Sonho sem fim (1986)
Brasil (RJ)
Longa-metragem | Ficção
35 mm, cor, 96 min
Companhia produtora: Cinefilmes; Movi & Art; Sky Light
Primeira exibição: Gramado (RS), 14º Festival do Cinema Brasileiro de Gramado [7-13 abr]-Mostra Competitiva Longa-metragem, Cine Embaixador, 11 abr 1986, sex, 20h30
No livro A Aventura do cinema gaúcho (2002), Luiz Carlos Merten comenta que foram vários pioneiros que se dispuseram a tentar fazer cinema no Rio Grande do Sul nas primeiras décadas do século XX: Eduardo Hirtz, Francisco Santos, E. C. Kerrigan, Carlos Comelli. Porém, o crítico opina que, se fosse necessário escolher apenas um, ficaria com Eduardo Abelin (1900-1984). O motivo? Foi o único que virou personagem de um filme. Estreia na direção do premiado diretor de fotografia Lauro Escorel, responsável pelas imagens de clássicos como S. Bernardo (Leon Hirszman, 1972), Sonho sem fim resgata a trajetória desse jovem de origem humilde, impetuoso e sociável, natural de Cachoeira do Sul, que perambulou por vários pequenos empregos (eletricista, chofer de praça) até descobrir que sua verdadeira paixão era contar histórias através de uma câmera.
Fã de faroestes hollywoodianos e comparado fisicamente com o astro norte-americano Eddie Polo (1875-1961), Abelin foi convencido a tentar a sorte como galã no Rio de Janeiro. O momento era favorável, já que pequenos surtos regionais de produção, como os de Recife (PE) e Cataguases (MG) sugeriam o nascimento de uma indústria audiovisual no Brasil. Após não ser bem-sucedido no centro do país, Abelin volta para a terra natal e é alvo de brincadeiras dos amigos. Como resposta, decide fundar a sua própria empresa (a Gaúcha Film) e dirige poucos títulos entre 1926 e 1932, incluindo um curta e dois longas de ficção e documentários curtos. Nada desse material foi preservado.
O roteiro de Sonho sem fim é bastante fiel aos acontecimentos reais, ainda que cometa algumas licenças poéticas. Amor fraterno, por exemplo, é citado como o primeiro filme do realizador, mas essa obra nunca existiu; o posto pertence a Em defesa da irmã. Já o último – O Pecado da vaidade – manteve apenas o título original, já que o enredo apresentado é diferente do conhecido nos registros oficiais. O envolvimento do cineasta com outras atividades, como competições de automobilismo (chegou a ser chamado de 'Ás do volante') e ciências ocultas (incorporava um profeta que lia as mãos das pessoas a fim de adivinhar o futuro) é verdadeiro, e contribuiu para alimentar o folclore a seu respeito. A filha, Eli, dizia que o pai se considerava um bruxo.
Diante das dificuldades para viver de cinema no Brasil, Abelin abandonou a carreira e se mudou para Niterói (RJ), onde sobreviveu de várias formas – inclusive atuando como exibidor itinerante de filmes em praças públicas. O ator Carlos Alberto Riccelli foi muito elogiado pela sua interpretação do desbravador cineasta, e sintetizou o trabalho dessa forma, em entrevista: "O filme é uma grande metáfora do que é fazer cinema, do que é ser artista e mais amplamente do que é ser brasileiro! Fazer pirueta, acrobacia, adivinhações. Ser mágico para conseguir viver e sobreviver com arte".
