, se ouvem apenas aquelas listadas acima, no campo MÚSICA. As outras músicas (trechos) como as dos Beatles (cena da festa), a de Nino Roota (no parquinho da Redenção) e a de Roberto Carlos (no rádio na casa da Cartomante) não estão creditadas.
As músicas creditadas, mas que não estão no filme são:
• "Nem Deus nem ninguém" (Roberto Faissal) por Dalva de Oliveira (voz) [LP: Dalva de Oliveira canta boleros, reedição de: O Encantamento do bolero, 1962; faixa A2]
• "E a vida continua" (Evaldo Gouveia, Jair Amorim) por Dalva de Oliveira (voz) [LP: Dalva de Oliveira canta boleros, reedição de: O Encantamento do bolero, 1962; faixa A4]
• "Lembrança" ["Un Recuerdo"] (Chucho Navarro, Alfredo Gil, Martínez; versão em português: Serafim Costa Almeida; bolero) por Dalva de Oliveira (voz) [LP: Dalva de Oliveira canta boleros, reedição de: O Encantamento do bolero, 1962; faixa A5]
• "Meu último fracasso" ["Mi último fracasso"] (música, letra em espanhol: Alfredo Gil; versão em português: Julio Nagib; bolero) por Dalva de Oliveira (voz) [LP: Dalva de Oliveira canta boleros, reedição de: O Encantamento do bolero, 1962; faixa B2]
• "Ai de quem" (Getúlio Macedo) por Dalva de Oliveira (voz) [LP: Dalva de Oliveira canta boleros, reedição de: O Encantamento do bolero, 1962; faixa B4] [como "Ai de mim"]
• "Loucura loucura" ["Locura locura"] (Roberto Cantoral, Manuel Sucher; versão em português: Raul Carrel; tango) por Dalva de Oliveira (voz) [LP: Dalva de Oliveira canta boleros, reedição de: O Encantamento do bolero, 1962; faixa B5]
• "A Barca" ["La Barca"] (música, letra em espanhol: Roberto Cantoral; versão em português: Nely B. Pinto; bolero) por Dalva de Oliveira (voz) [LP: Dalva de Oliveira canta boleros, reedição; original de 1962; faixa B6]
Indexado em Cinema gaúcho – Anos 80, p.9, com foto de Luiz Eduardo Robinson Achutti, p.3, e em Cinema gaúcho – Anos 80: um olhar sobre a década, com foto de Luiz Eduardo Robinson Achutti.
Material de divulgação: folheto Cinema: produção ao sul, com FT.
Cf. créditos: // Este filme é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com situação ou pessoas reais é mera coincidência. //
// Câmera e lentes Loc-All. //
Complementação aos créditos: Pressbook acrescenta: Corte final; Edição de som; Técnico de som: Pedro Jardim; Narração final. // Músicas: interpretadas por Dalva de Oliveira.
APTC ao vivo #01: Aqueles dois, com Cesar Carlone, Marta Biavaschi, Bruno Polidoro, mediação: Giordano Gio, em 15 maio 2020, sex, 19h-20h30.
Os outros 11 filmes da Mostra Competitiva do Rio Cine são: O Rei do Rio (Fábio Barreto), Jogo duro (Ugo Giorgetti), Estrela nua (José Antonio Garcia, Icaro Martins), Instinto devasso (Luiz Castellini), Noite (Gilberto Loureiro), Um Filme 100% brasileiro (José Sette de Barros Filho), O Evangelho segundo Teotônio (Vladimir Carvalho), Amenic (Fernando Silva), Pedro Mico (Ipojuca Pontes), Abrasasas (Reinaldo Volpato) e Avaeté – Semente da vingança (Zelito Viana)
Festival de Brasília:
A Hora da estrela (Suzana Amaral)
Pedro Mico (Ipojuca Pontes): atriz coadjuvante (Íris Nascimento)
Tigipió – Uma questão de amor (Pedro Jorge de Castro): ator coadjuvante (B. de Paiva)
Jogo duro (Ugo Giorgetti): técnico de som (Miguel Ângelo dos Santos Costa) + menção especial pelo argumento
Insônia (3 episódios por Nelson Pereira dos Sanos, Luiz Paulino dos Santos, Emmanoel Cavalcanti)
Grafias alternativas: Carlos Cunha Fº | Nair Dagostini | Isabel Ibias | Irapuã Jardim | Zeca Kiechalosky | Sergio Daniel Lerrer | Marco A. Sório | Cristian Lesage (cf. créditos)
BIBLIOGRAFIA
Caio Fernando Abreu
Conto "Aqueles dois", In:
ABREU, Caio Fernando. Morangos mofados. São Paulo: Brasiliense, 1982. (Cantadas Literárias) p.126-135.
ABREU, Caio Fernando. Fragmentos: 8 histórias e um conto inédito. Porto Alegre: L&PM, 2000. (L&PM Pocket) p.125-141.
Cinema gaúcho – Anos 80. Porto Alegre: Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Estado do Rio Grande do Sul-APTC-RS, 1985. 34p. il.
Cinema gaúcho – Anos 80: um olhar sobre a década. Porto Alegre: Secretaria Municipal da Cultura, Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Estado do Rio Grande do Sul-APTC-ABD-RS, 1991. 28p. il.
