Questão de gênero (2008)
Brasil (RS)
Longa-metragem | Não ficção
cor, 95 min
Companhia produtora: Catarse
Primeira exibição: São Paulo (SP), Auditório da Procuradoria da República no Estado de São Paulo (R. Peixoto Gomide, 768, térreo; 70 lugares), 3 abr 2008, qui, 15h30
Questão de gênero acompanha, durante um ano, a rotina de sete pessoas que, em comum, têm o sentimento de que nasceram em um corpo que não era seu. Homens que nasceram mulheres e mulheres que nasceram homens contam como se descobriram transexuais e como buscam viver em sua verdadeira identidade de gênero. O documentário mostra os sonhos, alegrias, dramas e transformações vividos por essas sete pessoas que lutam para vencer preconceitos, conflitos e barreiras em busca de uma vida mais feliz. A luta para serem aceitos pela família e pela sociedade, o tratamento hormonal, a cirurgia de redesignação sexual e a batalha judicial pela troca do nome e do sexo no registro civil são alguns dos obstáculos que os transexuais têm que superar. Ao todo, 29 pessoas, em diferentes estágios de transição, foram entrevistadas, através de telefone, e-mail, MSN ou pessoalmente. Ator, locutor e publicitário, o diretor Rodrigo Najar foi premiado pelo longa, na categoria vídeo, do oitavo prêmio "Cidadania em Respeito à Diversidade".
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Sinopse
Indo para o churrasco na casa do Erick em Valinhos, interior de São Paulo.
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Ficha técnica
IDENTIDADES
Ordem de identificação: Erick Barbi (27 anos), Tina (37 anos), Maria Luiza (41 anos), Xande (34 anos), Gisele (33 anos), Alessandra (28 anos), Cláudia (19 anos),
Fernanda (filha de Maria Luiza).
DIREÇÃO
Direção: Rodrigo Najar.
Assistência de direção: Têmis Nicolaidis.
ROTEIRO
Roteiro: Rodrigo Najar.
PRODUÇÃO
Produção (não creditado): Rodrigo Najar.
Assistência de produção primeira fase: Julia Baptista.
FOTOGRAFIA
Direção de fotografia e operação de câmera: Elton Luz.
Fotografia de cena: Marjorie Sonnenschein.
SOM
Som: não creditado.
MÚSICA
Música: Erick Barbi.
Músicas:
• "Tudo que o mundo vai me dar" (Erick Barbi)
FINALIZAÇÃO
Edição: Têmis Nicolaidis.
Finalização de imagem: Eduardo Muniz.
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
Sonorização: Radioativa Produtora (Porto Alegre).
MECANISMOS DE FINANCIAMENTO
Companhia produtora: Catarse (Porto Alegre).
Apoio: Radioativa Produtora (Porto Alegre).
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos: Adair Wanderley, Aldo e Estela Cardoso, Alexandre Nicolaidis Cardoso, Alexandre Saadeh, Avelino Luiz Rodrigues, Banda ExQuadrilha, Dock bar, Elisa Parahyba Campos, Eraldo e Graça Türck, José Antonio Wanderlei Hidalgo, Laura Ramos da Luz, Luciana Stein, Maria Jesuina e Antônio Carlos Barbi, Marisa de Almeida Ramos, Muriel Paraboni, Raoni Passeto, Ronaldo Pamplona da Costa, Rosiane Raposo da Silva, Tereza Rodrigues Vieira, Vagner Concon, Vinicius Adriano de Lima Fortes.
Todos homens e mulheres transexuais que ajudaram na pesquisa deste documentário.
FILMAGENS
Brasil / SP, em São Paulo; Valinhos.
ASPECTOS TÉCNICOS
Duração: 1:35:23 (YouTube)
Som:
Imagem: cor
Proporção de tela:
Formato de captação:
Formato de exibição:
DISTRIBUIÇÃO
Classificação indicativa:
Contato: Coletivo Catarse.