As filmagens de Sonho sem fim mobilizaram bastante a comunidade gaúcha, num momento em que o próprio cinema feito no Rio Grande do Sul estava se reinventando, com a chegada de uma nova geração, oriunda do super-8. Vários atores gaúchos foram contratados para trabalhar no filme, ainda que apareçam em papéis secundários, casos de Pedro Santos, Xala Felippi e João Carlos Castanha. Outros fizeram figuração, como Marta Biavaschi, Oscar Simch, Mirna Spritzer e Nora Prado. Por sua vez, Nelson Nadotti e Rudi Lagemann prestaram assistência de direção. As filmagens aconteceram em três cidades gaúchas (Pelotas, Rio Grande e Capão do Leão), sendo que a equipe elogiou muito a acolhida na zona sul do estado, conhecida pelo cuidado e preservação com os prédios históricos. O prefeito Bernardo de Souza deu amplo apoio ao projeto, ao mesmo tempo em que moradores de Pelotas abriram suas casas para compartilhar móveis e objetos de cena essenciais para a reconstituição de época.
Existiu uma grande polêmica em torno da construção do argumento. Ele foi baseado em um texto do livro Cinema brasileiro: oito estudos (1980), assinado pelos paulistas Maria Rita Galvão e Rudá de Andrade. Ambos, porém, foram acusados de violação de propriedade intelectual pelo pesquisador canoense Antonio Jesus Pfeil, pois teriam usado as informações dele sem fornecerem o devido crédito. Em 1994 Pfeil publicou o folheto Os Caminhos que levaram Eduardo Abelin a um sonho sem fim, trazendo maiores detalhes sobre o assunto, inclusive exibindo correspondências trocadas com os colegas, desejosos pelo compartilhamento de dados. Alguns jornalistas gaúchos, como Tuio Becker e Luiz César Cozzatti ratificaram a versão de Pfeil, que jamais recebeu qualquer menção ou retribuição por parte das pessoas envolvidas com o longa.
Em 1978, o Festival de Cinema de Gramado prestou uma grande homenagem a Eduardo Abelin, ainda vivo. Uma placa de bronze alusiva a ele foi fixada na entrada do Cinema Embaixador. Quando o filme Sonho sem fim estreou no mesmo local, alguns anos depois, recebeu cinco Kikitos: melhor atriz (Marieta Severo), atriz coadjuvante (Imara Reis), fotografia, figurino e prêmio especial do júri. Após o falecimento do artista, Gramado passou a conceder a partir de 2001 o Troféu Eduardo Abelin a personalidades ou entidades que atinjam significativa contribuição artística, tais como Carlos Reichenbach (2001), Casa de Cinema de Porto Alegre (2007) ou Otto Guerra (2017).
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Sinopse
Em 1924 o jovem Edu serve o exército. A ameaça de ser engajado na perseguição à Coluna Prestes obriga Edu a fazer sua estreia como ator: para livrar-se do serviço militar simula "golfadas de tuberculose" com sangue de galinha e é dispensado. Vai então ser chofer de praça e nessa função conhece a melindrosa carioca, Flora, que o compara ao astro hollywoodiano Eddie Polo. Após breve romance, ela parte deixando plantada na cabeça de Edu a ideia de tentar a sorte como artista de cinema no Rio. Para conseguir dinheiro para a viagem ele se apresenta em espetáculos automobilísticos como 'ás do volante', realizando perigosas acrobacias. Obtém o dinheiro e instigado pelos amigos embarca para o Rio de Janeiro. Ao embarcar encanta-se com uma companhia de teatro, notadamente por uma jovem atriz, Clara, com quem troca breves palavras.
No Rio, depois de seis meses consegue fazer um teste para figurante num estúdio carioca mas é reprovado e volta decepcionado para o Rio Grande do Sul. Na viagem de volta conhece Lola. O romance a bordo lhe proporciona os cinco contos de réis com os quais inicia sua carreira de cineasta no Rio Grande do Sul.
