Kleiton & Kledir: Ao vivo (2005)
Brasil (RS)
Longa-metragem | Registro de espetáculo musical
DVD, cor, 67 min
Companhia produtora: RBS TV; Orbeat Music
Lançamento: nov 2005, nas lojas
Neste primeiro registro audiovisual dos irmãos gaúchos Kleiton e Kledir, os músicos apresentam um panorama bastante completo das suas canções e também algumas de suas histórias, estas inseridas no documentário BR-116 – O caminho de Pelotas a Porto Alegre, que se encontra no material extra do DVD. Se no palco a dupla desfila sucessos de sua carreira, no filme de estrada Kleiton e Kledir viajam de Pelotas a Porto Alegre lembrando-se de pessoas e de lugares importantes em suas vidas. Filmado ao vivo em 2 e 3 de setembro de 2005, no Salão de Atos da PUCRS, Kleiton & Kledir: Ao vivo tem direção de Rene Goya Filho com assistência de Drégus de Oliveira. Para a apresentação de sua MPB gaúcha, Kleiton (voz, violino, violões de aço e nylon) e Kledir (voz, violão) contam com apoio de Adal Fonseca (bateria), André Gomes (baixo, guitarra sitar), Dudu Trentin (teclados, piano Fender Rhodes) e Luciano Granja (guitarras, violão de aço).
Entre as músicas do show estão "Canção da meia-noite", de Zé Flávio, parceiro da dupla na banda Almôndegas, que gravou a faixa no LP Aqui (1976), tendo se tornado sucesso nacional ao entrar na trilha da novela Saramandaia; "Vira virou", sucesso com o MPB4 antes de ser lançada pela dupla no primeiro LP, em 1980; "Corpo e alma", versão de "Bridge over troubled water", de Paul Simon; "Tô que tô", um hit primeiro com Simone, sendo gravada pela dupla no terceiro LP, em 1983; as novas "Capaz" e "Então tá"; "Maria Fumaça" (faixa que lança Kleiton e Kledir no Festival da Tupi, em dezembro de 1979; o primeiro disco só sairia em 1980); "Deu pra ti" (uma declaração de amor a Porto Alegre, gravada no segundo LP dos irmãos, em 1981, que encerra o DVD).
O irmão mais novo da dupla, Vitor Ramil, faz participação especial em "Estrela, estrela" e "Vento negro", famosa desde o primeiro LP dos Almôndegas, lançado em 1975. Sensíveis, os três músicos demonstram sintonia e arrancam aplausos do público. Kleiton & Kledir: Ao vivo foi indicado a melhor DVD no 15º Prêmio Açorianos de Música, em 2005, e foi escolhido o melhor álbum (CD) na categoria canção popular do 17º Prêmio da Música Brasileira, em 2006. Além do documentário BR-116 – O caminho de Pelotas a Porto Alegre (com cenas da dupla dirigindo um carro, visitando a casa da mãe em Pelotas, a praia do Laranjal, e o apartamento em que moraram entre 1970 e 1977, na rua Francisco Ferrer, em Porto Alegre; e com curiosidades por trás de músicas), o material extra do DVD conta com comentários da dupla sobre o show filmado, making of do espetáculo e 16 músicas do repertório cifradas. Realizado pelas companhias produtoras RBS TV e Orbeat Music, a realização do show no Salão de Atos da PUCRS reuniu Opus Promoções e Ramil e Uma Produções. O DVD foi lançado com shows no Rio de Janeiro, no interior de São Paulo, no interior do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, em todas as capitais do Nordeste, em Brasília e em 24 cidades do Paraná, em parceria com o Sesc deste estado.
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Ficha técnica
IDENTIDADES
Kleiton Ramil (voz, violino, violões de aço e nylon),
Kledir Ramil (voz, violão).
Músicos: Adal Fonseca (bateria), André Gomes (baixo, guitarra sitar), Dudu Trentin (teclados, piano Fender Rhodes), Luciano Granja (guitarras, violão de aço).
Participação especial: Vitor Ramil (faixas 08, 09).
DIREÇÃO
Direção: Rene Goya Filho.
Assistência de direção: Drégus de Oliveira.
PRODUÇÃO
Produção: Carolina Goya, Vivian Schäfer.
Coordenação de produção: Gino Basso.