OBSERVAÇÕES
Títulos alternativos: Uma Questão de gênero (em 2008)
Grafias alternativas: Erick e Erick Barbi | Radioativa Produções
BIBLIOGRAFIA
Noticiário:
BAPTISTA, Julia. "Jornalistas de televisão se mostraram preconceituosos na cobertura do 'Caso Ronaldo'", afirma o ator Rodrigo Najar. Imprensa, 26 maio 2008.
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Exibições
• São Paulo (SP), Auditório da Procuradoria da República no Estado de São Paulo (R. Peixoto Gomide, 768, térreo; 70 lugares), 3 abr 2008, qui, 15h30
• Campinas (SP), Sala da Projeção, Prédio da Pós do IFCH-Universidade Estadual de Campinas, 27 nov 2008, 14h30 (debate com diretor Rodrigo Najar e Karla Bessa)
• São Paulo (SP), HSBC Belas Artes, 16 jun 2009, ter, 19h30 (pré-estreia)
• Bauru (SP), I Seminário Internacional Gênero, Sexualidade e Mídia [6-7 out], Unesp de Bauru, Sala 1, 7 out 2010 (debate com diretor)
• Porto Alegre (RS), Ciclo Cinema e História: problemas contemporâneos, MuseCom Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, 31 jul 2011, 19h
• São Luiz (MA), Campanha Internacional de Ação pela Despatologização das Identidades Trans, Auditório A do CCH-UFMA Centro de Ciências Humanas da Universidade Federal do Maranhão, 21 out 2011, 15h30 (debate)
• YouTube, disponível desde 7 jan 2013
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Arquivos especiais
BAPTISTA, Julia. "Jornalistas de televisão se mostraram preconceituosos na cobertura do 'Caso Ronaldo'", afirma o ator Rodrigo Najar. Imprensa, 26 maio 2008.
Com estreia prevista para o final do segundo semestre deste ano, o documentário Questão de gênero venceu a categoria "Vídeo" da oitava edição do prêmio "Cidadania em Respeito à Diversidade". O filme foi idealizado e dirigido por Rodrigo Najar, que também é ator, publicitário e locutor.
Najar atuou nos longas Batismo de sangue (Helvécio Ratton, 2005), Sal de prata (C. Gerbase, 2005), Nossa Senhora de Caravaggio (F. Barreto, 2005) entre outros. No entanto, esta foi a primeira vez em que esteve por detrás das câmeras. E o resultado pode ser considerado surpreendente. O longa acompanha a vida de sete pessoas transexuais, que têm em comum a certeza de que nasceram em um corpo errado.
À Imprensa, Rodrigo Najar falou sobre a realização do vídeo e fez críticas à maneira como a mídia tratou o envolvimento do jogador Ronaldo com travestis.
Imprensa – Qual o significado desse prêmio?
Najar – Receber um prêmio na Parada [do Orgulho GLBT] significa que o trabalho está cumprindo seus objetivos de promover a reflexão, a discussão e contribuir para que haja uma melhor compreensão da transexualidade. Se fosse um prêmio de cinema, estaríamos orgulhosos por termos feito um bom filme. Esse prêmio nos deixa orgulhosos por podermos dar uma pequena contribuição para acabar com preconceitos contra transexuais.
Imprensa – O que te motivou a fazer esse documentário?
Najar – A vontade de conhecer pessoas que eu ainda não conhecia e compreendê-las de um modo que eu não compreendia ainda.
Imprensa – Como foi a seleção dos entrevistados?
Najar – Entrevistei 29 transexuais no Brasil todo, por telefone, e-mail, MSN e pessoalmente. Daí, escolhi sete pessoas que tinham perfis e idades diferentes e que estavam em diferentes estágios de transição. O que todos eles tinham em comum era uma grande lucidez sobre sua condição e a vontade de ajudar a desmistificar a transexualidade, por meio do documentário.
Imprensa – Quanto tempo levou para que o vídeo ficasse pronto?
Najar – Ficamos exatamente um ano gravando e mais cerca de dois meses na finalização.
Rodrigo Najar e a editora Thêmis Nicolaidis receberam o prêmio na quinta-feira, na Praça da República.