Seu filme de estreia, Amor fraterno, é dirigido e interpretado por ele, tendo como coadjuvantes seus velhos amigos. Pronto o filme, Edu consegue convencer um exibidor a projetá-lo no seu cineteatro. No final da sessão Edu aplica o chamado "golpe honesto": os amigos puxam bravos e destacam a garra do gaúcho que venceu na própria terra. Chovem contribuições para que ele possa prosseguir na carreira. Nesta mesma noite reencontra Clara que o encanta em definitivo ao se apresentar no palco do Cineteatro Guarany. Edu a convida para ser estrela de seu próximo filme e parte com Amor fraterno em excursão pelo interior, atraindo o público para o cinema com suas exibições ao volante.
Sempre que possível aproveita para conquistar alguma moça mais ingênua ou ganha dinheiro filmando ricos fazendeiros que encontra pelo caminho. De volta a Porto Alegre, abre uma escola para atores de cinema, como forma de cavar recursos junto aos alunos para um novo filme. Ali reencontra Clara e sua troupe, conseguindo que ela seja estrela de Pecado da vaidade. Pouco antes de começar a rodar seu segundo filme, Edu conhece uma cigana e descobre que tem talento para quiromancia. Cria então para si um personagem que é capaz de ler a sorte.
Pecado da vaidade é feito às pressas e lançado com enorme alarde. Mas a estreia acaba mal: uma cena com um beijo muito prolongado entre Clara e Edu escandaliza a plateia. Edu é acusado de imoral e o filme, retirado de cartaz. Nesse difícil momento, nasce o amor de Clara e Edu. Para fugir às perseguições, eles viajam para o interior na expectativa de que a reação ali possa ser melhor. Um peão se exalta na cena do beijo e descarrega seu revólver na tela. O elenco é atacado e a cópia do filme inutilizada.
Como saída para a nova situação Edu assume então o personagem quiromante Professor Edu e faz grande sucesso. Sempre sonhando com um novo projeto cinematográfico, vai lendo a sorte de cidade em cidade. No auge, porém, estoura a Revolução de 1930 e Edu parte com sua câmera no trem dos revoltosos.
Para documentar a revolução, Edu filma então cenas simuladas de combate realizando um documentário que alcançará grande sucesso. Clara junta-se a ele e seguem viagem até o Rio de Janeiro junto às tropas vitoriosas da revolução de 1930.
Sinopse desenvolvida:
Interior de uma casa, que agrega objetos como fotografias antigas. Um homem acorda e começa a se vestir. Põe um traje militar e se olha no espelho, antes de sair. Na chegada ao quartel, faz acrobacias com seu automóvel, enquanto o veículo ainda está ligado. Trabalhando como motorista, ouve um diálogo de militares preparando uma estratégia para conter a Coluna Prestes. No banheiro, ingere sangue de galinha, e simula estar com tuberculose – a fim de livrar-se do exército.
No cinema, Edu se diverte com um faroeste. Passa a trabalhar como chofer de praça, e atende uma turista carioca (Flora), que o compara ao astro hollywoodiano Eddie Polo. Edu comenta que nasceu em Santa Maria, e seduz Flora, andando com o carro em alta velocidade. Flora sugere a Edu que tente a sorte no Rio de Janeiro, como ator de cinema. Pouco tempo depois, Edu participa de competições automobilísticas, sendo descrito como 'ás do volante'. Ele executa perigosas manobras, como dirigir de olhos vendados. O esforço é recompensado: graças ao pagamento de uma boa quantia em dinheiro, Edu embarca de navio, para o Rio de Janeiro. Fica encantado por uma atriz, chamada Clara.
Algum tempo depois, amigos leem que Edu está muito feliz no Rio, um local "cheio de mulheres bonitas". Após seis meses, participa de um teste nos Estúdios Guanabara, mas é reprovado. Decepcionado, volta para o Rio Grande do Sul, também de navio. Por lá, conhece Lola, que ouve um adivinho lhe dizer que não terá tanto tempo de vida. O mesmo indivíduo profetiza vida longa para Edu (80 anos), além de muito sucesso como artista. Ele tem receio de voltar para o Rio Grande do Sul, pois não obteve o êxito que projetara. Ganha cinco mil réis de Lola, quantia suficiente para iniciar uma carreira de cineasta.