EQUIPE Orbeat Music
Direção geral: Claudio Toigo Filho.
Produção executiva: Gabriel Casara.
A&R: Thedy Corrêa.
Assistência artística: Daniele Zarichta.
SHOW
Produção executiva: João Schmidt.
Direção de produção: Branca Ramil.
Assistência de produção: Priscilla Nicolazzi, Claudia Linhares.
Criação e operação de luz: Marcelo Linhares.
Técnico de PA: Antonio Marques Piu-Piu.
Técnico de monitor: China.
Roadies: Wellington Inocêncio 'Mosquito', Luciano Corrêa.
EQUIPE RBS TV
Direção geral: Raul Costa Júnior.
Gerência de produção: Alice Urbim.
Gerência de operações: Norton Marcon.
FOTOGRAFIA
Direção de fotografia: Marcelo Linhares.
Operação de câmera: Salvador Figueira, Ronaldo Almeida, Everton Chrisóstomo, Ibanez Silva, André Maciel, Daniel Musa.
Operação de câmera dos extras: Paulo Vitor, Álvaro Lucas.
SUÍTE DE PRODUÇÃO
Coordenação de operações: André Armani, Anselmo Silva, José Linck, Valdir Gonçalves, Voltaire Vargas.
Coordenação de externa: Hugo Lunardi.
Técnica: Caetano Abreu, Daniel Lopes, Davi Frutuoso, Marco Costa, Osmi Rhoden.
Direção de imagem: Jaimar Pereira.
MÚSICA
Produção musical: Paul Ralphes.
Faixas:
01. "Canção da meia-noite" (música, letra: Zé Flávio)
02. "Nem pensar" (Kleiton Ramil, Kledir Ramil)
03. "Fonte da saudade" (música, letra: Kledir Ramil)
04. "Capaz" (Kleiton Ramil, Kledir Ramil)
05. "Vira virou" (música, letra: Kleiton Ramil)
06. "Paixão" (música, letra: Kledir Ramil)
07. "Noite de São João" (Pery Souza, Kledir Ramil)
08. "Estrela estrela" (música, letra: Vitor Ramil)
09. "Vento negro" (música, letra: José Fogaça)
10. "Bry" (Kleiton Ramil, Kledir Ramil)
11. "Corpo e alma" ["Bridge over troubled water"] (música, letra: Paul Simon; versão: Kledir Ramil)
12. "Então tá" (Kleiton Ramil, Kledir Ramil) + citação "Falso amor sincero" (letra: Nelson Sargento)
13. "Mamma mia" (Kleiton Ramil, Kledir Ramil)
14. "Tô que tô" (Kleiton Ramil, Kledir Ramil)
15. "Maria Fumaça" (Kleiton Ramil, Kledir Ramil)
16. "Deu pra ti" (Kleiton Ramil, Kledir Ramil)
Editoras:
Warner Chappell: faixas 01, 08, 09, 15.
Pandorga (BMG): faixas 02-07, 10, 12-14, 16.
Universal: faixa 11.
Mangione: faixa 12 citação "Falso amor sincero".
Vitor Ramil: artista gentilmente cedido por Satolep Music.
EXTRAS
• Comentários da dupla sobre o show. Duração: 1:07:01
• Making of espetáculo. Sinopse: Salão de Atos da PUCRS. Sexta-feira, 2 de setembro. Quinta-feira, 1º de setembro, ensaio em estúdio. Sábado, 3 de setembro. Identidades: Rene Goya Filho (diretor), Paul Ralphes (produtor musical). Duração: 10:54.
• 16 músicas do repertório cifradas.
• Documentário: BR-116 – O caminho de Pelotas a Porto Alegre. Sinopse: Kleiton & Kledir viajando de Pelotas a Porto Alegre e lembrando pessoas e lugares importantes em suas carreiras. Idendidades: Kleiton Ramil, Kledir Ramil, Dalva Ramil (mãe), Branca Ramil, Kleber Ramil, Kátia Ramil, Vitor Ramil. Músicas: "Prenda minha". Direção, roteiro e imagens: Rene Goya Filho. Roteiro, imagens e montagem: Dregús de Oliveira. Produção: Vivian Schäfer. Imagens: Paulo Vitor. Som direto: Álvaro Lucas. Edição: Michelle Silva. Duração: 27:32
FINALIZAÇÃO
Montagem: Rene Goya Filho, Yuri Veiga.