VASSALI, Maurício. Aqueles dois (1985) – Encontro de almas no deserto. In: FEIX, Daniel; LUNARDELLI, Fatimarlei; PINTO, Ivonete; KANITZ, Mônica; VALLES, Rafael (org). 50 olhares da crítica sobre o cinema gaúcho. Porto Alegre: ACCIRS Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul, Opinião Produtora, Diadorim Editora, JBL Harman, Pró-cultura / Secretaria de Estado da Cultura / Governo do Rio Grande do Sul, 2022. 226p. il., p.54-58.
Crítica:
Jogando conversa fora. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 10 ago 1985, caderno B, p.2 [BN, p.29], ano XCV, n.124.
FRÓES, Maria Lúcia. A celebração do encontro. Caderno de Crítica, Rio de Janeiro, maio 1986, p.27-28, n.1.
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Exibições
• Rio de Janeiro (RJ), 1º Rio Cine Festival [4-11 ago]-Mostra Competitiva,
Leblon Sala 2 (Av. Ataulfo de Paiva, 391), 5, 6 ago 1985, seg, ter, 14h, 19h
Palácio Sala 1 (R. do Passeio, 38), 9 ago 1985, sex, 14h, 19h
• Brasília (DF), 18º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro [25 set-1º out]-Mostra Competitiva 35 mm,
Cine Itapoã (Gama), 25 set 1985, qua, 20h30
Cine Alvorada (Sobradinho), 26 set 1985, qui, 20h30
Cine Brasília, 29 set 1985, dom, 21h
Cine Lara (Taguatinga), 30 set 1985, seg, 20h30
• Porto Alegre (RS), Retrospectiva cinema gaúcho [16 set-6 out], Cinemateca Paulo Amorim-[Sala Paulo Amorim], 6 out 1985, dom, 19h, 21h (+ Grafite + Carrossel + O Bom pastor)
• Fortaleza (CE), 1º Festival de Fortaleza do Cinema Brasileiro [21-26 out], out 1985
• Porto Alegre (RS), Cinemateca Paulo Amorim-[Sala Paulo Amorim], 9 dez 1985, seg (para imprensa e convidados)
• San Sebastián (ES), Festival Internacional de Cine
• Nantes (FR), Festival des 3 Continents
• San Francisco, CA (US), International Film Festival
• Gramado (RS), 14º Festival do Cinema Brasileiro de Gramado [7-13 abr]-Fora de concurso, Cine Embaixador, 12 abr 1986, sab, 20h
• Porto Alegre (RS), Mostra do cinema gaúcho [21-24 ago], Cinemateca Paulo Amorim-[Sala Paulo Amorim], 21 ago 1986, qui, 21h (+ Obscenidades + Treiler + O Hemisfério de sombra; abertura para convidados )
• Rio de Janeiro (RJ), Cinema gaúcho anos 80, Cineclube Estação Botafogo (R. Voluntários da Pátria, 88), 26, 27 ago 1986, ter, qua, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30 (+ O Natal do Burrinho)
• Rio de Janeiro (RJ), Cinema gaúcho anos 80, Candido Mendes (R. Joana Angélica, 63, Ipanema), 29 ago 1986, sex, 15h30, 17h30, 19h30 (+ O Natal do Burrinho)
• Niterói (RJ), Cinema gaúcho anos 80, Cine Arte UFF, 30, 31 ago 1986, sab, dom, 15h30, 17h30, 19h30, 21h30
• Rio de Janeiro (RJ), Candido Mendes (R. Joana Angélica, 63, Ipanema), 10-14 set 1986, qua-dom, 14h, 16h, 18h, 20h, 22h
• Rio de Janeiro (RJ), Sesc de Engenho de Dentro (Av. Amaro Cavalcanti, 1.661), 10 jul 1987, sex, 19h
• Porto Alegre (RS), Avenida Sala 2, 10 dez 1987, qui (estreia comercial)
• Porto Alegre (RS), Mostra da Casa de Cinema, Ponto de Cinema-Sesc, 20 ago 1988, sab
• Porto Alegre (RS), Mostra Fotogramas gaúchos / XXX Semana de Porto Alegre [27 mar-2 abr], Cinemateca Paulo Amorim-Sala Paulo Amorim, 1º abr 1989, sab, 19h, 20h30, 22h
• Porto Alegre (RS), Maratona do cinema gaúcho – APTC 20 anos [1º-14 ago], Cine Santander Cultural, 13 ago 2005, sab, 19h (+ Sargento Garcia; debate 20 anos de cinema gaúcho, com convidados especiais)
• Porto Alegre (RS), Mostra Especial Porto Alegre em quadro [25 nov-2 dez], Cine Santander Cultural, 26 nov 2006, dom, 19h + 30 nov, qui, 17h + 2 dez, sab, 15h
• Porto Alegre (RS), Mostra Especial Caio Fernando Abreu [23 fev-2 mar], Cine Santander Cultural,
23-27 fev 2016, ter, 15h, qua, 17h, qui, sex, 15h, sab, 17h
1º mar 2016, ter, 15h
• Porto Alegre (RS), O cinema e a cidade – 250 anos de Porto Alegre [24-27 mar], Cinemateca Capitólio, 26 mar 2022, sab, 19h30