Os amigos celebram o retorno de Edu. Ele diz que poderia ter se casado com uma mulher rica e bonita. Funda a produtora local Gaúcha Film. Ao lado dos amigos, filma Amor fraterno, lidando com as dificuldades da época. Seu filme tem apenas 15 minutos, mas encontra dificuldade para enfrentar a concorrência de um filme americano. Há uma grande campanha de divulgação do filme gaúcho, enaltecendo os artistas João Rosa e Izolda Cortês. Na plateia, nem todos ficam satisfeitos com a projeção, mas a exibição termina sob aplausos. Alguns citam a "pujança" da produção, enquanto outros mencionam certo "primarismo". Espectadores dizem que o projeto foi capitaneado por um simples chofer de praça, com coragem e obstinação, que quer expandir o cinema do Rio Grande do Sul. Contribuições em dinheiro são recolhidas, a fim de custear novas produções.
Nos bastidores de um cineteatro, Edu revê Clara, atriz carioca por quem se apaixonou. Ela atua num espetáculo teatral posterior. O cineasta quer que Clara seja a protagonista de seu novo trabalho. Um homem menciona que achou "ótima a cena do morto que fuma". Porto Alegre, Pelotas, Bagé e Uruguaiana também exibem Amor fraterno – inclusive com sessões gratuitas, com pedidos de contribuições, ao final. Alguém comenta que um filme saiu por 120 contos de réis, mas Edu quer filmar com um orçamento dez vezes menor. É Pecado da vaidade, a ser estrelado por Carla. Uma cigana quer ler a sorte de Edu, mas ele é quem faz previsões: não foi feliz no amor, corre risco de ser perseguida, tem um filho acompanhado de um homem que quer matá-la. A cigana não gosta e foge, acusando Edu de ser um demônio. Ele revela ter talento para a quiromancia.
Em sua escola de atores, em Porto Alegre, Edu ensina truques de interpretação a seus alunos. Clara faz caras e caretas: medo, determinação, coquete, horror, raiva. Atua, com destaque, em Pecado da vaidade. Na obra, Carla vê um antigo amor rico e feliz, enquanto ela é pobre e mora na rua. Nem todos gostam do filme, chamando-o de "imoral". Outros o definem como "ótimo". História atual, moderna, diz o diretor. Há quem chame a cena do beijo de "indecente". Carla defende seu trabalho, "sério". Quem gostou do filme, o aplaude. O x da questão é uma cena de beijo prolongado, entre Carla e Edu. "Ninguém desgrudou da cadeira até o final", cita um membro da plateia.
Surge uma notícia desagradável: a crítica gostou do filme, mas há uma nota dizendo que a obra é um "atentado à moral gaúcha, ofensivos à moral e aos bons costumes", criado por um grupo de mães de família, em prol da tradição do Rio Grande do Sul. Edu diz que a condenação irá trazer mais sucesso ao filme. Cartazes, porém, são removidos das portas dos cinemas. Na beira de uma praia, Edu e Clara se aproximam, se beijam. Edu diz que precisará cortar a cena do beijo. "Se fosse simples, eu estaria fazendo outra coisa, não teatro e cinema", diz Clara. No interior do estado, Edu espera que a reação seja diferente. Em Uruguaiana, pessoas se retiram do cinema, durante a cena do beijo. Um homem atira contra a tela, dizendo que aquilo se trata de uma barbaridade.
Edu segue trabalhando com quiromancia, juntando uma multidão para conferir as suas previsões acerca do futuro, através de uma bola de cristal. Pede uma contribuição, para um orfanato que ele mantém, em Pelotas. "As pessoas saem de lá com uma cara melhor do que quando entraram", opinam. Edu menciona o interesse numa terceira produção, sobre a Guerra dos Farrapos. Quanto ao orçamento, afirma que "Professor Edu garante". Começa a Revolução de 1930. Edu decide filmar os acontecimentos, que incluem a ida de Getúlio Vargas até o Rio de Janeiro – para assumir o poder.