Edição dos extras: Drégus de Oliveira, Michelle Silva.
Legendas em inglês: Roberto Lima.
Legendas em espanhol: Cynthia Lejbowicz.
Cifras: Kleiton & Kledir, Dudu Trentin.
Finalização: Voltaire Barbieri.
Autoração: Tiago Schenk.
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
Iluminação do show: Vento Norte Sonorização (Porto Alegre).
Sonorização do show: Gabisom (Santo André, SP).
Estúdio de autoração: Start Vídeo e Transmissão (Porto Alegre).
MECANISMOS DE FINANCIAMENTO
Companhia produtora: RBS TV (Porto Alegre); Orbeat Music (Porto Alegre).
Realização (show): Ramil e Uma Produções (Rio de Janeiro).
Produção local (show): Opus Promoções (Porto Alegre).
Promoção (show): Itapema FM (Porto Alegre).
Apoio cultural: PUCRS (Porto Alegre); Zaffari (Porto Alegre).
Parceria Kleiton & Kledir: Luneterrie / www.luneterrie.com.br; Matrix / www.matrix.com.br; Viagens CVC / www.viagenscvc.com.br; Violões Crafter/Fox / www.crafterguitars.com.br.
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos: Claudio Toigo Filho, Gabriel Casara, Thedy Corrêa e equipe Orbeat Music, Raul Costa Júnior, Alice Urbim e equipe RBS TV, Gustavo Ramos, Dárcio Castro e equipe Som Livre, Luciano Cardoso e equipe Itapema FM, Geraldo Lopes, Carlos Konrath e equipe Opus Promoções, Prefeitura de Porto Alegre, Secretaria de Turismo do estado do Rio Grande do Sul, Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul,
Marcelo Falcão, Clóvis Magalhães 'Maninho', Renato Sirotsky, Caio Marcio, Alex Pagy, Marcelo Linhares (baixista), Leonardo Gandra, Humberto Gessinger, Vitor Faccioni, Roberto Lima, Cynthia Lejbowicz, Marcello Azevedo, NFilmes, Garipô Salistre, Marcelo da Silva Linhares, Marcelo Sulima, João Schmidt, Giselle Muller, Liane Klein, Bruno Klein Jr., Antônio Bernardo, Diana Reis, Sergio Caetano, Ivana Rosing, família Lamas.
Dedicatória: Dedicado a Luciana, Kamila, Karina e Kaio. Ivone, Julia e João. Branquinha.
FILMAGENS
Brasil / RS, em Porto Alegre, gravado ao vivo no Salão de Atos da PUCRS, 2 e 3 de setembro de 2005, sexta-feira e sábado.
ASPECTOS TÉCNICOS
Duração: 1:07:01
Som: Dolby Digital 2.0 / Dolby Digital 5.1
Imagem: cor
Proporção de tela: 1.56
Formato de captação:
Formato de exibição: DVD
Tiragem (DVD): AA0004000 + AB0002500.
Legendas (DVD): Português, português com cifras, español, english.
DIVULGAÇÃO
Assessoria de imprensa (show): Bebê Baumgarten.
Projeto gráfico: Marcelo Pires, Guilherme Rex.
Direção de arte: Guilherme Rex.
Fotos: André Coelho / Vetor Design (Porto Alegre).
www.kleitonekledir.com.br
PREMIAÇÃO
• 15º Prêmio Açorianos de Música / Secretaria Municipal da Cultura / Prefeitura de Porto Alegre, 2005: indicação a melhor DVD.
• 17º Prêmio da Música Brasileira 2006: categoria canção popular – melhor álbum (CD).
DISTRIBUIÇÃO
Classificação indicativa:
DVD: Distribuição: RBS TV, Som Livre, Orbeat Music ORB 3439. Autoração: 18 out 2005. Extras. Inclui encarte 4p..
Disponível também em CD.
Contato para shows: Ramil e Uma Produções: 21 2542 8304 / 2542 5956 / contato@kleitonekledir.com.br
OBSERVAÇÕES
Cf. créditos finais: // RBS TV, Orbeat Music, 2005® Todos os direitos reservados. //
Complementação ao créditos: Encarte do DVD, como: apoio cultural, agradecimentos, editoras das músicas.