Cartelas finais: // Edu e Clara seguiram viagem até o Rio de Janeiro, acompanhando as tropas vitoriosas da Revolução de 1930. Edu foi livremente inspirado em Eduardo Abelin, que viveu a partir de 1933, em Niterói, fazendo malabarismos com automóveis, quiromancia e cinema. //
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Ficha técnica
ELENCO
Carlos Alberto Riccelli (Edu),
Débora Bloch (Clara),
Imara Reis (Flora), Emmanoel Cavalcanti (Leonel),
Renato Consorte (Lázaro), João Carlos Castanha (Canguru),
Vicente Barcellos (João), Pedro Santos (Edgar),
Xala Felippi (Marieta), Zeca Kiechaloski (Rodolfo).
Participação especial: Marieta Severo (Lola), Luis Carlos Arutin (Exibidor), Fernanda Torres (Cigana), Sérgio Mamberti (Quiromante).
Elenco adicional: Claudio Penadez, Lori Nelson, Hamilton Mosmann, Oscar Simch, Judith da Silva Bacci, Ulisses Bueno, Cristine Cardoso, Getúlio Pereira da Silva, Eurico Coelho Sacco, Paulo Henrique Souto, Mirna Spritzer, Mogar Dagano Xavier, Marta Biavaschi, Sandra Sobreiro, Patrícia da Silva, Robson da Silva, Antonio Carlos Brunet, Denize Barella, Nora Prado, Marco Tavares, Marta Estela Costamilan, João Cerqueira Junior, Carlos Cunha Filho, Luiz Paulo Vasconcellos, Claudia Meneghetti, Janine Tomberg, Leci do Amaral, Jairo de Andrade, Camilo de Andrade, Thomaz Martins Neto, Rudi Lagemann, Eliane Steinmetz, Rosi Badinelli, Rosani Touchtenhager e moradores da cidade de Pelotas (RS).
DIREÇÃO
Direção: Lauro Escorel.
Diretores assistentes: Nelson Nadotti, Rudi Lagemann.
Continuidade: Roberto Henkin.
ROTEIRO
Roteiro baseado no argumento de Maria Rita Galvão e Rudá de Andrade.
Colaboração no roteiro: Walter Lima Júnior, Nelson Nadotti, Lauro Escorel.
PRODUÇÃO
Produção executiva: Eduardo Escorel.
Assistência de produção executiva: Sônia Faerstein.
Direção de produção: Telmo Maia.
Coordenação de produção: Carlos Alberto Prates Correia.
Assistência de produção: Marlise Storchi, Geno Riva, Marco Soares de França, Glaucia Mayrinck, Alice Urbim, Ligia Walper, Jaime Schwartz, Caique Ferreira, Betse de Paula, Alexandre Correa.
Secretaria de produção: Luz Ferrer, Leonor Barbosa Reis.
Auxiliares de produção: José de Souza Brito, Luiz Carlos Doria, Alcion Pereira.
FOTOGRAFIA
Direção de fotografia: José Tadeu Ribeiro.
Direção de fotografia adicional: Antonio Luis Mendes Soares, Adrian Cooper.
Assistência de câmera: Tuca Moraes, Marcos Avellar, Jacques Cheuiche.
Eletricistas: Carlos Alberto Ribeiro, Luizinho Acerbi.
Maquinista: Joaquim Azevedo.
Auxiliar de maquinaria: Oswaldo Seixas Afonso.
Fotografia de cena: Arthur Cavalieri.
SOM
Som-guia: Aloisio Compasso.
ARTE
Cenografia: Adrian Cooper.
Cenógrafos assistentes: Simone Raskin, Chico de Andrade.
Assistência de cenografia: Lea van Steen, Ricardo Osorio Magalhães.