Grafias alternativas: Vivi Schaefer | Ronaldo Paz Almeida | Raul Costa Jr. | Vento Norte | Start Vídeo | André 'Piupiu' Marques
DISCOGRAFIA
Kleiton & Kledir
BIBLIOGRAFIA
RAMIL, Kledir. Tipo assim – Crônicas. Porto Alegre: RBS Publicações, 2003. 159p. Apresentação: Moacyr Scliar.
RAMIL, Kledir. O Pai invisível – Um cara do nosso tempo e seus filhos adolescentes. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006. 133p.
RAMIL, Kledir. Crônicas para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. Seleção: Regina Zilberman.
RAMIL, Kledir; TAVARES, Victor (ilustrações). Viagem a Par ou Ímpar. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2015.
RAMIL, Kleiton. Sonhos e sonhadores – Caminhos do inconsciente. FiveStar, 2007.
RAMIL, Kleiton. Memórias de um sonhador – Mitologia, astrologia, sonhos e outras histórias. Curitiba: Editora InVerso, 2013.
RAMIL, Kleiton. Kyoto. Curitiba: Editora InVerso, 2015.
RAMIL, Kleiton. O Livro das confissões – Uma trilogia. Cópias Santa Cruz, 2011.
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Exibições
Lançamento DVD: final nov 2005
Lançamento com show: Depois do Rio de Janeiro, apresentações pelo interior de São Paulo, interior do Rio Grande do Sul, Porto Alegre em abril, todas as capitais do nordeste, Brasília e mais 24 cidades do Paraná, em parceria com o Sesc de lá. Há ainda a programação de um show em São Paulo.
• Rio de Janeiro (RJ), Teatro Rival (Rua Álvaro Alvim, 33), 9-11 mar 2006, qui-sab, 19h30
• Curitiba (PR), Teatro da Caixa, 27-30 jul 2006, qui-sab, 21h, dom, 19h
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Arquivos especiais
01. "Canção da meia-noite" – Gravada originalmente pelos Almôndegas em 1976 no LP Aqui, foi sucesso nacional ao entrar na novela Saramandaia. O autor Zé Flávio integrou a última formação dos Almôndegas, mas ainda não estava no grupo quando a música foi lançada.
02. "Nem pensar" – Sucesso do terceiro LP da dupla, lançado em 1983.
03. "Fonte da saudade" – Sucesso do primeiro LP (1980).
04. "Capaz" – Música nova.
05. "Vira, virou" – Essa fez sucesso com o MPB4 ainda antes de ser lançada pela dupla no primeiro LP, em 1980.
06. "Paixão" – Do segundo LP (1981), considerado o melhor da dupla.
07. "Noite de São João" – Também do segundo LP.
08. "Estrela, estrela" – Faixa-título do primeiro LP do caçula Vitor Ramil, de 1981. Foi regravada por Kleiton e Kledir no segundo LP. No show, Vitor canta com os manos, em participação especial.
09. "Vento negro" – Sucesso do primeiro LP dos Almôndegas, de 1975. Essa nova versão, num arranjo mais vibrante, também tem a participação de Vitor Ramil.
10. "Bry" – Original do CD Dois (1996), uma das mais bonitas composições de Kleiton. P.S.: Corrigi a autoria pelos créditos do CD, mas ainda assim tinha certeza que a música era só do Kleiton. Estranho. Vou conferir melhor.
11. "Corpo e alma" – Saiu no terceiro LP (1983).
12. "Então tá" – Música nova.
13. "Mamma mia" – Outra do CD Dois (1996).
14. "Tô que tô" – Sucesso primeiro com Simone, viria a ser gravada pela dupla no terceiro LP (1983).
15. "Maria Fumaça" – Embora nem todos saibam, foi esta música que fez surgir a dupla Kleiton e Kledir, no Festival da Tupi, em dezembro de 1979. O disco (primeiro LP) só sairia em 1980.
16. "Deu pra ti" – Como o show foi em Porto Alegre, no Salão de Atos da PUCRS, essa declaração de amor à cidade cai como uma luva para encerrar o DVD. A gravação original saiu no segundo LP, em 1981. (Blog do Emilio Pacheco, 23 nov 2005)
Os extras do DVD – Já assisti a todo o DVD de Kleiton e Kledir, inclusive os extras. Como existe a opção de ver as músicas legendadas em inglês ou espanhol, fui correndo conferir como traduziram para o inglês o "Capaz". Puseram "maybe", que quer dizer talvez. Foi uma pena, teria sido a chance perfeita de mostrar ao mundo que o nosso "capaz" é o mesmo que "fat chance" em inglês (como já comentei aqui).