Cenotécnica: Francisco Carlos Barreto, Emanoel Barreto.
Estagiários de cenografia: Lislair Leão Marques, Fernando Brito de Goes.
Painéis dos cinemas: Claudio Torres, João Luis Vasques.
Manutenção de carros antigos: José Vives.
Figurino: Rita Murtinho.
Assistência de figurino: Kika Lopes, Natalia Stepanenko.
Guarda-roupa: Marico Kawamura, Ilma da Costa Santos.
Maquiagem: Mario Fernandes.
Assistência de maquiagem: Djalma Bastos.
MÚSICA
Música: Antonio Adolfo sobre temas de Chiquinha Gonzaga.
Músicas:
• "A Corte na roça" (Chiquinha Gonzaga) por Antonio Adolfo e Sivuca
• "Gaúcho" (Chiquinha Gonzaga) por Antonio Adolfo e Ubirajata do Bandoneon
• "Atraente" (Chiquinha Gonzaga) por Antonio Adolfo e Nó em Pingo d'Água
• "Cordão carnavalesco" (Chiquinha Gonzaga) por Antonio Adolfo
Músicas do LP: Viva Chiquinha Gonzaga – Antonio Adolfo abraça Chiquinha Gonzaga. 1985.
ARQUIVO
Filmes:
Pátria redimida (João Batista Groff, 1930, BR)
The Stagecoach driver and the girl (Tom Mix, 1915, US, com Tom Mix)
The Lure of the circus (seriado dirigido por J. P. McGowan, 1918, US, com Eddie Polo)
FINALIZAÇÃO
Montagem: Gilberto Santeiro.
Assistência de montagem e edição de som: Virginia Flores.
Segunda assistência de montagem: Maria Elisa Santos.
Créditos: Rodolfo Capeto.
Assistência de edição de som: Lais Dourado.
Técnicos de dublagem: Orlando Biani, Sérgio Martins.
Ruídos de sala: Antonio Cezar, M. Guilherme.
Mixagem: José Luiz Sasso.
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
Guarda-roupa: Ponto Filmes Ltda. (Rio de Janeiro).
Película: Kodak Eastmancolor.
Laboratório de imagem: Líder Cine Laboratórios (Rio de Janeiro).
Estúdio de som [Mixagem]: Álamo (São Paulo).
Trucagens: Ilimitada / Rudi Böhn.
Gravação da música: Master Studios Ltda..
MECANISMOS DE FINANCIAMENTO
Companhia produtora: Cinefilmes (Rio de Janeiro).
Produção associada: Movi & Art; Sky Light (Rio de Janeiro).
Apoio cultural: Nacional – O banco que está a seu lado.
Colaboração: Varig; Kodak.
Apoio: Governo do Estado do Rio Grande do Sul através da SEC Subsecretaria de Cultura.
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos especiais: Agradecemos o apoio recebido do prefeito de Pelotas dr. Bernardo de Souza, da diretora da Fundapel dra. Lisarb Crespo da Costa e de todos os amigos de Pelotas que tornaram possível a feitura deste filme. Regina Clara Simões Lopes, Leonid Streliaev, Marcel Carriére, Pablo Torres, Alice Gonzaga, Orlando Senna, Nina Almeida Braga, Laerte Martins, Eduardo Coutinho, Gilda de Mello e Souza, Aldo Medeiros, Cosme Alves Neto, Zeca Pinheiro Guimarães, Carlos Diegues, Lucila Avellar, professora Sandra Pesavento, Dario Correia, Cacá Diniz, Yurika Yamasaki, Rosvita Saueressig, Jorge Furtado, Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Cinemateca Brasileira, Cinemateca do Museu Guido Viaro Fundação Cultural de Curitiba, Fotóptica, Pedro Farkas, Edgar Telles Ribeiro, Escola de Equitação do Exército, Esoteric Shopping Center, Alberto Arroyo-C??, Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro S.A., Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, Laboratórios Dr. N. G. Payot do Brasil, Veteran Car Clube do Brasil (Rio de Janeiro).
Porto Alegre (RS): Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, Secretaria Patrimônio Histórico Artístico Nacional, RBS TV, Rede Ferroviária Federal de Porto Alegre-Pelotas-Rio Grande e Capão do Leão.
Rio Grande (RS): Prefeitura Municipal de Rio Grande, Brigada Militar.
Pelotas (RS): Brigada Militar, Diário Popular, Lojas Favorita, Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, União Gaúcha J. Simões Lopes Neto, Colégio Pelotense, Ceval Agro Industrial S.A., AABB Associação Atlética Banco do Brasil, Clube Brilhante.
FILMAGENS
Brasil / RS, em Pelotas; Rio Grande; Capão do Leão;
Brasil / RJ, no Rio de Janeiro.
Período: 11 de junho a 3 de agosto de 1985.
ASPECTOS TÉCNICOS
Duração: 96 min
Metragem:
Número de rolos:
Som:
Imagem: cor
Proporção de tela: 1.66
Formato de captação: 35 mm
Formatos de exibição: 35 mm
DIVULGAÇÃO
Divulgação na filmagem: Viva Produções e Promoções [Alice Urbim, Ligia Walper] (Porto Alegre).
Cartaz: Arte: Jair de Souza, Valéria Naslausky, Milton Piacesi. Ator: Carlos Alberto Riccelli.
Pressbook 1: apresentação do projeto, com 14p..
Pressbook 2: divulgação do filme, com 23p..
PREMIAÇÃO
• 14º Festival do Cinema Brasileiro de Gramado 1986: prêmio especial do júri + atriz (Severo, por Com licença, eu vou à luta + O Homem da capa preta + Sonho sem fim) + atriz coadjuvante (Reis, por Sonho sem fim + Filme demência) + fotografia (Ribeiro, por Brás Cubas + Sonho sem fim) + figurino.
DISTRIBUIÇÃO
Distribuição: Embrafilme Empresa Brasileira de Filmes S.A. (Rio de Janeiro).
VHS: Distribuição: Rio de Janeiro, Globo Video, [1987].
OBSERVAÇÕES
Os outros nove filmes da Mostra Competitiva de Longas do Festival de Gramado são: Brás Cubas (Julio Bressane), Céu aberto (João Batista de Andrade), Com licença, eu vou à luta (Lui Faria), Filme demência (Carlos Reichenbach), Fulaninha (David Neves), O Homem da capa preta (Sérgio Rezende), Jogo duro (Ugo Giorgetti), As Sete vampiras (Ivan Cardoso), Tigipió (Pedro Jorge de Castro).
Grafias alternativas: Eduardo Abelim | Lauro Escorel Filho | Rosirlei Badinelli | Denise Barella | Antônio César | Carlos Cunha | Rudi Lagemann 'Foguinho' | Walter Lima Jr. | Hamilton Mossman | Genovefa Riva | Lorinelson da Silva | Leonid Streliav | Alice Urbin | Skylight (cf. créditos)
Grafias alternativas (funções): Letreiros
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE Rudá de; GALVÃO, Maria Rita. Eduardo Abelim. In: Cinema brasileiro: oito estudos. Rio de Janeiro: Embrafilme-Funarte, 1980, p.51-87.
PAIVA, Salvyano Cavalcanti de. História ilustrada dos filmes brasileiros 1929-1988. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989, p.230.
PFEIL, Antonio Jesus. Os Caminhos que levaram Eduardo Abelin a um sonho sem fim. Canoas: Ed. do Autor, 1994. 32p. il.
Noticiário:
Sonho sem fim – Estreia nacional será no Rio Grande. Pioneiro, Caxias do Sul, 1º abr 1986, Movimento, p.1 [BN, p.11], ano XXXVIII, n.103.