Como eu já imaginava, o show está editado de forma enxuta, sem muita conversa entre as músicas. Em compensação, quase tudo o que foi falado no palco eles contam de novo na opção de assistir à apresentação com comentários. E outras coisas também, claro. Por exemplo, Kledir explica que a famosa frase de "Fonte da saudade", "fecha a luz, apaga a porta", foi composta assim para encaixar na métrica, pois a intenção original dele era dizer o certo, "apaga a luz, fecha a porta". Mais adiante ele relata que o acompanhamento de violão em "Paixão" foi inspirado por Jim Capaldi, baterista do Traffic que mantinha uma residência no Rio de Janeiro. Outra revelação (para mim, pelo menos) é que "Tô que tô" havia sido composta para Ney Matogrosso gravar (aí eu pergunto: o verso "tortura essa brasileira" ficaria assim mesmo?), mas acabou sendo lançada por Simone e virou tema de novela. Ao explicar a letra de "Deu pra ti", a dupla enfatiza que o certo é "as guria", mesmo, sem "s" no final, e que em Porto Alegre se diz "tu foi" e "tu é".
O documentário BR-116 – O caminho de Pelotas a Porto Alegre começa com a dupla em Pelotas, num dia meio chuvoso, andando de carro com Kleiton na direção. Mostram a casa da mãe, os irmãos, a praia do Laranjal e depois, em Porto Alegre, visitam o apartamento em que moraram entre 70 e 77, na rua Francisco Ferrer. Ali os dois demonstram como compuseram "Maria Fumaça" em 1979. Kleiton, que voltara a morar em Porto Alegre após o fim dos Almôndegas, criou a base melódica e a enviou para Kledir no Rio de Janeiro por fita cassete. A letra saiu inteira e logo Kledir estava ao telefone para cantá-la. Com essa música os irmãos participaram do Festival da Tupi, em dezembro de 1979, e ali nasceu a dupla Kleiton e Kledir. Kleiton fala também em sua clássica "Vira virou". O documentário exibe ainda belas imagens de Porto Alegre, inclusive da Redenção.
Já o making of é mais espontâneo e despretensioso. Mostra ensaios, cenas de bastidores, o público chegando e saindo do Salão de Atos da PUCRS (mas eu não apareço, infelizmente) e alguns trechos rápidos de partes do show que não entraram na edição principal, como Kleiton tocando violino no meio da platéia em "Tô que tô". Sei que sou suspeito, por ser um antigo apreciador do trabalho dos caras desde o tempo dos Almôndegas, mas feita essa ressalva, digo a vocês que adorei o DVD. Obrigatório para qualquer fã de Kleiton e Kledir. (Blog do Emilio Pacheco, 25 nov 2005)
Kleiton e Kledir e comentários em DVD – Ontem assisti a uma sessão para convidados do DVD de Kleiton e Kledir. Ali eles anunciaram que é o primeiro DVD de música a ser lançado no Brasil com comentários. Depois, confirmei com Kleiton que a fala dos dois não foi totalmente improvisada, embora eles consigam passar um clima de total espontaneidade. Kledir preparou um roteiro e Kleiton acrescentou algumas contribuições. O resultado é um papo informativo e gostoso de se ouvir.
Um detalhe que poucos sabem é que a inclusão de uma trilha sonora alternativa com comentários foi um recurso que começou não com o DVD, mas com o videodisco (laserdisc). A diferença é que só edições luxuosas (e caras) em videodisco continham comentários. Quem lançou esse conceito foi a empresa Voyager em sua Criterion Collection. A estreia foi com o King Kong original, que saiu numa versão especialíssima em 1984 com comentários do pesquisador Ronald Haver. Depois vieram mais títulos com extras e outras empresas começaram também a preparar edições especiais. Mas cada uma delas custava entre 70 e 100 dólares. Realmente, não eram para qualquer um. Com a introdução do DVD, os extras se tornaram corriqueiros, praticamente obrigatórios. (Blog do Emilio Pacheco, 8 dez 2005)