Xala Felippi – Uma caxiense no elenco de Sonho sem fim. Pioneiro, Caxias do Sul, 10 abr 1986, Movimento, p.1 [BN, p.15], ano XXXVIII, n.110.
Uma homenagem aos pioneiros do cinema: Sonho sem fim [Entrevista com Lauro Escorel]. Pioneiro, Caxias do Sul, 16 abr 1986, Movimento, p.1 [BN, p.13], ano XXXVIII, n.114.
Sonho sem fim amanhã no Cine Central. Pioneiro, Caxias do Sul, 1º maio 1986, Movimento, p.1 [BN, p.11], ano XXXVIII, n.125.
Equipe de Sonho sem fim estará hoje à noite no Cine Central. Pioneiro, Caxias do Sul, 2 maio 1986, Movimento, p.1 [BN, p.13], ano XXXVIII, n.126.
Sonho sem fim, uma aventura no sul. Pioneiro, Caxias do Sul, 3 maio 1986, Sete Dias, p.3 [BN, p.19], ano XXXVIII, n.127.
"O sonho e a aventura de animar a fotografia" – Entrevista com Lauro Escorel. Filme Cultura [Diretores estreantes – 27 depoimentos sobre a experiência de realizar o primeiro longa-metragem], Rio de Janeiro, nov 1988, p.24-31, n.48.
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Exibições
• Gramado (RS), 14º Festival do Cinema Brasileiro de Gramado [7-13 abr]-Mostra Competitiva Longa-metragem, Cine Embaixador, 11, 12 abr 1986, sex, 20h30, sab, 9h30
• Pelotas (RS), estreia prevista para 14 abr 1986, seg
• Rio Grande (RS), estreia prevista para 14 abr 1986, seg
• São Leopoldo (RS), estreia prevista para 14 abr 1986, seg
• Porto Alegre (RS), Cinemateca Paulo Amorim-[Sala Paulo Amorim], 15 abr 1986, ter, 21h (pré-estreia)
• Bento Gonçalves (RS), Cine Ipiranga, 2 maio 1986, sex
• Caxias do Sul (RS), Cine Theatro Central, 2-8 maio 1986, sex, 20h15, sab, 19h30, 21h30, dom, 14h, 19h30, 21h30, seg-qui, 20h15
• Caxias do Sul (RS), Cine Imperial, 9-15 maio 1986, sex, 20h15, sab, dom, 19h30, 21h30, seg-qui, 20h15
• Porto Alegre (RS), Baltimore,
9-15 maio 1986, sex-qui, 14h, 16h, 20h, 22h
16-22 maio 1986, sex-qui, 14h, 16h, 20h, 22h
• Porto Alegre (RS), Coral Sala 1, 9-15 maio 1986, sex-qui, 15h, 20h, 22h
• La Habana (CU), 8 Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano de La Habana, 1986
• Paris (FR), Le Cinéma brésilien, Centre Georges Pompidou, 2 abr 1987, qui
• Porto Alegre (RS), Destaques nacionais em 86 [5-18 jan], Cinemateca Paulo Amorim-Sala Paulo Amorim, 11, 12 jan 1987, dom, seg, 19h, 21h, 23h
• Porto Alegre (RS), Semana do cinema nacional [12-18 dez], Cinemateca Paulo Amorim-Sala Paulo Amorim, 17 dez 1988, sab, 17h
• Porto Alegre (RS), Mostra Fotogramas gaúchos / XXX Semana de Porto Alegre [27 mar-2 abr], Cinemateca Paulo Amorim-Sala Paulo Amorim, 2 abr 1989, dom, 19h, 21h
• São Paulo (SP), Uma História do cinema brasileiro, Cine Pompeia, 16 jun 1995, sex
• Porto Alegre (RS), Mostra Especial Pedro Santos [27-30 abr], Cine Santander Cultural, 28, 30 abr 2006, sex, dom, 17h (+ Barbosa)